Noz pecan e DCV

O consumo gorduras “boas”, com os ácidos graxos monoinsaturados, é super interessante para a saúde. Um alimento rico nessa gordura é a noz pecan. Esse estudo publicado em 2018 avaliou o efeito de uma dieta rica em noz pecan em marcadores associados ao risco de doenças cardiovasculares (DCV). Para isso, os autores dividiram os indivíduos em duas dietas, com quantidade iguais de calorias, gordura e fibras por 4 semanas. A diferença entre os grupo foi que um ingeriu noz pecan (em torno de 42 g/dia) e outro não. Após 4 semanas, a dieta rica em noz pecan melhorou a insulina, a resistência à insulina, o funcionamento das células beta-pancreáticas e marcadores relacionados com risco de DCV. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitaminas e artéria

A rigidez arterial está associada com doenças cardiovasculares e morte. Pensando em prevenção, os autores desse estudo investigaram as principais vitaminas que podem ajudar a prevenir essas alterações nos vasos sanguíneos. As vitaminas protetoras que foram discutidas nesse trabalho foram: vitaminas A, B12, D, C, E e K. Dentre os mecanismos, destacam-se: melhora da função e endotelial (vitaminas A, D, C e E), efeitos metabólicos (A, B12, D, C, e K), inibição do sistema renina angiotensina aldosterona (vitamina D), efeito anti-inflamatório (vitaminas A, D, E e K), efeito antioxidante (vitaminas A, C e E), diminuição da homocisteina (vitamina B12) e reversão da calcificação das artérias (vitamina K). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Frutas e verduras

O consumo de frutas e verduras trazem inúmeros benefícios à saúde. Mas mesmo assim, muitas pessoas ainda não tem o hábito do consumo. Mas vamos continuar tentando convencê-los a melhorar a alimentação! Nessa meta-análise, após analisar 95 estudos, foi observada uma associação entre o consumo de frutas e verdura e a diminuição no risco de câncer, doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas. Para isso, a quantidade mínima de ingestão tem que ser de 200 mg/dia de frutas e verduras! Caso você tenha dúvidas, procure um Nutricionista.

Adoçantes e DCV

O uso de adoçantes não nutritivos (ex: aspartame, sucralose, etc) é muito comum, principalmente em indivíduos mais obesos. Mas será que o uso desse adoçante vale mesmo a pena? Nessa revisão sistemática e meta-análise os autores mostraram que o uso crônico de adoçantes não nutritivos pode aumentar o risco cardiometabólico e aumentar o ganho de peso! Porém, os autores destacam que mais estudos avaliando o uso a longo prazo são necessários. Mas vale a pena discutir sobre o uso desses adoçantes. Procure seu nutricionista e discuta sobre isso com ele! Um bom profissional saberá lhe orientar!

Dieta vegetariana

Alguns indiví­duos optam por uma dieta vegetariana ou vegana. As razões para adotar esse tipo de dieta variam de motivações éticas, crenças religiosas, questões ambientais e culturais, a aspectos relacionados à saúde. Mas será que esse estilo de dieta traz benefícios à saúde? Essa meta-análise publicada em 2017 investigou justamente isso! Um total de 108 artigos entraram nas análises, totalizando 56.461 vegetarianos e 8.421 veganos, que foram comparados com 184.167 oní­voros. Após as análises, observou-se que dietas vegetarianas ou veganas foram associadas à  uma diminuição do IMC, colesterol total, LDL-c, triglicerídeo, glicemia em jejum. Porém, dieta vegetariana também reduziu o HDL-c, enquanto que a dieta vegana não. Em outra análise (com 66.018 vegetarianos), foi avaliado a incidência e mortalidade por algumas doenças. De forma interessante, a dieta vegetariana diminuiu a incidência e a mortalidade para doença cardíaca isquêmica e a incidência de câncer. Porém, não influenciou em doenças cardiovasculares, na mortalidade por todas as causas e nem da mortalidade por câncer. Ou seja, em alguns aspectos a dieta vegetariana pode trazer benefícios. Porém, vale destacar que alguns cuidados são importantes, para evitar algumas deficiências nutricionais. Por isso, se você é um dos adeptos desse tipo de dieta, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Dieta do metiderrâneo e diabetes

O estilo da dieta influencia em vários fatores de risco cardiometabólicos, incluindo o peso corporal, a pressão arterial, os níveis de colesterol sanguíneo, a homeostasia de glicose-insulina, estresse oxidativo, inflamação e saúde endotelial. A Associação Americana de Diabetes e a Associação Americana do Coração recomendam uma dieta mediterrânea (rica em frutas, verduras, azeite de oliva extra-virgem, com consumo moderado de peixes, vinho e baixo consumo de carnes vermelhas e processadas) para melhorar o controle glicêmico e os fatores de risco cardiovascular no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Nessa revisão de 2017, os autores colocam que uma dieta do mediterrâneo reduz de 20-23% o risco de DM2 e de 28-30% o risco de eventos cardiovasculares. Os mecanismos pelos quais a dieta mediterrânea produz seus benefícios cardiometabólicos na DM2 são, na maioria, anti-inflamatórios e antioxidantes: o aumento do consumo de alimentos de alta qualidade pode reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias, enquanto aumenta as citocinas anti-inflamatórias. Essa melhora da inflamação pode melhorar a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos e a função endotelial ao nível vascular e, finalmente, atuar como barreira à síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e desenvolvimento de aterosclerose. Procure um Nutricionista para orientá-lo na melhora da sua alimentação!

Antocianina e doença cardiovascular

As frutas roxas/vermelhas/azuladas são ricas em antocianinas, que é um tipo de flavonoide que possui ação antioxidante e anti-inflamatória. Estudos populacionais sugerem que o consumo dessas frutas pode estar associado à um menor risco de doenças cardiovasculares. E é justamente isso que essa revisão publicada em 2017 discute. O autor desse artigo coloca inúmeros trabalhos em células, animais e humanos que investigam sobre essa relação entre alimentos ricos em antocianinas e doença cardiovascular. Embora existam várias evidências para o benefício desses alimentos, ainda existe a necessidade de estudos mais controlados de longo prazo para se ter uma clareza melhor. Entretanto, o autor conclui que a adição de frutas ricas em antocianinas no dia-a-dia pode trazer um impacto benéfico à saúde e que pequenas mudanças alimentares já podem influenciar no risco de ter ou não alguma doença cardiovascular! Nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Benefícios do açaí

O açaí (Euterpe oleracea Martius) é uma fruta nativa do Brasil que tem alta quantidade de ácidos graxos monoinsaturados. Vários estudos em animais e células tem demonstrado vários efeitos benéfico do açaí à saúde. Mas esse estudo foi além, avaliando o consumo de açaí em humanos e seu papel nos lipídeos plasmáticos e status antioxidante. 40 mulheres saudáveis (com média de idade de 24 anos) receberam 200 mL de polpa de açaí por dia, por 4 semanas. Após o término, não observou-se diferenças nos parâmetros antropométricos, na pressão arterial sistêmica, na glicemia, insulina, LDL-c, HDL-c, triglicerídeo e apolipoproteína B. Porém, o consumo de açaí aumentou a apolipoproteína A-I (que tem ação benéfica) e a transferência de ésteres de colesterol para a HDL. Em relação ao status antioxidante, o açaí diminuiu espécies reativas de oxigênio, a LDL oxidada (que traz efeitos maléficos quando está em grandes quantidades) e malondialdeído (um marcador de peroxidação lipídica). Além disso, o açaí aumentou a enzima paroxonase 1 (uma enzima antioxidante) e a capacidade antioxidante total. Dessa forma, os autores concluem que o consumo de açaí pode ser interessante pensando em diminuição de risco de aterosclerose. Vale lembrar que a forma do consumo do açaí também é importante, já que muitos produtos prontos a base de açaí possuem outros ingredientes que não são interessantes! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Nitrato e DCV

A ingestão de vegetais riscos em nitratos (ex: aipo, agrião, beterraba, espinafre, alface, etc) é associada com melhora da função endotelial em humanos, e consequente ajuste na pressão arterial. Mas será que esse tipo de modulação pode interferir no risco de mortalidade associada à aterosclerose? E qual a quantidade de ingestão diária necessária para gerar esse benefício para a saúde humana? Foi a partir desses questionamentos que os autores dessa publicação de maio de 2017 acompanharam, durante 15 anos, 1226 mulheres com idade entre 70-85 anos sem aterosclerose e/ou diabetes, e avaliaram a ingestão de nitrato proveniente dos vegetais. A média de ingestão de nitrato diária foi de 67 mg/dia. Após análise estatística, foi evidenciado que a ingestão diária de nitrato foi inversamente proporcional a mortalidade associada à aterosclerose, ou seja, quanto maior o consumo de nitrato vindo de vegetais, menor o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. Esses resultados comprovam o conceito de que a inclusão de vegetais fontes de nitrato em um plano alimentar equilibrado pode ajudar a reduzir o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares associadas à aterosclerose. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ovo e colesterol

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, e uma das principais metas de tratamento para a redução do risco de desenvolvimento dessas doenças é a redução de colesterol. Para atingir essa meta alguns alimentos são foco de redução de consumo, e o ovo sempre sofreu “bullying” nesse contexto, por conter 140-230 mg de colesterol/ovo. Na tentativa de esclarecer melhor essa relação, os autores dessa revisão publicada em 2017 buscaram referências sobre o assunto, e concluíram que o consumo de até 6 ovos por semana não aumenta o risco de infarto, e outras várias publicações não observam nenhum risco cardiovascular associado ao consumo de ovo, sem determinar ingestão máxima semanal. O detalhe importante está na observação da presença dos polimorfismos dos genes ABCG5 e ABCG8, que indica uma “hiper-resposta” ao consumo de colesterol, e nesses casos o consumo de ovo de fato deve ser reduzido, pois interfere diretamente nos níveis de LDL. Ou seja, em alguns indivíduos o consumo exagerado de ovo pode sim trazer malefício. Mas, na maioria das pessoas, o ovo (que também tem inúmeros nutrientes importantes para a saúde) pode sim ser consumido na dieta. Por isso, mais do que do que nunca, lembre-se da individualidade bioquímica de cada paciente, e procure um bom nutricionista!!!