Azeite de oliva e seus benefícios em pessoas com declínio cognitivo

azeite

 

A barreira hematoencefálica (BHE) é uma barreira que envolve o cérebro e “escolhe” o que pode ou não entrar no cérebro e o que deve ou não sair do cérebro.
Dessa forma, manter uma BHE íntegra é importante para o funcionamento cerebral em geral.

Um estudo publicado dia 01 de dezembro desse ano avaliou o efeito de 30 mL/dia de azeite de oliva por 6 meses em pacientes que já tinha algum declínio cognitivo.
Após 6 meses, foi observado que o uso de azeite de oliva melhorou a integridade e função da BHE e melhorou a eliminação da beta-amiloide do cérebro, o que é importante para diminuir a progressão do declínio cognitivo para o Alzheimer.

Referência: Kaddoumi, A.; et al. Nutrients., 14:5102, 2022. Doi:10.3390/nu14235102

Selênio e cognição

Inúmeros micronutrientes são importantes para o funcionamento cerebral e melhora de processos cognitivos. Um desses micronutrientes é o selênio. 🧠✅

👉🏻O selênio é um mineral muito importante para o cérebro, desde o neurodesenvolvimento até o envelhecimento.

👉🏻Ele é importante para o funcionamento de selenoproteínas (que são proteínas que dependem do selênio para funcionar). Dentre várias funções dessas selenoproteínas, se destaca a ação antioxidante.

👉🏻Vários estudos têm demonstrado que a baixa ingestão de selênio da dieta está associado com piora cognitiva. Além disso, pacientes com doença de Alzheimer, possuem níveis diminuídos de selênio no sangue e em regiões do cérebro como o hipocampo (uma região importante para a formação de memórias).

✅Por isso, ajuste a ingestão alimentar de selênio!! No próximo post vou dar algumas dicas sobre isso. 🥰💚

Estado nutricional em idosos

O estado nutricional é uma condição importante que afeta profundamente a saúde geral dos idosos. Apesar do fato de que a ingestão recomendada da maioria dos nutrientes não muda ou muda em pequenas quantidades no idoso, o olfato, paladar e visão diminuídos, combinados com mudanças fisiológicas que promovem ingestão insuficiente e má absorção de nutrientes essenciais, podem exigir uma ingestão compensatória de nutrientes com o aumento da idade. Nessa revisão publicada em 2021, os autores avaliaram se existia ou não associação entre estado nutricional e declínio cognitivo e funcional em idosos institucionalizados. Entraram para as análises 8 estudos e as conclusões dos autores foi que um adequado estado nutricional foi associado à prevenção de declínio cognitivo e funcional de idosos. Ou seja, a avaliação do estado nutricional dos idosos é fundamental para prevenir problemas de saúde e permitir estratégias de intervenção precoce a fim de prevenir ainda mais o declínio da saúde. E lembre-se, o profissional mais adequado para avaliar o estado nutricional e propor a estratégia nutricional mais eficaz é o Nutricionista.

MIND diet e cognição

O declínio cognitivo é algo que vem aumentando nos últimos anos. E se você me acompanha, já viu vários artigos por aqui falando sobre a importância da alimentação na melhora da cognição. Mas hoje temos um estudo de um score de alimentação que ainda não tinha falado por aqui. Você já ouviu falar em MIND diet?? A sigla vem de “Mediterranean-DASH Diet Intervention for Neurodegenerative Delay”. A dieta segue o estilo das dietas mediterrânea e DASH, mas com modificações baseadas nas descobertas mais convincentes no campo da dieta-demência. Entre os componentes da dieta MIND estão 10 grupos de alimentos saudáveis para o cérebro (vegetais com folhas verdes, outros vegetais, oleaginosas, frutas vermelhas, feijão, grãos integrais, frutos do mar, aves, azeite de oliva e vinho) e 5 grupos de alimentos não saudáveis (carnes vermelhas, manteiga e margarina, queijos, pastéis e doces e frituras/fast food). Nessa revisão sistemática, após incluir 13 estudos, os autores concluem que a MIND diet está correlacionada com melhora de cognição em idosos.

Vitamina K e Alzheimer

Quando pensamos em funções da vitamina K, normalmente pensamos em função óssea e na coagulação sanguínea. Porém, a vitamina K está sendo estudada para outras funções, incluindo no cérebro. E essa revisão aborda algumas funções da vitamina K2 (uma das formas da vitamina K) pensando em prevenção e tratamento da doença de Alzheimer. Uma das funções da vitamina K é em diminuir a neuroinflamação, em especial pelo fato de modular a proteína Gas6 (que é uma carboxilase dependente de vitamina K). Além disso, a vitamina K parece diminuir estresse oxidativo e a apoptose de neurônios induzida pela beta-amiloide (uma proteína que se acumula na doença de Alzheimer). Outra possível função é através do eixo microbiota-intestino-cérebro, já que a vitamina K2 pode ser produzida pela microbiota intestinal. Porém, a maior parte dos estudos ainda são pré-clínicos, existindo a necessidade de mais estudos clínicos para avaliar doses e tempo de uso, bem como o efeito clínico. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta do mediterrâneo e cognição

A população está envelhecendo e, com isso, a prevalência de pessoas com alterações na função cognitiva vêm aumentando. As funções cognitivas são todos processos mentais que nos permitem reconhecer, lembrar, aprender e se adaptar às condições ambientais em constante mudança. Isso inclui, por exemplo, aprendizagem, memória e pensamento, funções receptivas, como percepção de estímulos, sua manutenção e classificação, bem como funções expressivas, como fala, escrita e desenho. Fatores genéticos e ambientais podem influenciar na função cognitiva. Dos fatores ambientais, a alimentação têm sido cada vez mais estudada. E essa revisão desse ano abordou o papel da dieta do mediterrâneo na função cognitiva de idosos saudáveis e de idosos que já possuem alteração na cognição. Após avaliar 8 estudos, os autores concluem que uma maior aderência a dieta do mediterrâneo tem impacto positivo tanto na população idosa com deficiência cognitiva quanto na população idosa saudável. Além disso, traz outros benefícios, como redução dos sintomas depressivos, diminuição da fragilidade, além da redução do tempo de internação. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Dieta e cognição

O período da pós-menopausa é acompanhado por uma queda nos níveis de estradiol. A queda nesse hormônio pode aumentar o risco de vários problemas, incluindo piora na cognição. Por outro lado, a alimentação parece impactar no envelhecimento cerebral, podendo aumentar ou diminuir o risco de declínio cognitivo, dependendo do tipo de alimentação que a pessoa tem. Nesse estudo publicado agora em 2021 foi avaliado a relação entre a qualidade da dieta, cognição e marcadores inflamatórios em mulheres na pós-menopausa. Após avaliar 222 mulheres, foi observado que aquelas que tinham uma dieta mais anti-inflamatória, tinham melhor memória e menos marcadores inflamatórios. Por outro lado, foi observado que uma dieta mais inflamatória aumentava o risco de declínio cognitivo. Ou seja, um padrão alimentar mais anti-inflamatório pode ser uma das estratégias para auxiliar na prevenção de declínio cognitivo. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Triglicerídeos e cognição

Se você me acompanha a mais tempo já deve ter percebido que o assunto cognição é bem recorrente por aqui. Primeiro porque a área da neurociências é uma das minhas especialidades. Segundo porque surgem cada vez mais estudos mostrando a relação entre nutrição e saúde cerebral. Nessa revisão agora de 2021, os autores exploram a relação entre os níveis de triglicerídeos e o prejuízo cognitivo. Os autores mostram alguns estudos clínicos que associam aumento dos níveis de triglicerídeos e declínio cognitivo, independente de outros fatores de risco cardiovascular. Além disso, os autores sugerem dois prováveis mecanismos: aumento de triglicerídeos ocasionando uma disfunção na barreira hemato-encefálica (BHE) e alterando o metabolismo da beta-amiloide. Vale destacar que essas duas questões estão associadas ao declínio cognitivo e a fisiopatologia da doença de Alzheimer. Embora ainda sejam necessários mais estudos para termo uma real certeza do impacto, pensar em melhorar o estilo de vida e ajustar a alimentação para controlar os níveis de triglicerídeos é muito importante. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Curcumina e cérebro

A expectativa de vida tem aumentado nos últimos anos. Porém, o número de pessoas com algum grau de prejuízo cognitivo também está aumentando. Inúmeras questões podem estar associadas ao envelhecimento cerebral, incluindo aumento de inflamação e estresse oxidativo. Por outro lado, estratégias que diminuem inflamação e estresse oxidativo estão sendo estudadas pensando em melhorar o envelhecimento cerebral e diminuir risco de problemas cognitivos. E a curcumina, fitoquímico presente no açafrão da terra (Curcuma longa), é uma das estratégias que tem sido bastante estudada. Nessa revisão de 2021 os autores abordam alguns possíveis mecanismos de ação da curcumina, incluindo: diminuição de inflamação (periférica e neuroinflamação), diminuição de estresse oxidativo, aumento da neurogênese e neuroplasticidade. Além disso, a curcumina também parece ser interessante em melhorar controle glicêmico, que também pode afetar o cérebro. Porém, os autores também discutem que a biodisponibilidade da curcumina é baixa e que, por isso, os resultados podem sofrer influência de acordo com a forma de suplementação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ômega-3 e Alzheimer

A expectativa de vida da população está aumentando cada vez mais. Porém, nem todo envelhecimento é saudável. Muitos idosos acabam desenvolvendo demência ou até doença de Alzheimer. Dessa forma, pensar em prevenção de demência e doença de Alzheimer é bem importante. De modo interessante, esse estudo de corte prospectivo avaliou as concentrações de vários ácidos graxos, incluindo ômega-3, no sangue de idosos e o risco de desenvolver demência e doença de Alzheimer. Após análises estatísticas, foi observado que os idosos que tinham uma maior concentração de EPA no sangue (um dos tipos de ômega-3 de origem animal) tinham menor risco de desenvolver doença de Alzheimer. Além disso, a maior concentração de EPA também foi associada à menor risco de demências por todas as causas e de Alzheimer nos indivíduos que não tinham o polimorfismo para a APOE4 (o principal polimorfismo que aumenta o risco de desenvolver doença de Alzheimer), mas não entre os que tinham o polimorfismo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!