Curcumina e função endotelial

O comprometimento na função endotelial pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, incluindo aterosclerose, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, lesão por isquemia-reperfusão, doença de Alzheimer, entre outras condições. Dessa forma, manter a função endotelial adequada, é de extrema importância. Um dos alimentos que pode auxiliar na função endotelial é o açafrão da terra (Curcuma longa). E isso se dá devido ao seu principal constituinte: CURCUMINA. Nessa publicação de 2017 foi realizada uma revisão sobre esse assunto e os autores dispõe que os principais mecanismos de ação da curcumina na melhora da função endotelial são: diminuição da inflamação e do estresse oxidativo e diminuição de moléculas de adesão intracelular e vascular. Para saber qual a melhor forma de incluir o açafrão da terra na sua dieta, procure um nutricionista!

Gengibre e doenças crônicas

As especiarias são uma importante fonte de sabor para as preparações culinárias, e, além disso, fornecem fitoquímicos, que são substâncias associadas com efeitos benéficos à saúde! O gengibre (Zingiber officinale) é uma das especiarias mais utilizadas no mundo, e por conter uma grande quantidade de compostos bioativos, como o gingerol, exerce várias funções no organismo humano, inclusive participando da prevenção de doenças longo prazo. Foi fundamentado nessa afirmação que os autores dessa publicação, de abril de 2017 avaliaram a prevalência de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, dislipidemia, esteatose hepática, etc…) e o consumo diário de gengibre. Os autores observaram 4628 pessoas, e concluíram que a ingestão diária de gengibre (2-6 g/dia) foi associada com a redução de risco de hipertensão e doença coronariana, levando os pesquisadores a concluir que o gengibre poderia ser um fator preventivo para essas doenças. Vale destacar que já existem outros estudos mostrando que o gengibre pode ser interessante para ajudar no tratamento ou prevenção de outras doenças. Aqui no Nutrir com Ciência já falamos do efeito do gengibre em outras situações, como na redução de cólica menstrual, você lembra?! É importante ressaltar que o efeito do gengibre também depende da forma que você utilizará esse alimento. Antes de tornar essa informação um senso comum, e para saber qual a melhor forma de consumir, bem como a quantidade ideal para você, consulte o seu nutricionista!

Chá verde e dislipidemia

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As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo, e a dislipidemia (aumento de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue) é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças, presente principalmente em mulheres na pós-menopausa. Sabe-se que algumas modificações no estilo de vida têm capacidade de modular os níveis de colesterol, incluindo prática de atividade física e mudanças alimentares. O chá verde é um dos fatores dietéticos que tem sido associado com a redução dos níveis de colesterol. Sabendo disso, este estudo publicado em Dezembro/2016 suplementou extrato de chá verde (Camellia sinensis), contendo 1315 mg de catequina em 936 mulheres na pós-menopausa durante 12 meses. Após o tratamento os autores observaram uma redução das concentrações plasmáticas de colesterol total, de LDL colesterol e de colesterol não-HDL, em especial nas participantes que já iniciaram o tratamento com o perfil lipídico alterado. Entretanto, em mulheres obesas, o extrato de chá verde aumentou os triglicerídeos. Para saber se o chá verde será um bom alimento para você e a melhor maneira de incluí-lo no seu dia-a-dia, procure o seu nutricionista!

Suco de cereja e pressão arterial

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A hipertensão arterial é comum entre os Brasileiros. Mas você sabia que suco de cereja rico em antocianinas pode ajudar a diminuir a pressão arterial? Nesse estudo piloto publicado agora em 2016 com 6 indivíduos adultos e 7 indivíduos idosos foi dado 300 mL de suco de cereja em uma única dose ou dividido em 3 vezes de 100 mL (0, 1 e 2h). A pressão arterial foi aferida no tempo 0, 2 e 6 horas após a ingestão do suco. De forma interessante, foi demonstrado que 300 mL de suco de cereja (dado em uma única dose) diminuiu a pressão arterial sistólica, a pressão diastólica e a frequência cardíaca 2 horas após a ingestão do suco (tanto em jovens quanto em idosos), retornando as valores normais 6 horas após. Por outro lado, dar 300 mL do suco de cereja dividido em 3 doses não demonstrou efeito significativo na pressão arterial. Além disso, após análise sanguínea, foi observado aumento de seis ácidos fenólicos, que são os possíveis responsáveis pela melhora da pressão arterial proporcionada pelo suco de cereja. Em jovens, o composto que mais aumentou foi o ácido cafeico. Já em idosos, o maior aumento foi o ácido cumárico. Vale destacar que foi um estudo pequeno, logo, mais estudos são necessários para melhor esclarecer esses efeitos do suco de cereja. Mas de qualquer forma, a cereja é uma ótima opção de fruta para inserir na dieta! Aproveite que estamos na época dessa fruta!! Na dúvida, consulte seu nutricionista!

Avocado e doença cardiovascular

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As doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte no mundo!! Como estratégia de prevenção primária para essas doenças, destaca-se a adesão de hábitos alimentares saudáveis. Na última Diretriz sobre mudança do estilo de vida para redução de risco cardiovascular, a American Heart Association sugere uma restrição de 5-6% das calorias provenientes de ácidos graxos saturados. Além disso, recomenda-se a introdução de alimentos fonte de ácidos graxos monoinsaturados, como o avocado. Sabendo disso, este estudo ofertou 136 g de avocado (±13 g de ácido oléico) para pacientes com sobrepeso ou obesidade e observou maior efetividade, quando comparado com a simples restrição de gordura da dieta, em reduzir o número de partículas pequenas e densas de LDL (que são as partículas mais aterogênicas, aumentando o risco de DCVs). Ou seja, existem sim gorduras boas e que devem ser consumidas! Procure o seu nutricionista para uma orientação correta para mudanças de hábitos alimentares, e não somente siga o que é senso comum!

Azeite de oliva vs manteiga

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O controle da glicemia (glicose/açúcar no sangue) é de extrema importância para a saúde. O aumento da glicemia aumenta o risco de diabetes, de doenças cardiovasculares, entre outras doenças. O aumento da glicemia ocorre, principalmente, pelo consumo de alimentos com carboidratos. Mas estratégias nutricionais podem ajudar a controlar o aumento da glicose induzido pelo carboidrato. Uma dessas estratégias é a utilização de gorduras junto com a refeição. Entretanto, esses dois artigos publicados nesse ano mostraram que o tipo de gordura influencia no controle da glicemia. O primeiro estudo, publicado por Bozzetto e colaboradores, mostrou que quando pacientes com diabetes mellitus tipo 1 consumiam uma refeição com alto índice glicêmico (que aumenta bastante a glicemia) associada com 37 g de azeite de oliva extra virgem, o aumento da glicemia nos primeiros 180 minutos foi menor do que nos pacientes que consumiam a refeição com 43 g de manteiga. Ou seja, o azeite de oliva extra virgem controlou melhor a glicemia do que a manteiga. Mas por que será que isso acontece? No segundo estudo, publicado por Carnevale e colaboradores, foi demonstrado que, em pacientes com glicemia em jejum alterada, a adição de 10 g de azeite de oliva extra virgem junto com a refeição conseguiu diminuir em 20% a glicemia. Além disso, o azeite de oliva extra virgem conseguiu aumentar os níveis de GLP-1, que é uma incretina importante para o controle da glicemia, além de diminuir o apetite e ter efeitos cardioprotetores. Ou seja, adicionar azeite de oliva extra virgem nas principais refeições pode ser uma estratégia interessante para o controle glicêmico e aumento de GLP-1. Vale lembrar que o excesso nunca é interessante. Dessa forma, procure um nutricionista para saber qual a quantidade de azeite ideal para você e como fazer para escolher um bom azeite de oliva.

Suco de beterraba e doença cardiovascular

O aumento de colesterol e da pressão arterial são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Mas você sabia que estratégias alimentares podem ajudar a diminuir esse risco? Esse estudo publicado em uma revista associada à Nature (uma das mais conceituadas revistas do mundo científico) avaliou o consumo de 250 mL de suco de beterraba crua ou cozida por 2 semanas. Tanto o suco de beterraba crua quanto o suco de beterraba cozida melhorou a dilatação mediada pelo fluxo (FMD), diminuiu a pressão arterial sistólica e diastólica (SBP e DBP), diminuiu moléculas de adesão (ICAM e VCAM), diminuiu marcadores de inflamação (PCR, IL-6, e-selectina e TNF-α). Entretanto, o suco de beterraba crua também diminuiu o colesterol total (TC) e LDL e aumentou a capacidade antioxidante total (TAC). Ou seja, o suco de beterraba crua foi mais eficiente em melhorar a pressão arterial, a inflamação e a função endotelial, podendo diminuir o risco de doença cardiovascular.

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