Dieta do mediterrâneo e seus benefícios intestinais em pacientes com Parkinson

Luana Manosso

É muito comum pacientes com doença de Parkinson terem alterações gastrointestinais, em especial, constipação.

Um estudo publicado agora em setembro investigou o efeito da aderência a uma dieta do mediterrâneo por 8 semanas em pacientes com doença de Parkinson.

De modo interessante, os pacientes que fizeram uma dieta estilo mediterrâneo melhoraram sintomas de constipação e diminuíram calprotectina fecal (marcador de inflamação intestinal).

Referência: Rusch, C.; et al. Nutrients., 16(17):2946, 2024.Doi: 10.3390/nu16172946

Dieta do mediterrâneo e sua ligação com a enxaqueca

Luana Manosso

A enxaqueca é definida como um distúrbio neurovascular complexo caracterizado por ataques recorrentes de dor incapacitante, acompanhados de náuseas, vômitos, fonofobia, fotofobia e sensibilidade ao movimento, com duração de 4 a 72 horas.

Evidências crescentes sugerem que uma nutrição adequada e um estilo de vida saudável podem ter o potencial de afetar o curso clínico da enxaqueca devido ao seu papel fundamental na inflamação sistêmica, na vasodilatação dos vasos cerebrais e no metabolismo cerebral da glicose.

Hoje compartilho um estudo clínico com 170 pacientes com enxaqueca que evidenciou que a baixa adesão a dieta do mediterrâneo e a presença de distúrbios do sono-vigília foram associados à incapacidade e à cronificação da enxaqueca.

Ou seja, melhorar o sono e a alimentação podem contribuir para auxiliar no tratamento da enxaqueca.
Se quiser ler com detalhes o artigo, segue a referência:
Ref: Bovenzi, R.; et al. Nutrients., 16(13), 2169, 2024. Doi: 10.3390/nu16132169

Dieta mediterrânea x Doença de Parkinson

Luana Manosso

A dieta do mediterrâneo é um dos estilos de dieta mais estudados quando pensamos em benefícios para o cérebro.

Hoje compartilho com vocês uma revisão que acabou de ser publicada sobre os impactos da aderência a uma dieta estilo mediterrâneo (lado esquerdo da figura) e melhora de sintomas de Parkinson.

De acordo com os estudos avaliados pelos autores, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo consegue modular o intestino e trazer melhora em alguns sintomas não motores da doença de Parkinson, incluindo melhora de cognição, de dispepsia e de constipação.

(Ref: Seelarbokus, B.I.; et al. Nutrients., 16(14), 2181, 2024. Doi: 10.3390/nu16142181)

Vale a pena destacar que no Brasil conseguimos seguir um padrão de dieta estilo mediterrânea mas adaptada aos alimentos da nossa biodiversidade!

 

Dieta Mediterrânea

Luana Manosso (2)

Estudo publicado agora em maio, realizado no Brasil, demonstrou a importância da alimentação na redução de inflamação sistêmica de baixo grau, em especial nos idosos.

Além disso, avaliando os grupos alimentares separadamente, os que mais contribuíram para a redução de inflamação foram os vegetais e o azeite de oliva extravirgem.

Caso queira saber detalhes do artigo, segue a referência: Bastos, A.A.; et al. Nutrients., 16(9), 1385, 2024. Doi: 10.3390/nu16091385

Dieta Mediterrânea e qualidade do sono têm relação?

dieta mediterranea e qualidade do sono

Há pouco dias falei sobre a relação da dieta estilo mediterrânea e sintomas de ansiedade e estresse em idosos.

Hoje trago uma revisão sistemática, com dados de 23 estudos, que sugere que a maior aderência a dieta do mediterrâneo foi associada a uma menor probabilidade de ter má qualidade do sono, duração inadequada do sono, sonolência diurna excessiva ou sintomas de insônia.

Você não dorme bem? Um dos pontos para ajudar na melhora desse sono é melhorando sua alimentação.

Procure um nutricionista para te orientar melhor.

(Ref: Godos, J.; et al. Nutrients., 16(2), 282, 2024. Doi: 10.3390/nu16020282.

Padrão da dieta mediterrânea diminui sintomas de ansiedade e estresse

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (Post para Instagram (Quadrado))

Seguir um padrão alimentar saudável é essencial para a manutenção da saúde. E um dos padrões alimentares mais estudados é o da dieta do mediterrâneo.

Esse padrão é baseado em um alto consumo de frutas, verduras, grão integrais e leguminosas. De fontes de gordura é baseada em azeite de oliva e oleaginosas.

Das proteínas, tem maior consumo de carnes brancas, em especial peixes e baixo consumo de carnes vermelhas, em especial as ultraprocessadas.

Também é pobre em alimentos contendo açúcar, gordura saturada, gordura trans e alimentos ultraprocessados em geral.

O artigo que compartilho hoje com vocês foi realizado com idosos (> 60 anos) e evidenciou que aqueles que seguiam mais a dieta do mediterrâneo tinham menos sintomas de ansiedade e de estresse.

(Ref: Allcock, L.;et al. Nutrients., 16(3), 366, 2024. Doi: 10.3390/nu16030366)

Dieta e câncer

A alimentação pode ser um dos fatores ambientais que pode influenciar no risco de desenvolver câncer. Mas e se a pessoa já está com câncer? A alimentação também pode influenciar no prognóstico da dieta? Será que a alimentação pode influenciar no risco da pessoa que está com câncer morrer? Essa revisão sistemática e meta-análise avaliou justamente isso. Após avaliar dados de 49 estudos, os autores concluem que a adesão à dieta mediterrânea foi associada a menor risco de mortalidade em sobreviventes de câncer colorretal e de próstata. Além disso, a meta-análise mostrou que a qualidade da dieta mais alta versus mais baixa estava associada a uma redução de 23% na mortalidade geral em sobreviventes de câncer de mama. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterraneo e diabetes

Ter um padrão alimentar saudável é muito importante para prevenção e para o tratamento de várias doenças. A dieta do mediterrâneo, baseada em um alto consumo de frutas, verduras, grãos integrais, peixes e azeite de oliva tem demostrado ser benéfica para várias doenças, incluindo o diabetes. A maior parte dos estudos com dieta do mediterrâneo e diabetes é com a diabetes tipo 2. De modo interessante, esse estudo recém-publicado, investigou o efeito da dieta do mediterrâneo em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1). Após analisar dados de 65 pessoas com DM1 foi observado que uma baixa aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um aumento no risco de obesidade. Por outro lado, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo foi associada a um menor risco de hiperglicemia. Além disso, o hábito de realizar um café da manhã saudável foi associado a um melhor controle glicêmico e metabólico nas crianças e adolescentes com DM1. Por outro lado, um alto consumo de alimentos ultraprocessados, piorou o controle metabólico desses indivíduos. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta cerca de 6 milhões de indivíduos no mundo. A causa do Parkinson é multifatorial, mas envolver fatores genéticos e ambientais. Dos fatores ambientais, a alimentação tem um papel importante. Nesse estudo recém-publicado, foi analisado a relação entre alimentação e risco de desenvolver Parkinson em mais de 9 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi observado que uma dieta estilo mediterrânea e uma dieta com padrão “prudente” (considerado uma alimentação com maior ingestão de vegetais, leguminosas, carnes brancas, peixes e oleaginosas) foi associado a um menor risco de desenvolver doença de Parkinson. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterrâneo e cognição

A população está envelhecendo e, com isso, a prevalência de pessoas com alterações na função cognitiva vêm aumentando. As funções cognitivas são todos processos mentais que nos permitem reconhecer, lembrar, aprender e se adaptar às condições ambientais em constante mudança. Isso inclui, por exemplo, aprendizagem, memória e pensamento, funções receptivas, como percepção de estímulos, sua manutenção e classificação, bem como funções expressivas, como fala, escrita e desenho. Fatores genéticos e ambientais podem influenciar na função cognitiva. Dos fatores ambientais, a alimentação têm sido cada vez mais estudada. E essa revisão desse ano abordou o papel da dieta do mediterrâneo na função cognitiva de idosos saudáveis e de idosos que já possuem alteração na cognição. Após avaliar 8 estudos, os autores concluem que uma maior aderência a dieta do mediterrâneo tem impacto positivo tanto na população idosa com deficiência cognitiva quanto na população idosa saudável. Além disso, traz outros benefícios, como redução dos sintomas depressivos, diminuição da fragilidade, além da redução do tempo de internação. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!