Disruptores endócrinos, vitamina D e sono: existe relação?

Luana Manosso (6)

Ter uma boa qualidade de sono é essencial para a saúde. E diversos fatores podem impactar na qualidade do sono.

Hoje, compartilho com vocês um estudo que demostrou uma associação entre exposição aos disruptores endócrinos (em especial mono-etil-ftalato, triclosan e mono-benzil-ftalato) e duração mais curta do sono.

E olhem que interessante, nas pessoas que também tinham deficiência de vitamina D, o impacto negativo dos disruptores endócrinos no sono era pior.

Ou seja, além de reduzir disruptores endócrinos, ajustar valores de vitamina D no sangue também parece ser importante para ter uma boa qualidade do sono.

Disruptores Endócrinos e o câncer de mama

🎀Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero. 🎀

👉Além de fazer exames de rotina, manter uma alimentação saudável é bem importante quando falamos em prevenção de câncer.
Mas hoje quero trazer para vocês uma revisão sistemática que fala sobre um ponto que dever ser evitado, que são os disruptores endócrinos. Após incluir 131 artigos sobre o assunto, os autores concluem que a exposição à disruptores endócrinos pode aumentar o risco de câncer de mama.

👉Ou seja, diminuir ao máximo à exposição à disruptores endócrino pode ser um dos pontos quando pensamos em prevenção de câncer de mama. Se você não sabe onde estão os disruptores endócrino, já fiz post no meu instagram.

📚Referência: Wan, M.P.Y.; Co, V.A.; El-Nezami, H. Crit Rev Food Sci Nutr., 62(24):6549-6576, 2022. Doi: 10.1080/10408398.2021.1903382.

Como diminuir a exposição a disruptores endócrinos?

Nos últimos dois post estamos falando da importância de diminuir a exposição aos disruptores endócrinos. 🥰

✅Algumas dicas simples para diminuir a exposição aos disruptores endócrinos são: 👇🏻•Preferir alimentos orgânicos livres de agrotóxicos;
•Diminuir a ingesta de alimentos
processados;
•Evitar o consumo de vísceras e fígado;
•Trocar os potes de plástico por potes de vidro e, se não for possível fazer isso com todos os potes, pelo menos não aquecer potes de plástico em micro-ondas ou colocar comida quente dentro desses potes;
•Evitar o consumo de bebidas quentes em recipientes de plásticos;
•Evite tocar nas notas de caixas ou de máquinas de cartão de crédito impressas em papel térmico;
•Ao utilizar cremes, desodorantes, protetores solares e outros produtos de higiene pessoal dê preferência aos sem parabenos;
•Escolha produtos de higiene pessoal ou de limpeza que sejam sem fragrância. 💚

Disruptor endócrino, onde estão presentes?

👉🏻Como comentado no post anterior, os disruptores endócrinos são definidos como produtos químicos exógenos, ou misturas de produtos químicos, que interferem com qualquer aspecto da ação hormonal.

👉🏻Ou seja, quanto menor a exposição aos disruptores endócrinos, melhor. A exposição a esses produtos pode ocorrer em casa, no trabalho, no ar que respiramos, nos alimentos que comemos e na água que bebemos.

👉🏻Alguns exemplos comuns de disruptores endócrino endócrinos são DDT e outros pesticidas/agrotóxicos, bisfenol A (BPA), ftalatos, parabenos e metais pesados. Vale destacar que disruptores como BPA, ftalatos são encontrados em muito lugares, em especial em embalagens e recipientes plásticos, produtos de higiene pessoal.

👉🏻Ou seja, não vamos conseguir viver sem contato nenhum com esses disruptores. Porém, é muito importante tentar diminuir a exposição a essas substâncias.

✅Fique ligado que no próximo post vou dar dicas práticas para essa diminuição. 💚

Exposição a disruptores endócrinos e piora da TPM

Os disruptores endócrinos são definidos como produtos químicos exógenos, ou misturas de produtos químicos, que interferem com qualquer aspecto da ação hormonal. Ou seja, disruptores endócrinos podem alterar o funcionamento de hormônios, piorando vários aspectos da saúde. 😷👎🏻

📚Um estudo publicado agora em 2022 evidenciou que disruptores endócrinos podem estar associados com a gravidade dos sintomas de TPM. Após analisar dados de mais de 500 universitárias, o artigo mostrou que as mulheres que conseguiam reduzir a exposição de disruptores endócrinos tinham uma menor gravidade de sintomas de TPM.

Não sabe onde encontramos disruptores endócrinos? 🤔Fiquei ligado que no próximo post vou falar sobre isso. ‼️

✔️Referência do artigo: Park, J.; et al. Int J Womens Health., 14:167-177, 2022. doi: 10.2147/IJWH.S349172.

Bisfenol e fertilidade

A exposição a contaminantes ambientais é uma das causas de infertilidade. Dentre esses contaminantes, um dos mais estudados é o bisfenol A, muito encontrado em plásticos, incluindo em embalagem de alimentos. Nessa revisão de 2019 os autores expõem as principais evidências que demonstram o impacto negativo do bisfenol A na fertilidade masculina. De forma resumida, o bisfenol A tem ação estrogênica e antiandrogênica, sendo capaz de alterar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e alterar vias epigenéticas, o que culminam em várias consequências ao sistema reprodutor. Vários estudos em humanos demonstram que homens com maior bisfenol A (seminal, urinário e/ou plasmático) têm alterações em hormônios sexuais e uma piora na qualidade do espermograma, podendo diminuir número e concentração de espermatozoide, diminuir a motilidade e a vitalidade dos espermatozoides. Ou seja, quanto menos exposição à disruptores endócrinos, melhor! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Autismo e disruptor endócrino

Algumas evidências sugerem que a exposição aos poluentes ambientais pode estar associada aos distúrbios do neurodesenvolvimento, como o transtorno de espectro autista (TEA). Dentre esses poluentes ambientais, destacam-se os disruptores endócrinos, que estão presentes em produtos de limpeza, embalagens plásticas (inclusive de alimentos), alimentos com pesticidas/agrotóxicos, etc. Esses disruptores endócrinos podem alterar eixos endócrinos hormonais e isso pode estar associado com vários problemas de saúde. Nesse estudo, os autores avaliaram se esses disruptores endócrinos passam pela placenta da grávida, chegando ao bebê e se isso está associado com o risco de TEA. Após análises, foi observado a presença de metais pesados e alguns disruptores endócrinos no fluido amniótico, demonstrando que eles podem atravessar a placenta e chegar no bebê. Além disso, foi visto que ter menos disruptor endócrino estava associado com menor risco de TEA. Vale destacar que a suscetibilidade genética pode influenciar nas respostas aos tóxicos ambientais e contribuir para aumentar as vulnerabilidades da doença. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!