Você sabia que o açúcar pode piorar a sua função cognitiva?

26 - açucar e a função cognitiva

Ter uma boa função cognitiva é importante em todas as faixas etárias (da criança ao idoso).  E isso depende de inúmeros fatores, incluindo a alimentação. Em relação a alimentação, temos alimentos que melhoram a cognição, e alimentos que pioram a cognição.

Hoje compartilho com vocês uma revisão sistemática e meta-análise publicada agora esse ano que discute sobre o impacto negativo do açúcar de adição na cognição.
E isso em todas as faixas etárias: crianças, adolescentes, adultos, idosos e inclusive nas gestantes.

Já temos estudos mostrando que os filhos de grávidas que consomem mais açúcar têm piora na cognição quando comparado com aquelas que ingerem menos açúcar.

(Referência: Gillespie, K.M.; et al. Nutrients., 16(01):75, 2024. Doi: 10.3390/
nu16010075)

Consumo de cogumelos contribui para a performance cognitiva

Luana Manosso cogumelos

Conforme envelhecemos, nossa performance cognitiva vai piorando. Porém, manter um padrão alimentar saudável pode evitar essa piora ou melhorar alguns aspectos da performance cognitiva.

Além disso, alguns alimentos específicos têm demonstrado benefícios para a cognição. E um deles é o cogumelo.

Hoje, compartilho um estudo prospectivo que foi realizado com mais de 5000 pessoas e evidenciou que o consumo regular de cogumelos foi associado a melhora na performance cognitiva, incluindo melhora de memória prospectiva, função executiva e recordação de palavras.

Vale lembrar que nenhum alimento é milagroso. É sempre importante ter um padrão alimentar saudável. E o nutricionista é o profissional mais capacitado para te orientar neste ponto.

(Ref: Cha, S.; et al. Nutrients., 16(3), 353, 2024. Doi: 10.3390/nu16030353)

Fosfatidilserina e a melhora da cognição

Luana Manosso (40)

Vários suplementos podem auxiliar no funcionamento cerebral, ajudando na melhora de cognição, um deles é a fosfadilserina.

Essa substância é o principal fosfolipídeo cerebral. Ela modula proteínas sinápticas, receptores, exocitose de neurotransmissores, entre outras funções importantes para o cérebro.

Meta-análise já evidenciou que doses de 100-300 mg/dia podem ajudar na melhora de cognição, em especial em adultos que já possuem algum declínio cognitivo. (Referência: Kang, E.Y.; et al. Korean J Food Sci Tecnol., 54(1):52-58, 2022.).

Mas é sempre importante procurar um nutricionista antes de sair suplementando por conta própria.

Azeite de oliva e seus benefícios em pessoas com declínio cognitivo

azeite

 

A barreira hematoencefálica (BHE) é uma barreira que envolve o cérebro e “escolhe” o que pode ou não entrar no cérebro e o que deve ou não sair do cérebro.
Dessa forma, manter uma BHE íntegra é importante para o funcionamento cerebral em geral.

Um estudo publicado dia 01 de dezembro desse ano avaliou o efeito de 30 mL/dia de azeite de oliva por 6 meses em pacientes que já tinha algum declínio cognitivo.
Após 6 meses, foi observado que o uso de azeite de oliva melhorou a integridade e função da BHE e melhorou a eliminação da beta-amiloide do cérebro, o que é importante para diminuir a progressão do declínio cognitivo para o Alzheimer.

Referência: Kaddoumi, A.; et al. Nutrients., 14:5102, 2022. Doi:10.3390/nu14235102

Selênio e cognição

Inúmeros micronutrientes são importantes para o funcionamento cerebral e melhora de processos cognitivos. Um desses micronutrientes é o selênio. 🧠✅

👉🏻O selênio é um mineral muito importante para o cérebro, desde o neurodesenvolvimento até o envelhecimento.

👉🏻Ele é importante para o funcionamento de selenoproteínas (que são proteínas que dependem do selênio para funcionar). Dentre várias funções dessas selenoproteínas, se destaca a ação antioxidante.

👉🏻Vários estudos têm demonstrado que a baixa ingestão de selênio da dieta está associado com piora cognitiva. Além disso, pacientes com doença de Alzheimer, possuem níveis diminuídos de selênio no sangue e em regiões do cérebro como o hipocampo (uma região importante para a formação de memórias).

✅Por isso, ajuste a ingestão alimentar de selênio!! No próximo post vou dar algumas dicas sobre isso. 🥰💚

Estado nutricional em idosos

O estado nutricional é uma condição importante que afeta profundamente a saúde geral dos idosos. Apesar do fato de que a ingestão recomendada da maioria dos nutrientes não muda ou muda em pequenas quantidades no idoso, o olfato, paladar e visão diminuídos, combinados com mudanças fisiológicas que promovem ingestão insuficiente e má absorção de nutrientes essenciais, podem exigir uma ingestão compensatória de nutrientes com o aumento da idade. Nessa revisão publicada em 2021, os autores avaliaram se existia ou não associação entre estado nutricional e declínio cognitivo e funcional em idosos institucionalizados. Entraram para as análises 8 estudos e as conclusões dos autores foi que um adequado estado nutricional foi associado à prevenção de declínio cognitivo e funcional de idosos. Ou seja, a avaliação do estado nutricional dos idosos é fundamental para prevenir problemas de saúde e permitir estratégias de intervenção precoce a fim de prevenir ainda mais o declínio da saúde. E lembre-se, o profissional mais adequado para avaliar o estado nutricional e propor a estratégia nutricional mais eficaz é o Nutricionista.

MIND diet e cognição

O declínio cognitivo é algo que vem aumentando nos últimos anos. E se você me acompanha, já viu vários artigos por aqui falando sobre a importância da alimentação na melhora da cognição. Mas hoje temos um estudo de um score de alimentação que ainda não tinha falado por aqui. Você já ouviu falar em MIND diet?? A sigla vem de “Mediterranean-DASH Diet Intervention for Neurodegenerative Delay”. A dieta segue o estilo das dietas mediterrânea e DASH, mas com modificações baseadas nas descobertas mais convincentes no campo da dieta-demência. Entre os componentes da dieta MIND estão 10 grupos de alimentos saudáveis para o cérebro (vegetais com folhas verdes, outros vegetais, oleaginosas, frutas vermelhas, feijão, grãos integrais, frutos do mar, aves, azeite de oliva e vinho) e 5 grupos de alimentos não saudáveis (carnes vermelhas, manteiga e margarina, queijos, pastéis e doces e frituras/fast food). Nessa revisão sistemática, após incluir 13 estudos, os autores concluem que a MIND diet está correlacionada com melhora de cognição em idosos.

Vitamina K e Alzheimer

Quando pensamos em funções da vitamina K, normalmente pensamos em função óssea e na coagulação sanguínea. Porém, a vitamina K está sendo estudada para outras funções, incluindo no cérebro. E essa revisão aborda algumas funções da vitamina K2 (uma das formas da vitamina K) pensando em prevenção e tratamento da doença de Alzheimer. Uma das funções da vitamina K é em diminuir a neuroinflamação, em especial pelo fato de modular a proteína Gas6 (que é uma carboxilase dependente de vitamina K). Além disso, a vitamina K parece diminuir estresse oxidativo e a apoptose de neurônios induzida pela beta-amiloide (uma proteína que se acumula na doença de Alzheimer). Outra possível função é através do eixo microbiota-intestino-cérebro, já que a vitamina K2 pode ser produzida pela microbiota intestinal. Porém, a maior parte dos estudos ainda são pré-clínicos, existindo a necessidade de mais estudos clínicos para avaliar doses e tempo de uso, bem como o efeito clínico. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta do mediterrâneo e cognição

A população está envelhecendo e, com isso, a prevalência de pessoas com alterações na função cognitiva vêm aumentando. As funções cognitivas são todos processos mentais que nos permitem reconhecer, lembrar, aprender e se adaptar às condições ambientais em constante mudança. Isso inclui, por exemplo, aprendizagem, memória e pensamento, funções receptivas, como percepção de estímulos, sua manutenção e classificação, bem como funções expressivas, como fala, escrita e desenho. Fatores genéticos e ambientais podem influenciar na função cognitiva. Dos fatores ambientais, a alimentação têm sido cada vez mais estudada. E essa revisão desse ano abordou o papel da dieta do mediterrâneo na função cognitiva de idosos saudáveis e de idosos que já possuem alteração na cognição. Após avaliar 8 estudos, os autores concluem que uma maior aderência a dieta do mediterrâneo tem impacto positivo tanto na população idosa com deficiência cognitiva quanto na população idosa saudável. Além disso, traz outros benefícios, como redução dos sintomas depressivos, diminuição da fragilidade, além da redução do tempo de internação. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Dieta e cognição

O período da pós-menopausa é acompanhado por uma queda nos níveis de estradiol. A queda nesse hormônio pode aumentar o risco de vários problemas, incluindo piora na cognição. Por outro lado, a alimentação parece impactar no envelhecimento cerebral, podendo aumentar ou diminuir o risco de declínio cognitivo, dependendo do tipo de alimentação que a pessoa tem. Nesse estudo publicado agora em 2021 foi avaliado a relação entre a qualidade da dieta, cognição e marcadores inflamatórios em mulheres na pós-menopausa. Após avaliar 222 mulheres, foi observado que aquelas que tinham uma dieta mais anti-inflamatória, tinham melhor memória e menos marcadores inflamatórios. Por outro lado, foi observado que uma dieta mais inflamatória aumentava o risco de declínio cognitivo. Ou seja, um padrão alimentar mais anti-inflamatório pode ser uma das estratégias para auxiliar na prevenção de declínio cognitivo. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!