Dieta e cognição

O comprometimento cognitivo está associado ao aumento do risco de mortalidade, incapacidade e demência no final da vida, além de altos custos de assistência médica. Dentre os vários fatores que podem influenciar na cognição, diversos estudos têm investigado o papel da alimentação. De forma interessante, esse estudo publicado em 2019 avaliou o efeito da alimentação no início da vida adulta (de 25 até 45 anos) na performance cognitiva na meia idade (50 e 55 anos). Após análises, foi demonstrado que seguir uma dieta estilo mediterrânea e ter uma maior ingestão de alimentos saudáveis (em especial frutas, verduras e legumes) dos 25 aos 45 anos foi associado à melhor cognição com 50 e com 55 anos de idade. E lembra-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para orientá-lo  melhor.

 

Dieta e qualidade do esperma

Problemas de fertilidade acometem muitos casais. Em torno de 30% dos casos, o problema é com a fertilidade masculina. Mas você sabia que o estilo de alimentação pode impactar na qualidade do sêmen?! Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram 309 homens italianos (com idade de 27-60 anos) e associaram a aderência a uma dieta estilo mediterrânea com paramentos do sêmen. Desses homens, 19,3% tinham alteração no volume do sêmen (<1,5 mL), 30,5% tinham baixa concentração de espermatozoides (<15 milhões/mL), e 32,1% tinham baixa contagem de espermatozoide (<39 milhões). Correlacionando com a aderência a uma dieta estilo mediterrânea, foi demonstrado que uma alta aderência a esse estilo de dieta foi associada com uma normal contagem e concentração dos espermatozoides. Porém, não deu diferença em relação ao volume. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Outras questões nutricionais também são importantes pensando em fertilidade.

 

Dieta e cognição

Já falei sobre vários artigos mostrando benefício da dieta do mediterrâneo. Esse estilo de dieta, rica especialmente em frutas, verduras, azeite de oliva e peixes também traz benefícios para o cérebro. Esse grande estudo publicado em 2018 avaliou a relação desse estilo de alimentação com a prevenção de problemas cognitivos em adultos e idosos. Após anos aplicando questionário alimentar em mais de 25 mil homens, foi demonstrado que os indivíduos que tinham uma maior aderência a dieta estilo mediterrânea, tinha menos risco de ter problemas cognitivos, sugerindo que mudanças alimentares podem ajudar na prevenção ou atraso de declínio cognitivo. Mas nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Degeneração macular e dieta

A degeneração macular relacionada com a idade é uma doença crônica que afeta a retina e que pode deixar o indivíduo cego. Mas você sabia que hábitos alimentares podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver esse problema? Essa publicação de 2018 avaliou justamente isso. E sabe o que eles demonstraram? Que uma dieta estilo mediterrânea diminui o risco de degeneração macular relacionada com a idade. Analisando os grupos de alimentos isoladamente, o benefício foi observado com um aumento no consumo de vegetais, frutas e oleaginosas. Analisando os nutrientes, a prevenção foi associada com um aumento na ingestão de fibras, gorduras (em especial ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e ácido linoleico), vitamina A, C, E, caroteno, folato, magnésio, ferro, zinco e água. Além disso, atividade física regular também foi associada ao menor risco de degeneração macular relacionada com a idade. Lembre-se que o profissional mais capacitado para orienta-lo sobre alimentação é o nutricionista!

Esteatose e dieta do mediterrâneo

O número de pessoas com esteatose hepática não alcoólica (NAFLD) vem aumentando nos últimos anos. Isso é bem preocupante, pois aumenta risco de diabetes, doença cardiovascular, além de poder evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Por isso, pensar em prevenção e tratamento (caso já tenha a doença) é muito importante. Mudança no estilo de vida, incluindo mudança na alimentação, é um ponto chave para prevenir ou tratar esse problema. Nesse contexto, a dieta estilo mediterrânea tem um impacto bem interessante. Nessa revisão publicada em 2017 os autores avaliaram evidências epidemiológicas e os mecanismos moleculares plausíveis para o benefício da dieta do mediterrâneo. Após a revisão, os autores colocam que os principais alimentos que trazem benefício para a NAFLD são: azeite de oliva, oleaginosas, grãos integrais, frutas e vegetais. Dentre os mecanismos moleculares envolvidos do benefício desse estilo de dieta, destacam-se: diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, melhora da resistência à insulina, diminuição da síntese de gordura hepática, aumento da beta-oxidação dos ácidos graxos e diminuição fibrinogênese (mecanismo que faz evoluir para cirrose). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta do mediterrâneo e cognição

Transtornos cognitivos são uma das questões que mais assombram indivíduos idosos! Pensando nessa preocupação, recentes estudos tem investigado o papel de uma dieta estilo mediterrâneo no risco de desenvolver esses problemas, como prejuízo cognitivo leve e até doença de Alzheimer. A dieta do mediterrâneo caracteriza-se por um alto consumo de frutas, hortaliças, leguminosas, cereais e ácidos graxos insaturados; baixo consumo de carne e ácidos graxos saturados; consumo baixo ou moderado de produtos lácteos; consumo moderado a alto de peixe; e um consumo regular mas moderado de álcool. Nessa meta-análise publicada em 2017, envolvendo 9 estudos com 34.168 participantes, os indivíduos foram separados em 3 categorias: os que tinham alta aderência à dieta do mediterrâneo, os que seguiam “mais ou menos” esse tipo de dieta e os que seguiam muito pouco esse estilo. Após análise estatística, foi demonstrado que os indivíduos que tinham alta aderência à dieta do mediterrâneo tinham menos risco de transtornos cognitivos, principalmente prejuízo cognitivo leve e doença de Alzheimer quando comparado com os indivíduos que seguiam pouco a dieta do mediterrâneo. Já os indivíduos que seguiam “mais ou menos” a dieta do mediterrâneo tiveram o mesmo risco de problemas cognitivos do que os indivíduos com baixa aderência à dieta do mediterrâneo. Ou seja, ter uma dieta mais estilo mediterrâneo em um dia e no outro não, não irá adiantar. Você precisa mudar seu estilo de alimentação e isso se tornar um hábito de vida! É bom lembrar que a melhor opção para orientá-lo melhor é procurar um nutricionista!