Gengibre e dor

A alimentação pode ser sua aliada ou sua inimiga quando falamos em dor. Quando a alimentação tem um caráter mais inflamatório, ela pode contribuir para a piora da dor. Por outro lado, quando a dieta tem uma padrão mais anti-inflamatório, ela pode ajudar no alívio das dores. 😍

👉🏻Além da importância de melhorar a alimentação como um todo, alguns alimentos específicos podem ser interessantes. E um dos alimentos de que mais gosto para o alíveio de dor, é o gengibre!!

👉🏻O gengibre tem uma ação anti-inflamatória bem interessante. No consultório, utilizo muito o gengibre para auxílio de dores, em especial, dores de cabeça e cólica menstrual.

✅Ele pode ser usado na forma de pó, cápsula ou na alimentação. Na alimentação, a forma mais eficaz para aproveitar suas propriedades é fazer um chá de gengibre. Como a parte utilizada do gengibre é o rizoma (que é mais duro), o melhor é fazer decocção, ou seja, pegamos um pedaço de gengibre e colocamos ferver junto com a água por uns 5-10 minutos. Depois é só coar e consumir. Lembrando que não se pode aquecer. O gengibre ralado em cima da comida ou batido dentro de sucos também pode ser consumido, mas irá funcionar menos.

Você tem dor?? 🤔Teste o gengibre e depois me conta. 🥰

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Magnésio e dor

As dores crônicas são um problema de saúde pública e diminuem muito a qualidade de vida da pessoa. Alguns medicamentos ajudam no alívio das dores, mas vários deles possuem efeitos colaterais e risco de dependência. Por outro lado, temos algumas estratégias nutricionais que podem auxiliar no alívio de dores e sem dar tanto efeito colateral. Uma dessas estratégias é o magnésio. Esse estudo com mais de 13 mil pessoas avaliou a relação entre a ingestão diária de magnésio e as dores crônicas. Após análise estatística, foi demonstrando uma associação entre dor crônica e menor ingestão de magnésio. Separando por gênero, as mulheres tinham uma correlação mais forte do que os homens. Não sabe como ajustar magnésio na alimentação? Procure um nutricionista.

 

Menopausa e massa magra

Mulheres na menopausa podem ter vários sintomas, como os fogachos (“calorões”), dores musculares e articulares, problemas sexuais, entre outros. Mas você sabia que a massa magra pode influenciar nesses sintomas? Nesse estudo publicado em 2018 foi demonstrado que as mulheres com mais massa magra tinham menos dores musculares e articulares e menos problemas sexuais. Por outro lado, as mulheres com mais massa gorda tendem a ter mais fogachos e mais dores musculares e articulares. Por isso que exercício físico e dieta adequada são muito importantes. Procure profissionais habilitados para orientá-la melhor.

Ômega 3 e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune que está associada à inflamação e dor crônicas nas articulações, decorrente da infiltração de células pró-inflamatórias no líquido sinovial. A ativação dessas células resulta em produção de citocinas pró-inflamatórias. A dor é um dos principais problemas recorrentes associados à artrite reumatoide, e a busca por soluções para este problema é constante, inclusive entre as ferramentas de atuação do nutricionista. Por isso, essa revisão de julho de 2017 decidiu investigar a relação do ômega 3 com o controle da dor na artrite reumatoide. Os autores dessa publicação avaliaram estudos randomizados, controlados por placebo, que utilizaram como tratamento da dor ômega 3 nas doses de mais de 2g por dia. Eles conseguiram um alcance de avaliação de 1143 pessoas, e concluíram que o ômega 3 pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva para a redução da dor nas doses de 3 a 6 g por dia. Mas lembre-se sempre de buscar por um nutricionista capacitado e atualizado para avaliar cada caso individualmente!