Gengibre e diabetes

Além de ser usado na culinária, o gengibre (Zingiber officinale) também é usado com alegação de saúde, ajudando a diminuir dores, cólicas menstruais, náuseas, etc. Nessa meta-análise publicada agora em 2018, os autores investigaram o papel do gengibre no controle glicêmico, sensibilidade à insulina e perfil lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 ou síndrome metabólica. Foram incluídos 10 artigos, totalizando 490 indivíduos. Após as análises, foi demostrado que o gengibre ajuda a controlar a glicemia (diminui a hemoglobina glicada), melhora a sensibilidade à insulina (diminui insulina em jejum e HOMA-IR), e melhora o perfil lipídico (diminui colesterol total, triglicerídeos, LDL e aumenta HDL). As doses usadas de gengibre nos estudos variaram de 1,0 a 3,0 g/dia, por no mínimo 5 a no máximo 10 semanas de uso. Dessa forma, os autores concluem que embora mais estudos a longo prazo sejam necessários, o gengibre parece ser um candidato para auxiliar no controle do diabetes e síndrome metabólica. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Chá verde e osso

Vários estudos mostram a correlação entre diabetes e osteoporose. Em contrapartida, o chá verde (Camellia sinensis) parece ajudar tanto no controle do diabetes quando na questão da osteoporose. Pensando nisso, esses autores Brasileiros avaliaram o papel da suplementação com extrato do chá verde na densidade mineral óssea de pacientes diabéticos. Para isso, eles recrutaram 35 pacientes diabéticos que receberam placebo ou 1120 mg do extrato seco de Camellia sinensis (contendo 560 mg de polifenois) por 20 semanas. Após as 20 semanas, observou-se um leve aumento na densidade mineral óssea do grupo que recebeu o chá verde. Mas mais estudos ainda são necessários para uma real clareza dos efeitos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina B12 e genes

A vitamina B12 é um micronutriente essencial para o metabolismo humano. Dentre suas funções, destaca-se seu papel na regulação do metabolismo de um carbono, sendo importante para controlar os níveis de homocisteína (que em excesso pode trazer vários problemas) e produzir SAMe (que é um doador de grupo metil, regulando várias funções no corpo). Nesse recente estudo, os autores investigaram o papel da vitamina B12 na regulação de genes associados ao diabetes melittus tipo 2 (DM2). Após as análises, os autores demonstraram que a suplementação com vitamina B12 ajudou na regulação de vários genes associados com DM2 devido ao seu papel na metilação do microRNA21. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Diabetes e Cromo

Hoje, dia 14 de novembro, é o dia mundial do Diabetes!
O tratamento do diabetes tipo 2 (DM2) envolve vários pontos, e um dos mais importantes, se não o mais importante, é a alimentação! Porém, em alguns casos, algumas suplementações também podem auxiliar no tratamento. Uma dessas suplementações é cromo! Nessa revisão publicada em 2017, após analisar 28 artigos, foi demonstrado que o cromo foi associado à uma redução nos níveis de glicemia, hemoglobina glicada e triglicerídeos. Além disso, o cromo também foi associado à um aumento no HDL. Ou seja, a suplementação de cromo foi relaciona com benefícios para o DM2. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Alimentos e diabetes

A alimentação é de extrema importância para a prevenção e tratamento do diabetes tipo 2 (DM2). Nessa meta-análise publicada agora em 2017 avaliou a relação de 12 grupos alimentares com o risco de DM2. Após várias análises estatísticas, foi visto que 3 grupos alimentares aumentaram o risco de DM2: carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucararas. Em contrapartida, outros 3 grupos diminuíram o risco de DM2: frutas, laticínios e grão integrais. Vale destacar que embora o consumo de vegetais não tenha dado diferença estatística na meta-análise, os autores mostraram uma associação dose-resposta (não-linear) entre o consumo de vegetais e diminuição de risco de DM2. Após análises, foi observado que a ingestão acima de 300 g/dia de vegetais diminui 9% o risco de DM2. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta do metiderrâneo e diabetes

O estilo da dieta influencia em vários fatores de risco cardiometabólicos, incluindo o peso corporal, a pressão arterial, os níveis de colesterol sanguíneo, a homeostasia de glicose-insulina, estresse oxidativo, inflamação e saúde endotelial. A Associação Americana de Diabetes e a Associação Americana do Coração recomendam uma dieta mediterrânea (rica em frutas, verduras, azeite de oliva extra-virgem, com consumo moderado de peixes, vinho e baixo consumo de carnes vermelhas e processadas) para melhorar o controle glicêmico e os fatores de risco cardiovascular no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Nessa revisão de 2017, os autores colocam que uma dieta do mediterrâneo reduz de 20-23% o risco de DM2 e de 28-30% o risco de eventos cardiovasculares. Os mecanismos pelos quais a dieta mediterrânea produz seus benefícios cardiometabólicos na DM2 são, na maioria, anti-inflamatórios e antioxidantes: o aumento do consumo de alimentos de alta qualidade pode reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias, enquanto aumenta as citocinas anti-inflamatórias. Essa melhora da inflamação pode melhorar a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos e a função endotelial ao nível vascular e, finalmente, atuar como barreira à síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e desenvolvimento de aterosclerose. Procure um Nutricionista para orientá-lo na melhora da sua alimentação!

Adoçante e diabetes

Infelizmente, o uso de adoçantes ainda é muito comum pela população, e principalmente entre os diabéticos, que encontram nesses edulcorantes artificiais a solução para continuar comendo doces após o diagnóstico da doença. Mas será que de fato é seguro para esses pacientes consumir esse tipo de produto? E quais são os efeitos metabólicos gerados por esse consumo? Foi exatamente essas respostas que essa meta-análise buscou ao investigar em 29 artigos sobre o tema. Após análise, os autores concluíram que os dados referentes aos efeitos do aspartame sobre as principais variáveis metabólicas associadas à diabetes e à obesidade, como glicemia e insulina, não suportam um benefício relacionado ao seu consumo, uma vez que não foi observado nos estudos um bom controle dessas variáveis metabólicas. Por isso lembre-se sempre de buscar um nutricionista atualizado para orientá-lo melhor sobre o que utilizar!

Probióticos e diabetes

O diabetes é uma das causas de problemas renais e, conforme a evolução das complicações renais há indicação para hemodiálise. Melhorar a homeostasia da glicose, a inflamação e o estresse oxidativo desses pacientes é de extrema importância para a qualidade de vida e para diminuir a progressão da doença. Pensando nisso, esse estudo de 2017 investigou o papel dos probióticos sobre esses parâmetros em 60 pacientes diabéticos fazendo hemodiálise. Os pacientes foram separados em dois grupos: metade recebeu placebo e metade recebeu probióticos por 12 semanas. Os probióticos utilizados foram: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium bifidum, na quantidade de 2 bilhões de UFC de cada cepa. Após as 12 semanas de tratamento, os indivíduos que receberam os probióticos tiveram uma melhora na homeostase da glicose e diminuíram mais a inflamação e o estresse oxidativo quando comparado com os indivíduos que receberam placebo. Ou seja, a suplementação com probióticos trouxe efeitos metabólicos benéficos aos pacientes diabéticos! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Romã e Diabetes

O estresse oxidativo é uma das principais causas para as complicações micro- e macro-vasculares do diabetes mellitus. Recentemente, uma grande atenção tem sido dada aos antioxidantes naturais, tais como polifenois na dieta, para diminuir os danos oxidativos nesses pacientes. Nessa publicação, foi avaliado o efeito do consumo de 200 mL/dia de suco de romã (Punica granatum) em 60 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (de 40-65 anos). Após 6 semanas de estudo, o grupo que tomou 200 mL de suco de romã por dia obteve uma melhora do estresse oxidativo, sugerindo que a romã pode ser um aliado interessante no tratamento do diabetes mellitus. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!

Fast food e gestação

A gestação é um momento muito importante para a mulher e para o bebê que está sendo gerado! Uma alimentação adequada durante a gestação é de extrema importância para a saúde dos dois. Mas você sabia que o que a mulher come ANTES de engravidar também pode influenciar na saúde da mãe e, por consequência, do bebê?

Esse estudo realizado no Irã e publicado em 2017 avaliou o consumo de fast food antes de engravidar com o risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional (DMG)! Os autores avaliaram o consumo total de fast food e também o consumo de alguns alimentos ultraprocessados isolados: hambúrgueres, salsichas, mortadela (carne bovina), pizza e batatas fritas.

Os resultados demonstraram que as mulheres que comiam mais fast food antes de engravidar, tinham mais risco de desenvolver DMG, independente dos fatores de risco conhecidos para DMG, como IMC, inatividade física e estilo de vida. Avaliando os alimentos separadamente, o que foi associado com o risco de DMG foi o alto consumo de batata frita!

Ou seja, mais um motivo para diminuirmos o consumo de fast food. Principalmente se você for mulher e deseja engravidar no futuro! Procure um nutricionista para orientá-la melhor!