IG e SOP

Mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP) podem ter várias alterações hormonais e cardiometabólicas. Entre elas, é comum aumento de testosterona total, resistência à insulina e alteração em lipídeos séricos (como colesterol, LDL e triglicerídeos). Por outro lado, inúmeras estratégias nutricionais estão sendo estudadas para melhorar a SOP. Uma das estratégias é adotar uma dieta com baixo índice glicêmico (IG). De modo interessante, essa meta-análise publicada agora em 2021 avaliou os reais efeitos de uma dieta com baixo IG nas mulheres com SOP. Após análise estatística, foi evidenciado que a dieta com baixo IG consegue reduzir os níveis de testosterona total nas mulheres com SOP. Além disso, dieta com baixo IG consegue diminuir HOMA-IR, insulina jejum, colesterol, LDL-c, triglicerídeo e circunferência da cintura. Ou seja, melhora parâmetros hormonais e cardiometabólicos da SOP. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Selênio e estatina

As estatinas são uma classe de medicamentos utilizados para diminuir a síntese de colesterol. O número de pessoas que usam estatina vem crescendo nos últimos anos. Só para ter noção, 60% dos pacientes obesos tomam esse tipo de medicamento. Porém, a estatina também pode causar efeitos colaterais, incluindo as miopatia (dores musculares intensas), que acometem cerca de 10% das pessoas que usam essa medicação. Mas você sabe qual a relação disso com o selênio? Nessa revisão publicada agora em 2021 os autores explanam sobre a importância de ajustar o selênio na alimentação e/ou suplementação em pacientes obesos e que usam estatina. Isso porque as estatinas também podem diminuir a síntese endógena de selenoproteínas, em especial se a pessoa tiver uma diminuição na ingestão de selênio. Além disso, os autores colocam que essa deficiência de selênio poderia contribuir para aumentar os efeitos colaterais da medicação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

HDL e dieta do mediterrâneo

A lipoproteína de alta densidade (HDL-c) é conhecida como colesterol “bom”. De fato, altas concentrações de HDL-c são inversamente associadas às doenças cardiovasculares. Porém, hoje sabemos que essa HDL-c pode ter alterações no tamanho, densidade, composição, etc. Ou seja, não significa que ter um alto HDL será sempre bom. Precisamos de uma boa funcionalidade dessa HDL. E essa revisão de 2021 abordou o papel da dieta do mediterrâneo (baseada em frutas, verduras, grão integrais, peixes e pobre em industrializados, grão refinado, açúcares, carnes vermelhas) na funcionalidade dessa HDL-c. Após avaliar 13 estudos, os autores colocam que uma dieta estilo mediterrâneo ajuda a melhorar a funcionalidade da HDL, em especial por melhorar a capacidade do efluxo do colesterol (tirar dos tecidos e devolver para o fígado) e por diminuir a oxidação da HDL. Estamos no Brasil, então algumas adaptações podem ser adotadas. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Curcumina e SOP

A Síndrome do ovário policístico (SOP) é a desordem endócrina mais comum das mulheres em idade reprodutiva. As três características que estão envolvidas no diagnóstico são hiperandrogenemia (aumento de hormônios androgênicos), disfunção ovulatória (ciclo menstrual > 35 dias) e morfologia ovariana policística (cistos nos ovários). Além disso, mulheres com SOP tem risco aumentando de vários outros problemas, incluindo desregulação glicêmica e lipídica. Por outro lado, a nutrição tem um papel bem importante no controle da SOP. Essa meta-análise publicada agora de 2021 avaliou o efeito da curcumina em mulheres com SOP. Entraram para a análise 3 estudos (totalizando 168 mulheres). As doses de curcumina variaram de 500 mg até 1500 mg/dia por 6-12 semanas. Após análises, observou-se que as mulheres que recebiam curcumina diminuíam glicemia em jejum, insulina em jejum, HOMA-IR e colesterol total e aumentavam HDL-c e QUICKI (avalia melhora de sensibilidade à insulina). Porém, a curcumina não influenciou no LDL-c e nem no triglicerídeo. Ou seja, dependendo do perfil da paciente, a curcumina pode ser uma das estratégias nutricionais a ser pensada. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Existem várias condutas nutricionais que são importantes para mulheres com SOP.

Beta-glucana e colesterol

A  ingestão de fibras é importante para o controle de colesterol e glicemia. Pensando nisso, este estudo publicado em 2020 avaliou o efeito de 3g de beta-glucana vindo da aveia nos níveis de colesterol e glicemia de pacientes com hipercolesterolemia leve. Para isso, os pacientes foram divididos em dois grupos, que receberam os dois tratamentos, separados por um período de washout de 4 semanas. O tratamento foi 8 semanas de consumo de aveia (15 g/dia, contendo 3 g de beta-glucana) ou placebo. Após análises, foi observado que quando os pacientes ingeriam aveia com beta-glucana eles tinham uma diminuição no colesterol total e no colesterol não-HDL. Porém, não observou-se mudança na glicemia. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Polifenol e HDL

Polifenóis são moléculas derivadas de plantas caracterizadas pela presença de um ou mais anéis aromáticos e ligados a grupos hidroxilas. Essa característica confere benefícios a saúde do indivíduo, em especial pelo efeito antioxidante e anti-inflamatório. Nesse estudo publicado em 2020, os autores investigaram o impacto na ingestão de polifenóis alimentares e o efeito em pacientes com síndrome metabólica. Após análises, foi observado que uma maior ingestão de polifenol estava associada com aumento do HDL-colesterol (conhecido como “colesterol bom”). E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Azeite de oliva e colesterol

Em novembro do ano passado fiz um poste sobre azeite de oliva podendo auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares. Uma das situações que aumenta o risco dessas doenças é o aumento no colesterol total, em especial do LDL-colesterol. Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores abordam o impacto do azeite de oliva nos níveis de LDL-c, e na capacidade antioxidante e anti-inflamatória da HDL-c. Após analisar vários artigos, os autores colocam que temos evidências de que o azeite de oliva extra virgem ajuda a diminuir a aterogenicidade da LDL e a aumentar o efluxo de colesterol pelos macrófagos (ou seja, aumentar a HDL). Além disso, o azeite de oliva e seus constituintes parecem também melhorar a ação antioxidante e anti-inflamatória da HDL. Porém, mais estudos ainda são necessários. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Ele vai te orientar sobre qual deve ser o consumo de azeite de oliva.

Alimentos e menopausa

A menopausa é diagnosticada clinicamente como uma condição quando uma mulher não menstrua há um ano. Durante o período de transição da menopausa, há um surgimento de vários distúrbios metabólicos lipídicos devido às alterações hormonais, como diminuição dos níveis de estrogênios. E se essas alterações perduram, elas podem aumentar o risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Por isso, fazer ajustes alimentares pensando em controlar essas alterações lipídicas é importante. E é sobre isso que essa revisão agora de 2020 fala, sobre alimentos e/ou suplementos que podem ajudar nesse controle. E os principais destaques que os autores fazem são para: alimentos antioxidantes (em especial frutas, verduras, chocolate, café, oleaginosas), alimentos ricos em fitoquímicos (frutas, verduras, temperos como cúrcuma, alho, cebola, chocolate, etc), alimentos com vitamina D, ômega-3 e uso de probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Berry e lipídeos séricos

Os lipídeos sanguíneos como colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeo são biomarcadores que podem ser usados para avaliar questões de saúde e doenças, em especial, doenças cardiovasculares. A alimentação, por sua vez, pode influenciar nessas lipoproteínas sanguíneas. Vários alimentos contendo fibras, fitoesteróis e/ou polifenóis parecem ajudar a controlar os níveis desses lipídeos sanguíneos. Esse estudo publicado em 2019 revisou o consumo de frutas vermelhas e roxas em parâmetros dos lipídeos séricos em diabetes e síndrome metabólica. Após revisar estudos em animais e em humanos, os autores colocam que embora seja necessário mais estudos, existem vários evidências que demonstram que o consumo de frutas vermelhas/roxas inteiras, suco com essas fruta ou extrato dessas frutas podem auxiliar a diminuir os níveis de LDL-colesterol e triglicerídeos e aumentar os níveis de HDL-colesterol em sujeitos com alteração nesses lipídeos séricos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Lipídeos séricos e depressão

Se você me acompanha, sabe que várias questões podem estar correlacionada com sintomas depressivos. Nesse estudo publicado esse ano, os autores avaliaram os níveis de lipídeos séricos (LDL colesterol, HDL colesterol, triglicerídeos, relação LDL/HDL) em pacientes com depressão e pacientes saudáveis. Após análises, um maior nível de LDL (152,5 vs. 134,0 mg/dl,) e uma maior relação LDL/HDL (2,82 vs. 2,21) foram observados em pacientes com episódios depressivos. Além disso, foi observado que quanto maiores os níveis de triglicerídeos, colesterol total, LDL colesterol e da relação LDL/HDL, mais grave são os sintomas depressivos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!