Dieta e DCV

Plant-based diet ou dieta baseada em plantas são dietas à base de vegetais, caracterizadas por um maior consumo de alimentos vegetais e um menor consumo de alimentos de origem animal. As dietas vegetarianas e veganas são as mais restritivas, mas as dietas baseadas em plantas podem incluir o consumo de alimentos de origem animal, porém, devem ser predominantemente a base de alimentos de origem vegetal. Esse tipo de dieta está sendo estudado para vários benefícios à saúde, incluindo para a saúde cardiovascular. Nessa meta-análise publicada agora em 2021 os autores avaliaram se dietas baseadas em plantas diminui ou não o risco para doença cardiovascular (DCV), doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC). Após incluir 10 estudos nas análises, os autores concluíram que dieta baseada em plantas diminui o risco de DCV e doença coronariana. Porém, não foi observado resultado para AVC. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta plant-based e mortalidade

O número de evidências científicas sobre os benefícios de dietas “plant-based”, ou dieta baseada em plantas vem crescendo. Essas dietas são ricas em alimentos de origem vegetal, em especial frutas e verduras. Por outro lado, possuem poucos ou nenhum (dependendo da dieta) alimento de origem animal. Entretanto, também sabemos que temos vários produtos que são veganos, mas que não são saudáveis, em especial os industrializados com muito açúcar e gordura. Por isso, esse estudo de coorte, analisando dados de mais de 36 mil adultos investigou o efeito de ter uma alimentação saudável e o efeito de consumir mais alimentos de origem vegetal saudáveis no risco de morrer. Após análises estatísticas, foi observado que as pessoas que tinham uma melhor qualidade da dieta tinham menos risco de mortalidade por todas as causas. Além disso, as pessoas que consumiam mais alimentos de origem vegetal saudáveis, também tinham esse risco diminuído. Por outro lado, nenhuma relação foi observada com o consumo de alimentos de origem animal e mortalidade. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta plant-based e dislipidemias

Dislipidemias (alteração nos lipídeos séricos) é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Por outro lado, fatores nutricionais podem influenciar nessas dislipidemias. Vários estudos recentes investigam o papel de dietas “plant-based” (vegana, vegetariana, entre outras) em várias doenças. Entretanto, alguns estudos são controversos. Por esse motivo, os estudos mais recentes, além de se avaliar a aderência a uma dieta plant-based, se avalia se ela é saudável ou não saudável. Isso porque a pessoa pode ter uma dieta plant-based com muitas frutas e verduras (tornando mais saudável) ou pode ter uma dieta plant-based a base de industrializados (tornando não saudável). E foi isso que esse estudo de 2021 avaliou. Esse estudo comparou dieta plant-based saudável e não saudável e o risco de ter dislipidemias. Após avaliar mais de 4500 adultos acompanhamento por 14 anos foi observado que as pessoas que tinham uma dieta plant-based saudável tinham menos risco de desenvolver qualquer desordem no metabolismo lipídico. Por outro lado, as pessoas que tinha uma dieta plant-based não saudável, tinha mais risco de dislipidemia. Ou seja, ter dieta plant-based não significa que será sempre bom, vai depender das escolhas alimentares. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Cálculo renal e dieta

A nefrolitíase, também conhecida como cálculo renal ou pedra nos rins é uma condição bem comum na população. O tipo de “pedra” mais comum é de oxalato de cálcio. Esse problema é influenciado por múltiplos fatores ambientais, incluindo a alimentação. E é justamente sobre isso que essa revisão aborda. Como principais estratégias para diminuir o risco de cálculo renal, os autores colocam: diminuir consumo de carnes vermelhas, de alimentos ricos em cálcio (em especial leite e derivados) e de alimentos ricos em sódio (em especial os industrializados). Por outro lado, é importante aumentar o consumo de água, frutas e verduras. Além disso, os autores colocam que uma dieta vegetariana é o tipo de alimentação que mais está associada com menor risco de cálculo renal. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Dieta vegetariana e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. As articulações das mãos, pulsos e joelhos são as mais afetadas. Doenças infecciosas, cigarro e alteração na microbiota intestinal são alguns dos fatores associados com a progressão dessa doença. Além disso, mudanças alimentares podem influenciar na artrite reumatoide. Nessa revisão de 2019 os autores discutem sobre o papel de uma dieta mais baseada em plantas e com menos produtos de origem animal para artrite reumatoide. Embora ainda sejam necessários mais estudos para termos uma real certeza do efeito de uma dieta vegetariana para artrite reumatoide, já existem alguns dados sugerindo que excesso de carnes vermelhas, leite e derivados podem exacerbar os sintomas da artrite reumatoide por conta do efeito inflamatório desses alimentos. Por outro lado, dieta baseada em plantas (frutas, verduras) vão ter vários fitoquímicos e fibras, que vão ajudar a diminuir a inflamação e a modular a microbiota intestinal. Assim, diminuir produtos de origem animal e aumentar produtos de origem vegetal parece ser uma estratégia interessante para auxiliar no tratamento da artrite reumatoide. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta vegetariana e tecido adiposo

A inflamação e a obesidade são duas questões muito ligadas. Pensando em alimentação, alguns hábitos alimentares podem aumentar ou diminuir a inflamação. Nesse estudo publicado de 2019, os autores compararam obesos onívoros com obesos vegetarianos e viram se eles tinham diferenças em marcados de inflamação do tecido adiposo. Após análises, foi visto que os vegetarianos tinham menos marcadores inflamatórios associados ao tecido adiposo, o que poderia trazer benefícios. Além disso, eles ingeriam 42% menos de gordura saturada na dieta (que pode ser a justificativa da diminuição da inflamação). Porém, vale destacar dois pontos: o primeiro é que o estudo tem um “n” pequeno, e estudos maiores precisam ser realizados; segundo, tanto um vegetariano quanto um onívoro podem ter dietas boas ou ruins. Então, antes de qualquer coisa, procure um nutricionista para ajustar melhor sua alimentação.

Dieta vegetariana e depressão

O número de pessoas vegetarianas vem aumentando. Porém, alguns pacientes vegetarianos possuem deficiências nutricionais e isso pode estar associado com o risco de desenvolver sintomas depressivos. Nesse estudo avaliando quase 10 mil pessoas demonstrou que os homens vegetarianos tinham mais risco de ter sintomas depressivos. Segundo os autores, isso pode ocorrer pelo fato desses pacientes terem mais risco de deficiência de vitamina B12, ferro e ômega-3, que são três nutrientes importantes para modular o humor. Dessa forma, ajustes alimentares são importantes para que a dieta de um vegetariano não seja deficiente nesses nutrientes. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Obesidade e dieta

Nem só de restrição dietética vive a perda de peso. A qualidade da alimentação também parece influenciar na diminuição da obesidade. Esse estudo publicado em 2017 avaliou o efeito de dieta baseada em plantas (vegetariana ou vegana) na perda de peso. Após uma revisão da literatura, os autores colocam que uma dieta baseada em plantas pode ajudar na prevenção de sobrepeso e obesidade, bem como na perda de peso. Entretanto, ainda são necessários mais estudos!! Vale destacar que não existe fórmula mágica para a perda de peso e que várias estratégias podem ser interessantes. Por isso, procure um nutricionista para analisar seu caso individualmente e avaliar qual a melhor estratégia para você!

Dieta vegetariana

Alguns indiví­duos optam por uma dieta vegetariana ou vegana. As razões para adotar esse tipo de dieta variam de motivações éticas, crenças religiosas, questões ambientais e culturais, a aspectos relacionados à saúde. Mas será que esse estilo de dieta traz benefícios à saúde? Essa meta-análise publicada em 2017 investigou justamente isso! Um total de 108 artigos entraram nas análises, totalizando 56.461 vegetarianos e 8.421 veganos, que foram comparados com 184.167 oní­voros. Após as análises, observou-se que dietas vegetarianas ou veganas foram associadas à  uma diminuição do IMC, colesterol total, LDL-c, triglicerídeo, glicemia em jejum. Porém, dieta vegetariana também reduziu o HDL-c, enquanto que a dieta vegana não. Em outra análise (com 66.018 vegetarianos), foi avaliado a incidência e mortalidade por algumas doenças. De forma interessante, a dieta vegetariana diminuiu a incidência e a mortalidade para doença cardíaca isquêmica e a incidência de câncer. Porém, não influenciou em doenças cardiovasculares, na mortalidade por todas as causas e nem da mortalidade por câncer. Ou seja, em alguns aspectos a dieta vegetariana pode trazer benefícios. Porém, vale destacar que alguns cuidados são importantes, para evitar algumas deficiências nutricionais. Por isso, se você é um dos adeptos desse tipo de dieta, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.