Vitaminas C e E e seus benefícios para mulheres com endometriose

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (3)

A endometriose está associada a um aumento de estresse oxidativo e inflamação e há vários sintomas, incluindo dor pélvica, dismenorreia (cólica menstrual) e dispareunia (dor na relação sexual).

De modo interessante, várias estratégias nutricionais podem auxiliar nesses sintomas.

Hoje compartilho uma recente meta-análise publicada agora em 2024 que evidenciou a capacidade da suplementação de vitamina C + Vitamina E em reduzir essas dores.

Para exercer esses efeitos, as doses utilizadas nos estudos foram de 1000 mg de vitamina C e de 800-1200 UI de vitamina E por 6-8 semanas.

(Ref: Bayu, P.; et al. Plos One., 15(5):e0301867, 2024. Doi: 10.1371/journal.pone.0301867.

Vale destacar que na prática clínica, a depender da ingestão diária desses nutrientes através de alimentos, podemos pensar em reduzir as doses na forma de suplementação.

Procure um nutricionista para avaliar seu caso.

Dieta com baixo FODMAP e a endometriose

fodmap e endometriose

É muito comum mulheres com endometriose terem sintomas gastrointestinais, incluindo constipação, flatulência, pirose e diarreia.

Quando os sintomas são muito intensos, pode ser necessário a realização de uma dieta com baixo FODMAP.

FODMAP é a sigla que define o conjunto de alimentos fermentáveis que são absorvidos com dificuldade pelo nosso organismo e que podem causar desconforto intestinal. Eles são classificados como oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis.

Porém, esse tipo de dieta possui vários cuidados que devem ser analisados e que um bom profissional vai saber te orientar.
Não tente fazer essa dieta sozinha.

Curcumina e endometriose

Conhecimento não tira férias, não é mesmo? E se for conhecimento atualizado, melhor ainda!! Então, vamos começar o ano falando dos benefícios da curcumina (encontrada no açafrão da terra) para endometriose!!! Nessa revisão publicada agora em 2018 os autores abordam os potenciais mecanismos da curcumina para auxiliar no tratamento da endometriose, que incluem: diminuição da inflamação e do estresse oxidativo; diminuição da proliferação e aumento da apoptose dos focos endometrióticos; diminuição da angiogênese no foco endometriótico (sem formação de novos vasos sanguíneos o foco endometriótico não se prolifera de forma acelerada); e diminuição da invasão e aderência dos focos endometrióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Açaí e endometriose

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A endometriose é uma doença inflamatória, caracterizada pela presença de endométrio fora da cavidade uterina, e está associada com dor pélvica crônica, infertilidade, e consequentemente redução da qualidade de vida da paciente. Sabendo disso, nesta publicação de novembro de 2016, os autores induziram endometriose experimental em ratas, e trataram-nas com 200 mg/kg de peso corporal de extrato hidroalcóolico de açaí durante 30 dias. Após o tratamento realizaram análise da área de lesão e de fatores de crescimento, e observaram uma redução (atrofia e regressão) do tamanho da lesão, além de uma redução da expressão dos fatores de crescimento envolvidos na evolução da doença! Resultados que sugerem que o tratamento com açaí foi eficiente na estabilização de lesões do endométrio, tornando-o um potencial auxiliar no tratamento dessa doença. Vale destacar que o estudo ainda é em animais e que estudos em humanos precisam ser realizados para confirmar esse efeito do açaí, bem como a dose necessária em humanos. Uma dica prática para você que deseja introduzir o açaí na dieta é optar pelo açaí sem adição de xarope de guaraná!