Dieta vegetariana e depressão

O número de pessoas vegetarianas vem aumentando. Porém, alguns pacientes vegetarianos possuem deficiências nutricionais e isso pode estar associado com o risco de desenvolver sintomas depressivos. Nesse estudo avaliando quase 10 mil pessoas demonstrou que os homens vegetarianos tinham mais risco de ter sintomas depressivos. Segundo os autores, isso pode ocorrer pelo fato desses pacientes terem mais risco de deficiência de vitamina B12, ferro e ômega-3, que são três nutrientes importantes para modular o humor. Dessa forma, ajustes alimentares são importantes para que a dieta de um vegetariano não seja deficiente nesses nutrientes. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Açafrão e doenças neurológicas

A depressão e a ansiedade são dois problemas bem comuns e com grande impacto econômico, social e pessoal. Dessa forma, estratégias nutricionais para melhorar esses problemas tem ganhado importância nos últimos anos. Uma dessas estratégias é o uso do açafrão verdadeiro (Crocus sativus). Vários estudos demonstram que esse fitoterápico, que também pode ser usado na alimentação ajuda a diminuir sintomas depressivos e a ansiedade. As doses utilizadas na maioria dos estudos é de 30 mg/dia (padronizado a 3,5% de safranal). Dentre seus mecanismos de ação, os autores dessa publicação agora de 2018 destacam o papel do Crocus sativus na diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, sua função neuroprotetora e sua modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto afeta de 20-40% das mulheres após o nascimento do bebê. Mas você sabia que os níveis de vitamina D podem influenciar nisso? Essa revisão sistemática publica em 2018 coloca que níveis deficientes de vitamina D estão associados com maior risco de depressão pós-parto. Porém, ainda não se tem total clareza sobre a real ação da vitamina D, se o seu papel é na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, nos níveis de estradiol, no níveis de serotonina, na diminuição de citocinas inflamatórias ou por influenciar em outros pontos fisiopatológicos da depressão. Porém, manter níveis adequados dessa vitamina é muito importante! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Depressão e glicemia

A depressão piora a qualidade de vida dos indivíduos! Além disso, ela pode estar associada com vários problemas de saúde. Esse estudo publicado em 2018 avaliou pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) e viram que as mulheres tinham mais risco de depressão do que os homens. Além disso, foi demonstrado que as mulheres com diabetes e depressão tinham um pior controle glicêmico quando comparado com a mulheres diabéticas mas sem depressão! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele avaliará seu caso e saberá orientá-lo.

Dieta e depressão

A importância da alimentação é um assunto recorrente aqui. Tanto para prevenção quanto para tratamento de várias doenças. Nessa meta-análise publicada em 2018, os autores avaliaram um série de artigos sobre alimentação e prevenção de depressão. Após análises, 4 pontos foram de maior importância para diminuir o risco de depressão:
1. Dieta estilo mediterrânea;
2. Dieta com menor índice de inflamação;
3. Maior consumo de peixes;
4. Maior consumo de vegetais;
Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta DASH e depressão

A dieta estilo DASH é caracterizada por um alto consumo de grãos integrais, frutas, vegetais, legumes e nozes; quantidades moderadas de produtos lácteos com baixo teor de gordura; pequenas quantidades de carnes vermelhas ou processadas, sobremesas e bebidas açucaradas. A dieta DASH foi originalmente projetada para reduzir a pressão arterial. Mas diversos estudos tem demonstrado outros benefícios desse estilo de alimentação. Esse estudo publicado em 2018 avaliou a aderência a uma dieta estilo DASH em 580 meninas de 12 a 18 anos. Após análises estatísticas, foi demostrado que as meninas com maior aderência a dieta estilo DASH tinham menos depressão quando comparado com as meninas com uma baixa aderência a esse tipo de dieta. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Café, adoçantes e depressão

Já falamos aqui no Nutrir com Ciência que a ingestão adequada de café pode diminuir o risco de depressão. Porém, esse estudo publicado em 2017 mostrou que beber excesso de café também pode aumentar o risco desse transtorno de humor. Após análises, as pessoas que consumiam 4 ou mais xícaras de café ao dia tinham 38% mais risco de depressão do que aqueles que não consumiam. Além disso, os autores também avaliaram o uso de bebidas com adoçantes (no café, chá, ou bebidas diet de forma geral como refrigerante diet). Mulheres que bebiam mais de 1 vez/dia alguma bebida diet tinham um risco 66% maior de depressão. Além disso, mulheres que colocam adoçante do café ou chá tinham um risco 32% maior de depressão quando comparado com aquelas mulheres que tomavam essas bebidas sem adoçar. Na dúvida, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Cafeína e depressão

O café é um dos alimentos que tem sido estudado na depressão. Em humanos, já foi demonstrado que o consumo de cerca de 400 mL de café pode ajudar a diminuir o risco de depressão. Porém, essa bebida ainda não tinha sido avaliada em pacientes que já apresentam esse transtorno de humor. E foi isso que esse artigo de 2017 quis avaliar! Os autores selecionaram pessoas com depressão (que estavam recebendo medicamento antidepressivo) e que bebiam no máximo 3 xícaras de café por dia. Depois, dividiram os indivíduos em 3 grupos que receberam suplementação de: 60 mg de cafeína, 120 mg de cafeína ou placebo por 4 semanas. Todos os pacientes foram orientados a não consumir, durante essas 4 semanas, bebidas que continham cafeína (café, chá verde, etc). No término do estudo observou-se que quem consumiu 60 mg de cafeína melhorou a ação do antidepressivo sem influenciar no sono. Além disso, observou-se uma questão interessante: normalmente associamos o consumo de cafeína com um aumento nos níveis de cortisol. Porém, os indivíduos que receberam 60 mg de cafeína tiveram uma diminuição nos níveis de cortisol salivar, o que pode ser um fator para a melhora da depressão. Ou seja, essa dose mais baixa não parece influenciar negativamente no cortisol e ainda melhorou os sintomas dos pacientes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Padrão alimentar, depressão e ansiedade

A depressão e a ansiedade são dois problemas que afetam inúmeras pessoas pelo mundo. Um dos fatores que pode aumentar o risco de desenvolver depressão e ansiedade é uma alimentação inadequada. As escolhas alimentares podem aumentar ou diminuir o risco de ter esses problemas. E foi exatamente isso que esse estudo publicado em 2017 avaliou. Os autores compararam dois tipos de padrão alimentar em indivíduos com mais de 65 anos: um padrão de dieta menos saudável (aumento no consumo de chocolates, doces, massas, salsichas, refrigerantes sem açúcar e açucarados, leite integral e pão branco) e um padrão de dieta mais saudável (aumento no consumo de frutas, legumes, batatas, oleaginosas, pão integral e água). Após análise estatística foi demonstrado que aqueles indivíduos com um padrão alimentar mais saudável tinham menos sintomas de depressão e ansiedade!!! Já os indivíduos com um padrão alimentar menos saudável, tinham mais chance de ter sintomas de depressão e ansiedade. Isso está de acordo com vários outros estudos que também demonstram essa relação entre alimentação e saúde mental! É importante lembrar que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o nutricionista!

Brássicas e Depressão

O sulforafano é uma substância presente nas hortaliças da família das brássicas, como couve de Bruxelas, brócolis, couve-flor, couve, nabo, rabanete, etc. Essa substância proporciona vários benefícios à saúde. Recentemente, estudo em animais demonstrou que essa substância também pode influenciar na depressão. Nesse estudo de 2017, os autores realizaram um protocolo que induziu um comportamento tipo-depressivo nos animais, além de alterar proteínas e citocinas inflamatórias que também influenciam na depressão. Por outro lado, os animais que receberam sulforafano antes do protocolo de indução do comportamento tipo-depressivo, não desenvolveram esse comportamento. Além disso, os animais tratados com sulforafano não tiveram alterações nas proteínas e citocinas inflamatórias. Nesse mesmo estudo, um outro experimento foi realizado com alteração da dieta (ração) dos animais durante a adolescência. Um grupo de animais recebeu uma dieta com 0,1% de glicorafanin (precursor do sulforafano) obtida a partir da couve de Bruxelas e, um outro grupo recebeu a dieta padrão durante toda a adolescência. Na vida adulta, esses animais foram submetidos ao protocolo para indução de comporto tipo-depressivo. De forma muito interessante, observou-se que o consumo dietético de glicorafanin durante a adolescência impediu o comportamento tipo-depressivo na vida adulta. Vale destacar que o estudo foi realizado em animais. Se o sulforafano vai ter o mesmo efeito em humanos e a dose necessária para isso ainda não podemos afirmar. Mas uma coisa é certa: as brássicas, quando consumidas de forma adequada e na quantidade adequada, pode trazer vários benefícios à saúde. Mas é sempre importante procurar um nutricionista para orientá-lo melhor.