Diabetes e Cromo

Hoje, dia 14 de novembro, é o dia mundial do Diabetes!
O tratamento do diabetes tipo 2 (DM2) envolve vários pontos, e um dos mais importantes, se não o mais importante, é a alimentação! Porém, em alguns casos, algumas suplementações também podem auxiliar no tratamento. Uma dessas suplementações é cromo! Nessa revisão publicada em 2017, após analisar 28 artigos, foi demonstrado que o cromo foi associado à uma redução nos níveis de glicemia, hemoglobina glicada e triglicerídeos. Além disso, o cromo também foi associado à um aumento no HDL. Ou seja, a suplementação de cromo foi relaciona com benefícios para o DM2. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Alimentos e diabetes

A alimentação é de extrema importância para a prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 (DM2). Nessa meta-análise publicada agora em 2017 avaliou a relação de 12 grupos alimentares com o risco de DM2. Após várias análises estatísticas, foi visto que 3 grupos alimentares aumentaram o risco de DM2: carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucararas. Em contrapartida, outros 3 grupos diminuíram o risco de DM2: frutas, laticínios e grão integrais. Vale destacar que embora o consumo de vegetais não tenha dado diferença estatística na meta-análise, os autores mostraram uma associação dose-resposta (não-linear) entre o consumo de vegetais e diminuição de risco de DM2. Após análises, foi observado que a ingestão acima de 300 g/dia de vegetais diminui 9% o risco de DM2. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta do metiderrâneo e diabetes

O estilo da dieta influencia em vários fatores de risco cardiometabólicos, incluindo o peso corporal, a pressão arterial, os níveis de colesterol sanguíneo, a homeostasia de glicose-insulina, estresse oxidativo, inflamação e saúde endotelial. A Associação Americana de Diabetes e a Associação Americana do Coração recomendam uma dieta mediterrânea (rica em frutas, verduras, azeite de oliva extra-virgem, com consumo moderado de peixes, vinho e baixo consumo de carnes vermelhas e processadas) para melhorar o controle glicêmico e os fatores de risco cardiovascular no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Nessa revisão de 2017, os autores colocam que uma dieta do mediterrâneo reduz de 20-23% o risco de DM2 e de 28-30% o risco de eventos cardiovasculares. Os mecanismos pelos quais a dieta mediterrânea produz seus benefícios cardiometabólicos na DM2 são, na maioria, anti-inflamatórios e antioxidantes: o aumento do consumo de alimentos de alta qualidade pode reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias, enquanto aumenta as citocinas anti-inflamatórias. Essa melhora da inflamação pode melhorar a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos e a função endotelial ao nível vascular e, finalmente, atuar como barreira à síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e desenvolvimento de aterosclerose. Procure um Nutricionista para orientá-lo na melhora da sua alimentação!

Adoçante e diabetes

Infelizmente, o uso de adoçantes ainda é muito comum pela população, e principalmente entre os diabéticos, que encontram nesses edulcorantes artificiais a solução para continuar comendo doces após o diagnóstico da doença. Mas será que de fato é seguro para esses pacientes consumir esse tipo de produto? E quais são os efeitos metabólicos gerados por esse consumo? Foi exatamente essas respostas que essa meta-análise buscou ao investigar em 29 artigos sobre o tema. Após análise, os autores concluíram que os dados referentes aos efeitos do aspartame sobre as principais variáveis metabólicas associadas à diabetes e à obesidade, como glicemia e insulina, não suportam um benefício relacionado ao seu consumo, uma vez que não foi observado nos estudos um bom controle dessas variáveis metabólicas. Por isso lembre-se sempre de buscar um nutricionista atualizado para orientá-lo melhor sobre o que utilizar!

Probióticos e diabetes

O diabetes é uma das causas de problemas renais e, conforme a evolução das complicações renais há indicação para hemodiálise. Melhorar a homeostasia da glicose, a inflamação e o estresse oxidativo desses pacientes é de extrema importância para a qualidade de vida e para diminuir a progressão da doença. Pensando nisso, esse estudo de 2017 investigou o papel dos probióticos sobre esses parâmetros em 60 pacientes diabéticos fazendo hemodiálise. Os pacientes foram separados em dois grupos: metade recebeu placebo e metade recebeu probióticos por 12 semanas. Os probióticos utilizados foram: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium bifidum, na quantidade de 2 bilhões de UFC de cada cepa. Após as 12 semanas de tratamento, os indivíduos que receberam os probióticos tiveram uma melhora na homeostase da glicose e diminuíram mais a inflamação e o estresse oxidativo quando comparado com os indivíduos que receberam placebo. Ou seja, a suplementação com probióticos trouxe efeitos metabólicos benéficos aos pacientes diabéticos! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Romã e Diabetes

O estresse oxidativo é uma das principais causas para as complicações micro- e macro-vasculares do diabetes mellitus. Recentemente, uma grande atenção tem sido dada aos antioxidantes naturais, tais como polifenois na dieta, para diminuir os danos oxidativos nesses pacientes. Nessa publicação, foi avaliado o efeito do consumo de 200 mL/dia de suco de romã (Punica granatum) em 60 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (de 40-65 anos). Após 6 semanas de estudo, o grupo que tomou 200 mL de suco de romã por dia obteve uma melhora do estresse oxidativo, sugerindo que a romã pode ser um aliado interessante no tratamento do diabetes mellitus. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!

Fast food e gestação

A gestação é um momento muito importante para a mulher e para o bebê que está sendo gerado! Uma alimentação adequada durante a gestação é de extrema importância para a saúde dos dois. Mas você sabia que o que a mulher come ANTES de engravidar também pode influenciar na saúde da mãe e, por consequência, do bebê?

Esse estudo realizado no Irã e publicado em 2017 avaliou o consumo de fast food antes de engravidar com o risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional (DMG)! Os autores avaliaram o consumo total de fast food e também o consumo de alguns alimentos ultraprocessados isolados: hambúrgueres, salsichas, mortadela (carne bovina), pizza e batatas fritas.

Os resultados demonstraram que as mulheres que comiam mais fast food antes de engravidar, tinham mais risco de desenvolver DMG, independente dos fatores de risco conhecidos para DMG, como IMC, inatividade física e estilo de vida. Avaliando os alimentos separadamente, o que foi associado com o risco de DMG foi o alto consumo de batata frita!

Ou seja, mais um motivo para diminuirmos o consumo de fast food. Principalmente se você for mulher e deseja engravidar no futuro! Procure um nutricionista para orientá-la melhor!

Carga ácida da dieta e Diabetes

Já falamos aqui no Nutrir com Ciência sobre a importância da dieta para o diabetes!!! Esse artigo publicado agora em fevereiro de 2017 avaliou a carga ácida da dieta e associou com a prevalência do diabetes. Alguns autores acreditam que uma dieta com o estilo ocidental (com grande consumo de proteínas de origem animal, alimentos industrializadas, açúcares e baixo consumo de frutas e verduras) pode causar uma acidose metabólica no corpo (não tão exagerada/intensa, porém crônica), podendo causar problemas metabólicos. Vale destacar que os principais responsáveis por aumentar a carga ácida da dieta são proteínas sulfuradas, presentes principalmente em proteína de origem animal. Nesse estudo, a carda ácida da dieta foi calculada por 3 métodos diferentes (NEAP, PRAL e relação proteína animal:potássio). Os resultados demonstraram que nos três casos, quanto mais alto foi a carga ácida da dieta, maior o risco de diabetes tipo 2 (após ajustada para fatores de risco do diabetes). Para saber mais detalhes, procure um nutricionista.

Bebida dietética e emagrecimento

Muitas pessoas optam por bebidas dietéticas (sem açúcar) porque acham que elas não iram engordar, correto?? Não!!!! Errado!!! Nesse estudo publicado em 2017, mulheres com sobrepeso ou obesidade foram submetidas a um programa de perda de peso por 24 semanas. Porém, metade das mulheres receberam bebidas dietéticas (cinco vezes por semanas, após o almoço) e a outra metade recebeu água. O resto da dieta e a atividade física foram iguais para todas as mulheres. Adivinhem o que os autores demonstraram?? Que as mulheres que ingeriram ÁGUA ao invés de bebida dietética, perderam mais peso, diminuíram mais o IMC (índice de massa corporal), a glicemia em jejum, a insulina em jejum, o HOMA-IR (uma forma de avaliar a resistência à insulina) e a glicemia pós-prandial (2 horas após a refeição). Ou seja, as bebidas dietéticas, mesmo não contendo açúcar, dificulta o emagrecimento, além de piorar várias questões metabólicas envolvidas no diabetes! Água é sempre a melhor opção!! Na dúvida, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Colina, Betaína e Diabetes

Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) compreende cerca de 90% dos casos de diabetes, tornando-se um dos maiores problemas de saúde pública. Existem várias estratégias nutricionais para o controle da doença, e até mesmo para evitar o seu desenvolvimento. Alguns estudos tem discutido a relação entre a ingestão de alguns micronutrientes e a resistência à insulina (RI), um dos passos iniciais para o desenvolvimento do DM2, e um dos nutrientes citados por esta publicação de janeiro de 2017 é a colina e a betaína. Nesta publicação os autores avaliaram a ingestão alimentar destes micronutrientes em mais de 2300 pessoas, e observaram uma correlação inversa entre a ingestão de colina e betaína e os níveis de glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR (avalia a RI) e HOMA- β (avalia as funções das células β). Fontes dietéticas de colina são os ovos, fígado e carne vermelha, já a betaína é obtida através da ingestão de beterraba, espinafre, grãos e cereais. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!