Ovos no café da manhã

É comum crianças e adolescente não fazerem o café da manhã e irem em jejum para a escola. Você conhece alguém assim? Mas ter um adequado café da manhã pode trazer vários benefícios. De modo interessante, nesse estudo publicado agora em 2021 os autores investigaram os efeitos de adicionar 1 ou 2 ovos no café da manhã de crianças e adolescentes e a ingestão de nutrientes. Após análises, foi observado que com 1 ovo no café da manhã, aumentou o aporte dos seguintes micronutrientes: riboflavina (vitamina B2), ácido pantotênico (vitamina B5), selênio e vitamina D. Adição de dois ovos aumentou os níveis de vitamina A. Mas o que mais aumentou foi a colina. Antes de comer ovos, apenas 22,6% das crianças e adolescentes tinham uma ingestão adequada dessa vitamina. Por outro lado, com a adição de 1 ou de 2 ovos por dia, o percentual de adequação subiu para 43,6% e 57,8% respectivamente. Ou seja, a ingestão de ovos no café da manhã pode contribuir para melhora a ingestão de alguns micronutrientes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Colina e neurodesenvolvimento

Ter uma nutrição adequada nos primeiros 1000 dias de vida (gestação até os 2 anos) é essencial para a vida do indivíduo. Uma das influências dessa nutrição nos primeiros 1000 dias é para o desenvolvimento cerebral, podendo influenciar, inclusive, no funcionamento cerebral ao longo da vida. E um dos nutrientes que tem recebido bastante atenção é a colina, encontrada em maior quantidade na gema do ovo. Nessa revisão agora desse ano, os autores abordam os principais benefícios de uma dieta rica em colina (durante os primeiros 1000 dias) para o desenvolvimento cerebral, que são: (1) ajuda no desenvolvimento normal do cérebro; (2) protege o cérebro controla insultos durante a gestão, em especial contra a exposição de álcool; (3) melhora o funcionamento neural e cognitivo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Colina e neuroproteção

Diversos nutrientes são importantes para o desenvolvimento e funcionamento adequado do cérebro. Um dos nutrientes que tem papel relevante é a colina, encontrada em especial nos ovos. Nessa revisão publicada em 2019, o autor aborda os principais mecanismos pelos quais a colina atua para a melhora do cérebro. De forma resumida, a colina é importante como doador de grupo metil (modulando a expressão de genes e neurotransmissores); é importante para a integridade da membrana dos neurônios (por formar a fosfatidilcolina); é importante para formar a acetilcolina (neurotransmissor associado com memória); controla os níveis de homocisteína (que se tivesse em excesso pode piorar o cérebro). Ou seja, temos vários motivos para estimular o consumo de ovos. Mas lembre-se, é sempre bom procurar um nutricionista para avaliar seu caso individualmente.

Receita Panqueca de Beterraba

Este mês o Nutrir com Ciência mostrou dois estudos relatando os benefícios da ingestão adequada de COLINA, BETAÍNA e GRÃOS INTEGRAIS para nossa saúde. Após descobrirmos as benfeitorias em relação aos níveis de glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR, HOMA- β  e efeito positivo na microbiota intestinal, que tal colocarmos estes ensinamentos em prática?

Para isso, experimente esta Panqueca de Beterraba, cujo nutricionista pode indicá-lo no melhor horário para consumo, segundo sua rotina e plano alimentar.

Por: Bruna Deolindo Izidro

Colina, Betaína e Diabetes

Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) compreende cerca de 90% dos casos de diabetes, tornando-se um dos maiores problemas de saúde pública. Existem várias estratégias nutricionais para o controle da doença, e até mesmo para evitar o seu desenvolvimento. Alguns estudos tem discutido a relação entre a ingestão de alguns micronutrientes e a resistência à insulina (RI), um dos passos iniciais para o desenvolvimento do DM2, e um dos nutrientes citados por esta publicação de janeiro de 2017 é a colina e a betaína. Nesta publicação os autores avaliaram a ingestão alimentar destes micronutrientes em mais de 2300 pessoas, e observaram uma correlação inversa entre a ingestão de colina e betaína e os níveis de glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR (avalia a RI) e HOMA- β (avalia as funções das células β). Fontes dietéticas de colina são os ovos, fígado e carne vermelha, já a betaína é obtida através da ingestão de beterraba, espinafre, grãos e cereais. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!