Bebida dietética e emagrecimento

Muitas pessoas optam por bebidas dietéticas (sem açúcar) porque acham que elas não iram engordar, correto?? Não!!!! Errado!!! Nesse estudo publicado em 2017, mulheres com sobrepeso ou obesidade foram submetidas a um programa de perda de peso por 24 semanas. Porém, metade das mulheres receberam bebidas dietéticas (cinco vezes por semanas, após o almoço) e a outra metade recebeu água. O resto da dieta e a atividade física foram iguais para todas as mulheres. Adivinhem o que os autores demonstraram?? Que as mulheres que ingeriram ÁGUA ao invés de bebida dietética, perderam mais peso, diminuíram mais o IMC (índice de massa corporal), a glicemia em jejum, a insulina em jejum, o HOMA-IR (uma forma de avaliar a resistência à insulina) e a glicemia pós-prandial (2 horas após a refeição). Ou seja, as bebidas dietéticas, mesmo não contendo açúcar, dificulta o emagrecimento, além de piorar várias questões metabólicas envolvidas no diabetes! Água é sempre a melhor opção!! Na dúvida, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Chá verde e emagrecimento

O chá verde (Camellia sinensis) é muito utilizado para emagrecimento. Mas será que ele realmente funciona? Nessa meta-análise de 2017, foi demonstrado que o EGCG (a principal catequina presente no chá verde) aumentou o gasto energético e conseguiu diminuir o quociente respiratório, o que poderia aumentar a oxidação de gordura e perda de peso. Entretanto, não se observou nenhuma diferença na taxa de oxidação de gordura. O que os autores recomendam para um efeito benéfico é a ingestão de 300 mg de EGCG por dia (que pode ser alcançada a partir de suplementos ou através do consumo da infusão das folhas da Camellia sinensis). Ou seja, o chá verde pode sim auxiliar no processo de emagrecimento, mas ele não faz milagre sozinho. Se você não mudar hábitos alimentares e não fizer atividade física, dificilmente emagrecerá apenas com o uso desse fitoterápico. Procure um nutricionista para saber se o chá verde é interessante para você e a quantidade ideal de consumo.

Obesidade e Cognição

A prevalência de obesidade e sobrepeso é alta, e tem aumentado cada vez mais em todas as idades, incluindo nas pessoas mais idosas. Muitas complicações são associadas com a obesidade, como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer, e mais recentemente, alterações cognitivas. Sabendo disso, esta meta-análise publicada em janeiro de 2017 avaliou 21 estudos, incluindo estudos longitudinais e randomizados, buscando a relação entre excesso de peso e obesidade com alterações de memória, atenção, linguagem e função motora. Os autores concluíram que a perda de peso intencional em pessoas obesas ou com sobrepeso foi associada com um aumento significante na atenção e memória. Além disso, os autores sugerem que o sobrepeso e a obesidade estão associados com declínio nas funções cognitivas e com uma alta prevalência da doença de Alzheimer. Para usufruir do benefício da perda de peso sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista para orientá-lo de maneira correta!