HDL e dieta do mediterrâneo

A lipoproteína de alta densidade (HDL-c) é conhecida como colesterol “bom”. De fato, altas concentrações de HDL-c são inversamente associadas às doenças cardiovasculares. Porém, hoje sabemos que essa HDL-c pode ter alterações no tamanho, densidade, composição, etc. Ou seja, não significa que ter um alto HDL será sempre bom. Precisamos de uma boa funcionalidade dessa HDL. E essa revisão de 2021 abordou o papel da dieta do mediterrâneo (baseada em frutas, verduras, grão integrais, peixes e pobre em industrializados, grão refinado, açúcares, carnes vermelhas) na funcionalidade dessa HDL-c. Após avaliar 13 estudos, os autores colocam que uma dieta estilo mediterrâneo ajuda a melhorar a funcionalidade da HDL, em especial por melhorar a capacidade do efluxo do colesterol (tirar dos tecidos e devolver para o fígado) e por diminuir a oxidação da HDL. Estamos no Brasil, então algumas adaptações podem ser adotadas. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Dieta do mediterrâneo e demência

A demência é uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos em todo o mundo. E tenho certeza que, se você pudesse escolher, não gostaria de ter demência quando você envelhecer. Por isso gosto tanto de falar sobre estratégias nutricionais que podem nos auxiliar a diminuir o risco de demência e/ou melhorar a cognição. E hoje, trago para você os resultados de um grande estudo de coorte prospectivo (com mais de 16 mil pessoas), publicado agora em 2021, que avaliou a aderência à dieta do mediterrâneo (baseada em frutas, verduras, grãos integrais, azeite de oliva) e o risco de ter demência. Após análises, foi observado que as pessoas que tinham uma maior aderência a dieta do mediterrâneo tinham um risco 20% menor de desenvolver demência do que as pessoas com baixa aderência a essa dieta. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterrâneo e microbiota

Vários estudos demonstram que microbiota intestinal está correlacionada com um status de saúde. Além disso, já é bem estabelecido que hábitos alimentares conseguem impactar, de forma direta, nessa microbiota intestinal. Nessa publicação agora de 2021, os autores revisaram sobre o impacto da dieta do mediterrâneo na microbiota intestinal. A dieta do mediterrâneo é caracterizada por uma alta ingestão de frutas e verduras, azeite de oliva, grão integrais, sementes, oleaginosas e especiarias. Por outro lado, esse estilo de dieta tem uma baixa ingestão de carne vermelha, grão refinados, açúcares e alimentos industrializados. Por conta desse perfil de alimentos, essa dieta proporciona uma alta ingestão de polifenóis, fibras, ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3. Dentre vários benefícios que isso pode trazer para a saúde, esse artigo desse ano coloca que esse padrão alimentar ajuda a aumentar a diversidade do microbioma intestinal, melhorando a homeostase do intestino, diminuindo disbiose intestinal e diminuindo a hiperpermeabilidade intestinal. Tudo isso contribuiu para gerar menos inflamação e estresse oxidativo no organismo, melhorar funções metabólicas, contribuindo assim para um menor risco de doenças crônicas não transmissíveis. Vale lembrar que o Brasil não é um país que fica na região do mediterrâneo, então, algumas adaptações podem ser feitas. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta e sono em gestante

Estima-se que quase 50% das gestantes têm piora na qualidade do sono, em especial no terceiro trimestre. Uma baixa qualidade do sono, além de trazer cansaço, pode estar aumentar o risco de outros problemas, incluindo maior risco de nascimento prematuro. Enquanto que uma boa qualidade do sono está associado a um melhor score Apgar (que serve para avaliar a vitalidade de recém-nascidos no primeiro e no quinto minuto de vida). Se você me acompanha por aqui, com certeza já sabe que a alimentação pode impactar na qualidade do sono. De modo bem interessante, esse artigo de 2020 avaliou a qualidade do sono de gestantes na 16ª semana e na 34ª semana de gestação e analisou o impacto de uma aderência à dieta do mediterrâneo e de alguns alimentos específicos. Após análises, foi observado que um maior consumo de frutas melhorou a qualidade do sono na 16ª semana. Além disso, um maior consumo de azeite de oliva extra virgem e uma maior aderência à dieta do mediterrâneo foram capazes de melhorar a qualidade do sono tanto na 16ª semana quanto na 34ª semana de gestação. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para uma orientação mais individualizada.

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Sono e alimentação

Mês passado eu postei um artigo falando que alimentos industrializados poderiam piorar a qualidade do sono. Então qual seria o padrão alimentar para melhorar a qualidade do sono? E será que o peso da pessoa pode influenciar nessa qualidade do sono? Nesse estudo feito com pessoas de meia-idade (aproximadamente 50 anos), foi observado que as pessoas que dormiam melhor tinham uma maior aderência a dieta do mediterrâneo. Além disso, foi observado uma correlação entre a qualidade do sono e o IMC e a circunferência da cintura: quanto maior o IMC e maior a circunferência da cintura, pior era a qualidade do sono. Ou seja, a alimentação e o peso podem sim influenciar na qualidade do sono. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta do mediterrâneo e diabetes

Essa semana estamos falando de dieta do mediterrâneo. Terça, falamos sobre o benefício desse tipo de dieta em pessoas que estão envelhecendo. Hoje, trago esse recente estudo publicado agora em 2020 sobre o benefício da dieta do mediterrâneo na qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 1. O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o paciente precisa de tratamento medicamentoso (insulina), exercício físico e alimentação adequada. Nesse estudo, os autores avaliaram 259 pacientes com diabetes tipo 1 e analisaram a alimentação desses pacientes. Após análises, foi demonstrado que os pacientes com maior aderência a dieta estilo mediterrânea tinham uma melhor qualidade de vida (avaliada por índice específico para a população com diabetes). Você tem diabetes? Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta do mediterrâneo em idoso

A população está envelhecendo. Porém, você quer envelhecer de forma saudável, sem a presença de doenças crônicas graves ou de importante declínio nas funções cognitivas ou físicas ou na saúde mental?? Pois bem, saiba que o estilo de alimentação durante a vida pode fazer com que você atinja esse objetivo quando ficar mais velho. Os autores dessa revisão agora de 2020 discutem que a alta adesão a uma dieta estilo mediterrânea está associada a menor incidência de doenças crônicas e menor comprometimento físico na velhice. Por isso, procure um Nutricionista, que é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.

Alimentação e depressão

Já falei em vários postes sobre a importância de ter uma alimentação saudável pensando em prevenção de depressão. Mas ainda não tínhamos estudos avaliando o efeito da mudança da alimentação em pacientes que já têm depressão. Mas agora temos!!!! Esse estudo pegou pacientes depressivos que se alimentavam de forma inadequada (dieta não saudável) e que não tinham modificado seu tratamento medicamentoso nas últimas duas semanas e dividiu esses pacientes em dois grupos: um grupo não mudou dieta e outro foi orientado a seguir dieta estilo mediterrânea (com mais frutas, verduras, azeite de oliva, peixes, grãos integrais e menos industrializados, menos carne vermelha e menos açúcar) por 3 semanas. Após análises, o grupo que mudou a dieta diminuiu sintomas depressivos em 3 semanas. De modo interessante, 3 meses depois do término do estudo foi feito perguntas via telefone para esses pacientes e a melhora nos sintomas foi mantida. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para falar de alimentação com você é o Nutricionista!

Dieta e humor adolescente

A adolescência é um período de mudanças físicas e psicológicas. Hábitos alimentares adquiridos na adolescência são bem importantes para a consolidação de hábitos alimentares na vida adulta. Além disso, a alimentação durante a adolescência influencia nas mudanças físicas e psicológicas que esse adolescente está exposto. Nesse estudo publicado em 2019 com adolescentes espanhóis avaliou o impacto da aderência a uma dieta do mediterrâneo com o humor e com a qualidade de vida desses adolescentes. Após análises, os autores demonstraram que os adolescentes que tinham uma maior aderência à dieta estilo mediterrânea tinham melhor humor/felicidade e maior índice de qualidade de vida. E lembre-se, para melhorar a alimentação, procure um Nutricionista! Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação.