Dieta ocidental e testículo

Várias evidências demonstram o papel da alimentação na fertilidade masculina. Alguns alimentos podem ajudar a melhorar a fertilidade. Enquanto outros alimentos parecem piorar a fertilidade, influenciando na qualidade ou no número dos espermatozoides e em níveis hormonais. Esse estudo publicado em 2019 avaliou o impacto de uma dieta ocidental (rica em açúcares, gordura saturada, carnes vermelhas e processadas e alimentos industrializados) na qualidade do espermograma e nos níveis de hormônios sexuais. Após análises, foi observado que uma maior aderência a uma dieta ocidental foi associado com menor concentração de espermatozoide, menor nível de DHT (hormônio produzido a partir da testosterona) e maior nível de estradiol. Ou seja, quanto mais dieta estilo ocidental, mais alterações que podem piorar a fertilidade masculina. Por isso, procure o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação: o Nutricionista!

Dieta e qualidade do esperma

Problemas de fertilidade acometem muitos casais. Em torno de 30% dos casos, o problema é com a fertilidade masculina. Mas você sabia que o estilo de alimentação pode impactar na qualidade do sêmen?! Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram 309 homens italianos (com idade de 27-60 anos) e associaram a aderência a uma dieta estilo mediterrânea com paramentos do sêmen. Desses homens, 19,3% tinham alteração no volume do sêmen (<1,5 mL), 30,5% tinham baixa concentração de espermatozoides (<15 milhões/mL), e 32,1% tinham baixa contagem de espermatozoide (<39 milhões). Correlacionando com a aderência a uma dieta estilo mediterrânea, foi demonstrado que uma alta aderência a esse estilo de dieta foi associada com uma normal contagem e concentração dos espermatozoides. Porém, não deu diferença em relação ao volume. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Outras questões nutricionais também são importantes pensando em fertilidade.

 

Bisfenol e fertilidade

A exposição a contaminantes ambientais é uma das causas de infertilidade. Dentre esses contaminantes, um dos mais estudados é o bisfenol A, muito encontrado em plásticos, incluindo em embalagem de alimentos. Nessa revisão de 2019 os autores expõem as principais evidências que demonstram o impacto negativo do bisfenol A na fertilidade masculina. De forma resumida, o bisfenol A tem ação estrogênica e antiandrogênica, sendo capaz de alterar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e alterar vias epigenéticas, o que culminam em várias consequências ao sistema reprodutor. Vários estudos em humanos demonstram que homens com maior bisfenol A (seminal, urinário e/ou plasmático) têm alterações em hormônios sexuais e uma piora na qualidade do espermograma, podendo diminuir número e concentração de espermatozoide, diminuir a motilidade e a vitalidade dos espermatozoides. Ou seja, quanto menos exposição à disruptores endócrinos, melhor! Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta e sêmen

O número de homens com piora da fertilidade e da qualidade do sêmen vem aumentando nos últimos anos. Vários fatores podem estar correlacionados com isso, incluindo fatores dietéticos. E é sobre isso que essa revisão publicada esse ano fala. Os autores colocam que os principais alimentos que melhoram a qualidade do sêmen são as frutas, verduras e peixes. Isso porque esses alimentos tem fitoquímicos, micronutrientes e ômega-3. Por outro lado, os principais alimentos que pioram a qualidade do sêmen são as carnes vermelhas, em especial as carnes processadas e leite integral, principalmente devido a quantidade de gordura saturada nesses alimentos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!