Tanto o excesso quanto a deficiência do ferro podem ocasionar problemas para a saúde, incluindo problemas para o cérebro. Porém, a deficiência de ferro acaba sendo comum em alguns idosos. De forma interessante, nesse estudo publicado esse ano, foi avaliado o impacto de um baixo status de ferro em sintomas depressivos e piora de cognição em idosos. E adivinhem? Após análises estatística, foi demonstrado que os idosos que tinham um baixo status de ferro, tinham mais sintomas depressivos e pior memória. Por isso, ajustar a ingestão de ferro via alimentar é bem importante. É válido mencionar que o excesso de ferro também pode causar problemas para o cérebro. Por isso, é sempre importante avaliar cada caso individualmente. Só alimentação é suficiente? Precisa suplementar? Quanto suplementar? Por quanto tempo suplementar? Isso tudo tem que ser avaliado de forma individualizada. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.
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Citicolina e cérebro
A citicolina é um composto químico endógeno, cuja degradação origina a citidina e a colina. Estudos sugerem propriedades neuroprotetoras dessa substância. A citicolina parece aumentar sirtuínas, modular neurotransmissores e diminuir inflamação e estresse oxidativo. Mas o que temos de estudos avaliando sua funcionalidade? Para qual situação neurológica ela serviria? Essa revisão sistemática abordou justamente isso. Após avaliar 44 estudos, os autores colocam que a citicolina parece ser interessante pensando em prevenção da progressão de demências, além de melhorar funções cognitivas em pacientes saudáveis. Além disso, a citicolina também tem sido estudada para melhorar o prognóstico após acidente vascular cerebral (AVC). Entretanto, ainda são necessários mais estudos em humanos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Água e cognição
Muitas pessoas não bebem a quantidade adequada de água por dia. E isso pode trazer várias consequências maléficas para o corpo, já que manter a hidratação é essencial. De modo interessante, nesse estudo publicado esse ano, os autores aumentaram a ingestão de água em crianças e avaliaram o efeito disso em testes de memória. E adivinhem? Após análise, foi demostrando que aumentar a água durante o colégio já foi suficiente para melhorar a performance nos testes cognitivos. Outra análise do estudo foi que as crianças precisam de um consumo de no mínimo 1000 mL de água para ter o benefício no teste. Porém, não significa que essa seja a quantidade ideal para o funcionamento geral do corpo. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor sobre a quantidade de água necessária para o seu caso.
Colina e neurodesenvolvimento
Ter uma nutrição adequada nos primeiros 1000 dias de vida (gestação até os 2 anos) é essencial para a vida do indivíduo. Uma das influências dessa nutrição nos primeiros 1000 dias é para o desenvolvimento cerebral, podendo influenciar, inclusive, no funcionamento cerebral ao longo da vida. E um dos nutrientes que tem recebido bastante atenção é a colina, encontrada em maior quantidade na gema do ovo. Nessa revisão agora desse ano, os autores abordam os principais benefícios de uma dieta rica em colina (durante os primeiros 1000 dias) para o desenvolvimento cerebral, que são: (1) ajuda no desenvolvimento normal do cérebro; (2) protege o cérebro controla insultos durante a gestão, em especial contra a exposição de álcool; (3) melhora o funcionamento neural e cognitivo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Café e cognição
O café é uma bebida bastante consumida no mundo todo. Vários benefícios estão sendo atribuídos ao consumo de café. Vários estudos epidemiológicos sugerem a associação do consumo de café com a melhora na performance cognitiva. Acredita-se que isso ocorra, em especial, pelo conteúdo de cafeína, que melhora a atenção e vigilância. Mas poucos estudos exploram o efeito do café descafeinado e da ingestão de cafeína do café na melhora da cognição. E foi isso que esse estudo fez. Avaliou idosos acima de 60 anos e investigou a associação entre a ingestão de café total, café descafeinado, café com cafeína e ingestão de cafeína do café com desempenho cognitivo. Após analisar mais de 2500 idosos, foi observado que a ingestão total de café, café com cafeína e cafeína vinda do café estava associada a uma melhora na cognição desses idosos. Porém, nesse estudo, não foi observado associação entre café descafeinado e cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Resveratrol e menopausa
Depois que a mulher entra na menopausa, existe um risco aumentado de vários problemas. Uma das alterações que é comum na menopausa é na função cerebrovascular, que pode contribuir para piora cognitiva. Nesse estudo clínico publicado agora em 2020, foi suplementado resveratrol para mulheres na menopausa e avaliado o efeito dessa suplementação na função cerebrovascular e na função cognitiva. Para isso, 129 mulheres foram separadas em dois grupos e receberam placebo ou resveratrol (75 mg, 2 x ao dia) por 12 meses. Após 1 ano de tratamento, foi observado que aquelas mulheres que receberam o resveratrol melhoraram a função cerebrovascular e melhoraram a cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Alimentação e cognição
O assunto cognição é um assunto bem recorrente por aqui. Já fiz vários postes mostrando que alguns alimentos podem ajudar a melhorar a cognição. Mas não basta consumir um alimento específico. A qualidade da dieta como um todo é muito importante. Nesse estudo agora de 2020, os autores analisaram a dieta de pacientes saudáveis e de pacientes com doença de Alzheimer e observaram correlação dessa dieta com a cognição dos pacientes. Em pacientes saudáveis, foi observado que uma menor ingestão de vegetais foi associado com piora em vários aspectos da cognição. Em pacientes com Alzheimer, uma baixa aderência a uma alimentação saudável, baixa ingestão de vegetais, alto consumo de bebida alcoólica e gordura trans também foram associados com piora cognitiva. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.
Chá verde e cognição
Mês passado já mostrei estudos de questões alimentares influenciando na melhora da cognição, você lembra? Outro alimento que parece trazer benefícios é o chá verde (Camellia sinensis). Essa planta possui polifenóis (em especial catequinas), teanina (um aminoácido) e cafeína, que juntas, parecem ser os responsáveis pelos benefícios do chá verde no cérebro. Essa revisão sistemática publicada esse ano, englobando 8 artigos com mais de 37 mil pessoas avaliou o impacto do consumo de chá verde na diminuição de risco de problemas cognitivos. Embora ainda sejam necessários mais estudos para uma real certeza no efeito, existe sim uma sugestão de que o consumo de chá verde parece diminuir o risco de demências, de prejuízo cognitivo e de doença de Alzheimer. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Vegetais e cognição
Continuando com os posts sobre alimentos para melhorar a cognição… temos um impacto bem importante do consumo de vegetais. Já sabemos que aumentar vegetais melhora a cognição. Mas será que a variedade desses vegetais pode influenciar? Esse estudo de 2019 avaliou justamente isso. Após analisar mais de 400 pessoas com mais de 65 anos, os autores demonstraram que uma maior variedade de vegetais estava associada a um menor risco de declínio cognitivo. Ou seja, quando mais tipos e mais coloridos esses vegetais na dieta, melhor. E você já sabe, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.
Alimentação e cognição
Com o passar da idade, a capacidade cognitiva e a memória das pessoas vai piorando. Essa alteração na cognição pode estar associada à vários fatores. Mas você sabia que a alimentação pode ajudar na melhora da memória e cognição? Foi sobre isso que palestrei semana passado no XV Congresso Internacional de Nutrição Funcional. Nos próximos dois postes, vou colocar dois dos vários estudos que mostrei na palestra. Esse estudo publicado em 2019 avaliou a alimentação de quase 17 mil pessoas ao longo de aproximadamente 20 anos através de 5 escores diferentes para avaliação de alimentação saudável. Depois de 20 anos, 2443 pessoas desenvolveram prejuízo cognitivo. Após análises, foi observado que aqueles que tinham uma alimentação mais saudável (com mais frutas, verduras, azeite de oliva e menos carnes vermelhas, industrializados e alimentos açucarados) tinham menor risco de ter prejuízo cognitivo. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista.