SOP, Q10 e vitamina E

Já fiz alguns postes mostrando a relação de estratégias nutricionais que auxiliam no tratamento das mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Nesse trabalho publicado mês passado, os autores avaliaram o efeito da coenzima Q10 sozinha ou associada com vitamina E nas respostas hormonais e metabólicas de mulheres com SOP. Para isso, os autores suplementaram 200 mg de coenzima Q10 ou 400 UI de vitamina E ou as duas estratégias associadas ou placebo por 8 semanas. Após esse período, observou-se que as mulheres que suplementaram coenzima Q10 reduziu a glicemia em jejum e diminuiu a resistência à insulina (diminuiu o HOMA-IR). Coenzima Q10 sozinha, vitamina E sozinha ou a associação de ambas diminuiu os níveis de testosterona. Por outro lado, somente quando as pacientes receberam a associação de coenzima Q10 e vitamina E é que melhoraram os níveis de SHBG. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Antioxidantes e neurodegeneração

Várias evidências sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel relevante no desenvolvimento e/ou piora de doenças neurodegenerativas como doença de Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose lateral amiotrófica. Esse estresse oxidativo ocorre quando temos um aumento de radicais livre e/ou diminuição de antioxidantes. Dessa forma, aumentar a ingestão de antioxidantes via dieta pode ser uma estratégia importante para ajudar a diminuir o estresse oxidativo. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre a importância de antioxidantes lipídicos nas doenças neurodegenerativas. Observa-se que os níveis sanguíneos de vitamina A, beta-caroteno, alfa-caroteno, licopeno, luteína, vitamina E e coenzima Q10 estão diminuídos em doenças neurodegenerativas. Entretanto, ainda não é claro se a suplementação com esses nutrientes traria benefício. Ou seja, o que se sabe é que é importante uma adequação na alimentação para equilibrar os níveis plasmáticos desses antioxidantes no sangue. Se será ou não necessário um complemento com suplementação, isso deverá ser analisado individualmente. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Nutracêuticos e pele

A pele é o maior órgão do corpo humano. Cuidar da pele vai muito além de pensar em beleza. É pele é importante para a proteção contra micro-organismos, contra raios ultravioleta, é importante para a síntese de vitamina D, entre outras funções. Nessa revisão publica em 2018 os autores discutem sobre os principais nutrientes para manter uma pele saudável. Dentre os nutrientes, se destacam: Peptídeos bioativos do colágeno; carotenoides, vitamina E e C; zinco e selênio; ômega-3; coenzima Q10; extratos botânicos (em especial Pinus pinaster e Polypodium leucotomus); e galacto-oligossacarídeo (GOS). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Nutrientes e enxaqueca

A enxaqueca é uma doença neurovascular que afeta cerca de 6% dos homens e 18% das mulheres. Mas você sabia que ela tem relação com a nutrição? A deficiência de alguns nutrientes pode piorar a enxaqueca, enquanto que a suplementação pode ajudar no tratamento ou profilaxia desse problema. E é justamente sobre isso que essa publicação desse ano discute! Após revisar diversos artigos, os autores colocam que os principais nutrientes para ajudar no tratamento e/ou evitar a enxaqueca são: magnésio, coenzima Q10, ácido lipoico, carnitina, vitamina B2, B3, B12 e vitamina D. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Coenzima Q10 e enxaqueca

Já sabemos há algum tempo que a coenzima Q10 ajuda a melhorar a enxaqueca. Mas esse artigo publicado em 2018 foi além de melhora de sintomas. Os autores avaliaram também questões envolvidas na fisiopatologia da enxaqueca. Para isso, eles recrutaram 45 mulheres com enxaqueca e dividiram em dois grupos: um recebeu 400 mg/dia de coenzimas Q10 e outro recebeu placebo por 3 meses. Após o término do estudo, foi observado que o grupo que recebeu coenzima Q10 diminuiu a frequência, severidade e duração da enxaqueca. Além disso, a coenzima Q10 diminuiu o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e os níveis de inflamação das pacientes, dois fatores que estão associados com o aparecimento da enxaqueca. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.