Intestino e doenças neurodegenerativas

Não é novidade aqui no Nutrir com Ciência o papel da microbiota em vários outros órgãos do corpo. E, cada vez mais, estuda-se a relação do intestino em doenças neurológicas. Nessa revisão publicada esse ano os autores abordam 3 principais mecanismos básicos que medeiam a comunicação entre intestino e cérebro:

1)      Comunicação neuronal direta

2)      Mediadores endócrinos

3)      Sistema imunológico

Os autores colocam que esses 3 pontos criam uma rede de comunicação molecular que pode influenciar no desenvolvimento da doença de Alzheimer, doença de Parkinson e da Esclerose Lateral Amiotrófica. Dessa forma, os autores concluem que o uso de probióticos pode auxiliar na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas. Procure seu Nutricionista para personalizar sua dieta em prol de melhorar o intestino e avaliar a necessidade de suplementação de probióticos!

Café e Depressão

Um dos nossos primeiros posts aqui no Nutrir com Ciência foi sobre o risco do café para mulheres grávidas ou querendo engravidar. Entretanto, o café também tem seus benefícios! Você sabia que ele pode ajudar a diminuir o risco de depressão? Nesse estudo de 2016 foi evidenciado que o consumo de 400 mL/dia de café foi a dose ideia para ter esse efeito! Vale destacar que nem todos os indivíduos se beneficiam com o uso do café, por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Microbiota e Cérebro

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A microbiota intestinal é composta por microorganismos suficientes para representar 10x mais o número de células presentes no corpo humano, e um genoma 150x maior que o genoma humano! E esta microbiota é relacionada com a modulação da saúde humana, participando principalmente na manutenção de alterações relacionadas à Síndrome Metabólica, e recentemente aceita como um potencial modulador do comportamento humano. Nesta publicação de 2016, os autores esclareceram esta relação a partir da capacidade de modulação do eixo HPA (Hipotálamo-hipófise-adrenal) e de neurotransmissores (como adrenalina, serotonina e GABA), além da modulação da expressão gênica de proteínas que modificam padrões comportamentais (BDNF, receptores NMDA e receptores de serotonina). Sabendo disso, torna-se essencial a manutenção de uma microbiota saudável, sendo que, conforme os resultados dessa publicação, existe relação direta e indireta com a modulação de distúrbios como depressão, ansiedade e transtorno de personalidade! Vale destacar que outros mecanismos sobre como o intestino e o cérebro se correlacionam também tem sido estudados. Ressalta-se que, como já mencionado aqui no Nutrir com Ciência, a dieta pode influenciar na microbiota intestinal. Procure um nutricionista para melhor lhe orientar.

Alimentação e cognição

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Que a alimentação é muito importante para a saúde todo mundo sabe. Mas você acredita que um consumo excessivo de gorduras e açúcares pode piorar a cognição, a depressão, a ansiedade, entre outras doenças neurológicas? Essa revisão publicada em outubro desse ano discute justamente isso. Após análise de vários estudos, os autores propõe que um excesso de gordura e/ou açúcares pode influenciar no cérebro via dois mecanismos principais:

1.      O excesso de gordura e açúcar pode influenciar na microbiota intestinal, diminuindo a diversidade dos microorganismos, diminuindo as Bifidobacterias e Bacteroidetes (que normalmente são benéficas ao nosso corpo) e aumentando os Firmicutes (que normalmente trazem malefícios ao nosso corpo). Essa alteração intestinal, por sua vez, aumenta a inflamação, estimula o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal, piorando uma doenças/transtornos neurológicos como a depressão, ansiedade, esquizofrenia, autismo, além de piorar a cognição e memória.

2.      O excesso de gordura e açúcar também pode influenciar diretamente o cérebro por aumentar inflamação e estresse oxidativo, diminuir neurotrofinas como o BDNF (fator neurotrófico derivado do encéfalo), diminuir a formação de novos neurônios (neurogênese) e influenciar na comunicação entre os neurônios.

Vale destacar que essas alterações cerebrais dependem também de outros fatores. Porém, ter uma alimentação adequada e uma microbiota intestinal benéfica auxiliam no tratamento de várias doenças envolvendo o cérebro! Procure um nutricionista para melhor lhe orientar!