Carga ácida da dieta e Diabetes

Já falamos aqui no Nutrir com Ciência sobre a importância da dieta para o diabetes!!! Esse artigo publicado agora em fevereiro de 2017 avaliou a carga ácida da dieta e associou com a prevalência do diabetes. Alguns autores acreditam que uma dieta com o estilo ocidental (com grande consumo de proteínas de origem animal, alimentos industrializadas, açúcares e baixo consumo de frutas e verduras) pode causar uma acidose metabólica no corpo (não tão exagerada/intensa, porém crônica), podendo causar problemas metabólicos. Vale destacar que os principais responsáveis por aumentar a carga ácida da dieta são proteínas sulfuradas, presentes principalmente em proteína de origem animal. Nesse estudo, a carda ácida da dieta foi calculada por 3 métodos diferentes (NEAP, PRAL e relação proteína animal:potássio). Os resultados demonstraram que nos três casos, quanto mais alto foi a carga ácida da dieta, maior o risco de diabetes tipo 2 (após ajustada para fatores de risco do diabetes). Para saber mais detalhes, procure um nutricionista.

Bebida dietética e emagrecimento

Muitas pessoas optam por bebidas dietéticas (sem açúcar) porque acham que elas não iram engordar, correto?? Não!!!! Errado!!! Nesse estudo publicado em 2017, mulheres com sobrepeso ou obesidade foram submetidas a um programa de perda de peso por 24 semanas. Porém, metade das mulheres receberam bebidas dietéticas (cinco vezes por semanas, após o almoço) e a outra metade recebeu água. O resto da dieta e a atividade física foram iguais para todas as mulheres. Adivinhem o que os autores demonstraram?? Que as mulheres que ingeriram ÁGUA ao invés de bebida dietética, perderam mais peso, diminuíram mais o IMC (índice de massa corporal), a glicemia em jejum, a insulina em jejum, o HOMA-IR (uma forma de avaliar a resistência à insulina) e a glicemia pós-prandial (2 horas após a refeição). Ou seja, as bebidas dietéticas, mesmo não contendo açúcar, dificulta o emagrecimento, além de piorar várias questões metabólicas envolvidas no diabetes! Água é sempre a melhor opção!! Na dúvida, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Colina, Betaína e Diabetes

Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) compreende cerca de 90% dos casos de diabetes, tornando-se um dos maiores problemas de saúde pública. Existem várias estratégias nutricionais para o controle da doença, e até mesmo para evitar o seu desenvolvimento. Alguns estudos tem discutido a relação entre a ingestão de alguns micronutrientes e a resistência à insulina (RI), um dos passos iniciais para o desenvolvimento do DM2, e um dos nutrientes citados por esta publicação de janeiro de 2017 é a colina e a betaína. Nesta publicação os autores avaliaram a ingestão alimentar destes micronutrientes em mais de 2300 pessoas, e observaram uma correlação inversa entre a ingestão de colina e betaína e os níveis de glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR (avalia a RI) e HOMA- β (avalia as funções das células β). Fontes dietéticas de colina são os ovos, fígado e carne vermelha, já a betaína é obtida através da ingestão de beterraba, espinafre, grãos e cereais. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!

Especiarias e Diabetes

O diabetes mellitus é um sério problema de saúde! Muitos fatores incluindo idade, obesidade, sexo e dieta estão associados no desenvolvimento do diabetes. Hoje, medicamentos e mudanças alimentares são as duas principais abordagens para a prevenção e/ou tratamento dessa doença! Dentre as estratégias nutricionais, a adição de especiarias e temperos na dieta é muito importante! Nesse estudo publicado em 2017, os autores revisão as principais especiarias para auxiliar no diabetes, que são: canela, gengibre, açafrão da terra, cominho, coentro, anis, alho, cebola, mostarda, pimenta preta e folhas de curry. Essas especiarias possuem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e antidiabéticos!!! Vale destacar que a maioria dos estudos ainda é em animais e células e que mais estudos em humanos com diabetes são necessários. O que não significa que você não possa utilizar essas especiarias na dieta. A inclusão dessas e de outras especiarias podem trazer vários benefícios à saúde, além de deixar a comida mais gostosa! Na dúvida do que e como utilizar, procure o seu nutricionista!

Vitamina D e insulina

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A manutenção dos níveis plasmáticos de vitamina D tem sido relacionada com vários efeitos benéficos a saúde, como modulação imunológica, regulação da pressão arterial sistêmica, e controle glicêmico. Estes efeitos extra esqueléticos da vitamina D ocorrem pois há receptores de vitamina D (VDR) distribuídos em várias células, em diferentes órgãos do nosso corpo. Sabendo disso, alguns pesquisadores observaram a manutenção sazonal da glicemia de alguns pacientes diabéticos e, relacionaram esse efeito, a manutenção dos níveis plasmáticos da Vitamina D. Atualmente já se sabe que concentrações plasmáticas ideais de vitamina D auxiliam na secreção da insulina e modulam a sensibilidade periférica desse hormônio, fazendo com que ele exerça melhor a sua função. Dessa forma, ter níveis adequados de vitamina D (através de suplementação ou da exposição solar) é importante para a manutenção da glicemia! Vale destacar que a insulina também consegue agir nos rins, estimulando a formação da vitamina D na forma ativa (1,25(OH)2D3). Consulte o seu nutricionista e converse com ele sobre sua concentração plasmática de Vitamina D e se você tem a necessidade de ser suplementado!

Azeite de oliva vs manteiga

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O controle da glicemia (glicose/açúcar no sangue) é de extrema importância para a saúde. O aumento da glicemia aumenta o risco de diabetes, de doenças cardiovasculares, entre outras doenças. O aumento da glicemia ocorre, principalmente, pelo consumo de alimentos com carboidratos. Mas estratégias nutricionais podem ajudar a controlar o aumento da glicose induzido pelo carboidrato. Uma dessas estratégias é a utilização de gorduras junto com a refeição. Entretanto, esses dois artigos publicados nesse ano mostraram que o tipo de gordura influencia no controle da glicemia. O primeiro estudo, publicado por Bozzetto e colaboradores, mostrou que quando pacientes com diabetes mellitus tipo 1 consumiam uma refeição com alto índice glicêmico (que aumenta bastante a glicemia) associada com 37 g de azeite de oliva extra virgem, o aumento da glicemia nos primeiros 180 minutos foi menor do que nos pacientes que consumiam a refeição com 43 g de manteiga. Ou seja, o azeite de oliva extra virgem controlou melhor a glicemia do que a manteiga. Mas por que será que isso acontece? No segundo estudo, publicado por Carnevale e colaboradores, foi demonstrado que, em pacientes com glicemia em jejum alterada, a adição de 10 g de azeite de oliva extra virgem junto com a refeição conseguiu diminuir em 20% a glicemia. Além disso, o azeite de oliva extra virgem conseguiu aumentar os níveis de GLP-1, que é uma incretina importante para o controle da glicemia, além de diminuir o apetite e ter efeitos cardioprotetores. Ou seja, adicionar azeite de oliva extra virgem nas principais refeições pode ser uma estratégia interessante para o controle glicêmico e aumento de GLP-1. Vale lembrar que o excesso nunca é interessante. Dessa forma, procure um nutricionista para saber qual a quantidade de azeite ideal para você e como fazer para escolher um bom azeite de oliva.