Polifenóis e diabetes

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença muito comum na população. E não é nenhuma novidade que a alimentação tem um papel muito importante na prevenção e tratamento dessa doença. Inúmeros fatores alimentares podem influenciar, mas, nesse artigo de 2021, os autores abordam o papel de polifenóis da dieta na prevenção de DM2. Polifenóis são compostos derivados de plantas que trazem vários benefícios para a saúde, incluindo diminuição de inflamação e de estresse oxidativo, que podem estar associados à várias questões da fisiopatologia do DM2. Embora ainda precisamos de mais estudos para podermos afirmar que um determinado alimento vai diminuir o risco de DM2, os autores citam alguns alimentos que estão sendo estudados, como por exemplo grãos integrais, frutas (em especial as vermelhas e roxas e as frutas cítricas), vegetais (com destaque para o brócolis e cebolas), azeite de oliva, chá verde, café e cacau. Mas lembre-se, o padrão alimentar é muito importante quando se pensa em diabetes. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Lactobacillus e gestação

Diabetes melittus gestacional (DMG) é um dos problemas que pode ocorrer durante a gestação. Além de um controle no ganho de peso e de ajuste na alimentação, outras estratégias nutricionais também parecem ser interessantes. Nesse estudo publicado agora de 2021, foram recrutadas 423 gestantes que estavam entre 14-16 semana de gestação e começaram a receber Lactobacillus rhamnosus (6 x 109 UFC) ou placebo. Quando estavam entre a 24-30 semana de gestação, foi retirado sangue dessas gestantes para avaliar vários parâmetros associados com DMG. Após análises estatísticas, foi demostrado que as grávidas que usaram o probiótico tinham menor valor de glicemia em jejum, mas não alterou outros parâmetros relacionados ao controle glicêmico. Além disso, nas mulheres acima de 35 anos, os probióticos também diminuíram ácidos biliares primários conjugados. Vale destacar que o estudo também mostrou associação entre ácidos biliares conjugados e glicose e insulina em jejum. Ou seja, os dados sugerem mais um possível benefício do uso de probióticos durante a gestação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Whey protein e diabetes

A presença de diabetes tipo 2 em pacientes idosos com obesidade acelera a perda de massa muscular com o envelhecimento. Além de trazer outros riscos para a saúde. A perda de peso nesses pacientes é muito importante. Porém, se não for bem orientada, essa perda de peso pode gerar muita perda muscular também. Nesse estudo publicado agora em 2021, os autores avaliaram 123 pacientes acima de 55 anos, obesos e com diabetes tipo 2 e investigaram o efeito de dois protocolos realizado por 13 semanas:

– Grupo 1: dieta hipocalórica + treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) + suplementação com whey protein (21 g de proteína, contendo 3 g de leucina + 9 g de carboidrato + 3 g de gordura + 800 UI de vitamina D).

– Grupo 2: dieta hipocalórica + HIIT + bebida controle isocalórica (com 25 g de carboidrato e 6 g de gordura).

Ou seja, os dois grupos treinaram (3 vezes na semana, por 1 hora) e fizeram dieta hipocalórica. A diferença foi que um grupo recebeu a bebida rica em proteína e o outro recebeu uma bebida controle (rica em carboidrato). A bebida foi ofertada todos os dias antes do café da manhã e nos 3 dias de treino, recebiam uma segunda dose após o treino. Ou seja, foram 10 doses por semana. Por 13 semanas. Após esse período, observou-se que os dois grupos tiveram perda de peso e diminuiu glicemia em jejum e HbA1c (já que ambos recebiam orientações de dieta hipocalórica e exercícios). Por outro lado, mudanças de hábitos associado à bebida com proteína exerceu efeitos benéficos na massa muscular (aumentou massa magra total) e ajudou mais no controle glicêmico, já que nesse grupo também houve diminuição de insulina em jejum e diminuição do HOMA-IR. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Polifenois e RI

A resistência à insulina (RI) é caracterizada pelo prejuízo da responsividade da insulina em alguns tecidos. Essa perda de função da insulina acaba aumentando a glicemia e gerando inflamação e estresse oxidativo. E, por isso, pode predispor à outros problemas, incluindo diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Vários fatores podem contribuir para a RI, incluindo obesidade, alteração no metabolismo lipídico, disbiose, inflamação crônica, falta de exercício físico, etc. Por outro lado, algumas questões alimentares parecem ajudar a diminuir a RI. Entre elas, os polifenóis estão sendo estudados. Nessa revisão agora de 2020, os autores abordam os principais polifenóis que estão mostrando resultados benéficos na diminuição da RI. Primeiramente os autores comentam de estudos que mostram que o aumento de flavonoides gerais na dieta e ter uma alimentação mais saudável, com mais frutas, verduras, grão integrais, e, por consequência, com mais polifenóis, diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Pensando em polifenóis específicos (consumidos via alimento), os autores colocam estudos trazendo benefício dos seguintes polifenóis: epicatequinas (presentes no cacau), EGCG (chá verde), antocianinas (frutas vermelha / roxas), compostos fenólicos (café e azeite de oliva), estilbenos/resveratrol (uva, mirtilo) e polifenóis das oleaginosas. Porém, ainda existem resultados controversos. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Ferro e retinopatia diabética

O ferro é um mineral que podemos observar problemas tanto na deficiência quanto no excesso. Uma das doenças que o ferro tem sido estudado é na retinopatia diabética, que é uma das principais causas de cegueira no mundo. Porém, os estudos são a maior parte em animal e colocavam que o ferro acelerava o aparecimento da retinopatia diabética. Porém, esse estudo feito com mais de 5000 pessoas demonstrou resultados controversos. Após comparar pacientes com retinopatia diabética com pacientes controle (sem a doença), observou-se que o ferro sérico estava mais baixo nos pacientes com a doenças. Os autores também analisaram a correlação e viram que o ferro sérico foi inversamente associado com a retinopatia diabética, ou seja, quanto mais ferro, menos retinopatia. Porém, vale destacar que esse foi o primeiro estudo de demostrou isso e que mais estudos ainda são necessários. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

 

Chlorella

A Chlorella é uma alga verde unicelular produzida e distribuída em todo o mundo como suplemento dietético. Os produtos de Chlorella contêm vários nutrientes e vitaminas, incluindo vitamina D e vitamina B12, que estão ausentes em fontes de alimentos derivados de plantas. A maioria das pessoas conhece a Chlorella para melhorar o processo de destoxificação. Mas será que é só para isso que ela funciona? Quais os outros benefícios? Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores colocam que além dos efeitos destoxificantes, a Chlorella também parece ter efeitos na imunomodulação, atividade antioxidante e efeitos contra diabetes, hipertensão e hiperlipidemia. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina C e diabetes

O diabetes é uma doença crônica e que está associada com várias outras comorbidades. Uma situação comum que também afeta diabéticos é periodontite, que é uma inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes. Além de higiene bucal adequada, algumas questões nutricionais podem estar relacionadas. Essa revisão de 2020 investiga o papel da vitamina C em periodontite de pacientes diabéticos. Os autores colocam que diversos estudos já demonstram que pacientes diabéticos e com periodontite possuem níveis mais baixos de vitamina C. Existem também estudos suplementando vitamina C nesses pacientes, porém, os resultados ainda são inconclusivos. Mas de fato, a deficiência de vitamina C pode piorar a periodontite, por isso, é importante ajustar a ingestão alimentar dessa vitamina. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Dieta do mediterrâneo e diabetes

Essa semana estamos falando de dieta do mediterrâneo. Terça, falamos sobre o benefício desse tipo de dieta em pessoas que estão envelhecendo. Hoje, trago esse recente estudo publicado agora em 2020 sobre o benefício da dieta do mediterrâneo na qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 1. O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o paciente precisa de tratamento medicamentoso (insulina), exercício físico e alimentação adequada. Nesse estudo, os autores avaliaram 259 pacientes com diabetes tipo 1 e analisaram a alimentação desses pacientes. Após análises, foi demonstrado que os pacientes com maior aderência a dieta estilo mediterrânea tinham uma melhor qualidade de vida (avaliada por índice específico para a população com diabetes). Você tem diabetes? Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Magnésio e insulina

O magnésio é o quarto mineral essencial mais abundante no corpo. Ele age como cofator para mais de 600 enzimas no nosso corpo, além de ter outras funções importantes. Um papel bem importante do magnésio é no controle da insulina. Mas você sabe qual o mecanismo de ação do magnésio na homeostase desse hormônio tão importante? É sobre isso que essa revisão de 2019 discute. Os autores colocam que o magnésio auxilia no controle da insulina por influenciar nas células beta-pancreáticas (que produzem a insulina). Além disso, o magnésio também regula a ação da insulina por agir em vários pontos diferentes da cascata de sinalização intracelular, além de diminuir a inflamação. Ou seja, ajustar a quantidade de magnésio ingerido na alimentação é bem importante quando pensando em controle glicêmico, resistência à insulina e diabetes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Índice glicêmico e diabetes

Diabetes é uma doença que cuja incidência cresce a cada ano. Que pacientes com diabetes tem que tomar cuidado com a quantidade de carboidrato, em especial açúcares, doces, biscoitos… isso todo mundo já sabe. Mas será que o consumo de alimentos com alto índice glicêmico e alta carga glicêmica em pacientes saudáveis pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2? E para tentar elucidar isso, essa meta-análise avaliou vários estudos para tentar chegar a uma resposta. Após análises, foi observado que sim, uma dieta com alto índice glicêmico e/ou alta carga glicêmica foi associado a mais risco de desenvolver diabetes tipo 2. Para melhorar sua alimentação, procure um Nutricionista! Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.