FODMAP e corredores

Pesquisas demonstram que dietas com baixo FODMAP (oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e poliois fermentáveis) melhoram os sintomas gastrointestinais (GI) em pessoas com síndrome do intestino irritável. Por outro lado, as questões gastrointestinais relacionadas ao exercício físico são uma causa comum de piora de desempenho esportivo. Nesse estudo publicado em 2019, foi avaliado o efeito de uma dieta de baixo FODMAP por curto período (7 dias) nos sintomas gastrointestinais de corredores recreacionais. Comparado com dieta com alto FODMAP, quando os corredores fizeram dieta com baixo FODMAP, eles tiveram menos sintomas gastrointestinais e relataram que sentiram uma melhora no desempenho da corrida. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Menopausa e diabetes

A menopausa é caracterizada pela cessação permanente da menstruação devido à depleção dos oócitos, gerando uma queda abrupta do estradiol, além de outras alterações. Essas mudanças que ocorrem na mulher após a entrada da menopausa podem aumentar o risco de vários problemas metabólicos, incluindo um maior risco de diabetes. Nesse estudo publicado agora esse mês, os autores discutem que intervenções no estilo de vida, incluindo dieta e exercício, constituem os dois principais pontos para prevenção do diabetes nas mulheres na pós-menopausa. Além disso, os autores colocam que a terapia hormonal na menopausa parece ter um efeito favorável na homeostase da glicose tanto em mulheres com diabetes e em mulheres sem diabetes. Porém, o tratamento medicamentoso e as mudanças de estilo de vida devem ser feitos sempre individualizados. Procure profissionais da saúde para orientá-la em cada um desses pontos.

Exercício e depressão

Vários estudos sugerem que o exercício pode ajudar a melhorar o humor. Porém, ainda existem estudos controversos e até então, não tínhamos nenhuma meta-análise sobre o assunto. Há 7 dias, foi publicada essa meta-análise avaliando os efeitos do exercício aeróbio em pacientes que já tem o diagnóstico de depressão. Após analisar 11 estudos com 455 pacientes, a meta-análise demonstrou um potencial benefício do exercício aeróbio na melhora da depressão. A média de exercício dos estudos foi de 45 minutos, de intensidade moderada, 3 vezes na semana por 9,2 semanas. Porém, os autores ressaltam que ainda existe a necessidade de mais estudos. Mas de qualquer forma, fazer exercício físico é de extrema importância. Procure um profissional capacitado para orientá-lo melhor!

Diabetes e estilo de vida

O diabetes é uma doença crônica que pode afetar a qualidade de vida e a saúde da pessoa. Porém, hábitos de vida podem influenciar nisso, melhorando ou piorando a qualidade de vida desses indivíduos. E foi isso que essa meta-análise após analisar mais de 57 mil pacientes com diabetes tipo 2 avaliou. As análises demonstraram que fazer mais atividade física e aferir com mais frequência a glicemia foram associadas à melhor qualidade de vida dos pacientes. Por outro lado, a presença de depressão, hipertensão e uma maior ingestão de carnes vermelhas foram associados à pior qualidade de vida dos indivíduos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Polifenois e performance

Qual é o atleta ou praticante de atividade física que não quer melhorar a performance? E se esse efeito ocorrer de forma aguda e com substâncias presentes em alimentos?? TOP!! Nessa publicação foi avaliado o efeito agudo de polifenois vindos da uva e da maçã na performance do endurance. Para isso, 48 homens fisicamente ativos (que faziam 3 a 6 horas de exercício por semana) receberam 500 g de polifonois vindos da uva e da maçã ou placebo, 1h antes do exercício de endurance. Após avaliar alguns parâmetros relacionados com a performance, foi demonstrado que o grupo que recebeu os polifenois tiveram uma melhor performance no exercício de endurance. Vale destacar que o número de indivíduos é pequeno e que o efeito não foi avaliado a longo prazo, apenas o efeito agudo. Dessa forma, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Exercício e apetite

Quem já fez exercício de alta intensidade sabe que, muitas vezes, ocorre supressão do apetite após o treino. E isso sempre foi correlacionado com alteração em hormônios e peptídeos que regulam a fome e saciedade. Porém, esse artigo de 2017 sugere que a causa não seja bem essa. Nesse estudo, realizado com meninos de 10-18 anos (com peso normal e com sobrepeso/obesidade), foi feito um protocolo de exercício de alta intensidade, análise de biomarcadores de apetite, inflamação, estresse, controle glicêmico e aplicação de uma escala visual análoga de apetite. O estudo confirmou que, em adolescentes, ocorre o mesmo que em adultos: exercício de alta intensidade suprime o apetite, independente do peso do indivíduo. Além disso, foi demonstrado que o exercício de alta intensidade: aumentou marcadores inflamatórios como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral α (TNF-α); cortisol; glicemia e insulina apenas em meninos com peso normal e diminuiu os níveis de grelina (hormônio que aumenta o apetite). Além disso, após correlacionar essas alterações com o apetite, o único marcador que teve uma correlação inversa significativamente estatística foi a IL-6. Você pratica exercício de alta intensidade ou deseja praticar? Embora o artigo possua algumas limitações, os autores concluem que é principalmente o aumento da citocina inflamatória IL-6 que influencia na supressão do apetite após exercício de alta intensidade, embora a diminuição da grelina e aumento de cortisol possam influenciar também nesse processo. Procure profissionais da saúde para orientá-lo tanto na prática do exercício (educador físico), quanto na suporte alimentar para esse tipo de exercício (nutricionista).

Carboidrato ou proteína?

 A discussão para saber o que é melhor para o treinamento resistido (ex: musculação), carboidrato e/ou proteína, é longa e acirrada. E a busca por uma suplementação ideal não se limita somente ao desempenho durante a atividade, mas a manutenção da saúde do atleta, como a modulação da imunidade. Sabendo disso, os autores dessa publicação de fevereiro de 2017 decidiram observar o impacto da ingestão de 20g de proteína de carne hidrolisada, 20g de whey protein ou 20g de carboidrato, todos diluídos em suco de laranja, em 42 indivíduos fisicamente ativos, ingerido 1x por dia, imediatamente após o treino, ou junto do café da manhã nos dias em que os participantes não treinavam, durante 8 semanas. Ao final da intervenção, após analisarem as 27 pessoas que concluíram o estudo, os autores observaram que o uso de carboidrato associado com proteína (proteína de carne hidrolisada + suco de laranja ou whey protein + suco de laranja) foi melhor para o desempenho durante o treino comparado com quem usou apenas carboidrato (carboidrato + suco de laranja). Porém, houve um pequena modulação negativa em um marcador de imunidade no grupo que consumiu proteína de carne hidrolisada, enquanto que quem consumiu o whey protein ou apenas carboidrato não influenciou nesse marcador. Mas lembre-se da individualidade de cada praticante de atividade e de cada tipo de treinamento antes sair por aí aplicando essa informação como verdade absoluta!!! Além disso, vale lembrar que essa quantidade de proteína utilizada no estudo também pode ser obtida via alimento! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor e analisar o que se adequa melhor ao seu caso.

Romã no pré-treino

A busca por suplementação e uso de alimentos específicos para o aumento da performance durante o exercício física é constante! E quando pensamos em suplementos pré-treino, frequentemente associamos a necessidade do aumento de óxido nítrico, vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo durante a prática do exercício. Sabendo disso, os autores dessa publicação de abril de 2017 avaliaram a performance de 19 participantes quando submetidos a um protocolo de exercício de alta intensidade. Além disso, avaliaram fluxo sanguíneo, diâmetro do vaso sanguíneo, saturação de oxigênio, frequência cardíaca e pressão arterial. Os participantes foram divididos em um grupo que recebeu 1000 mg de extrato de romã (Punica granatum) 30 minutos antes do exercício, e um grupo que recebeu placebo. Ao final da observação, os autores concluíram que o extrato de romã foi capaz de aumentar o diâmetro do vaso sanguíneo e aumentar o fluxo de sangue. Ou seja, dose aguda do extrato da romã pode ajudar na entrega de oxigênio e de substratos ao músculo, o que poderia, em alguns casos, melhorar a performance durante o exercício. Para usufruir deste benefício sem prejuízos a saúde, procure por um nutricionista!

Ômega-3 e atividade física

Entre os praticantes de atividade física há sempre uma busca constante pelo uso de suplementos alimentares que podem trazer algum tipo de benefício para a prática de atividade física, como aumento da performance, da capacidade metabólica, redução da fadiga, aumento da hipertrofia muscular, redução no tempo de recuperação e modulação da imunidade. Um dos suplementos alimentares utilizado para essas modulações é o ômega-3. Sabendo disso, esta revisão publicada em janeiro de 2017 buscou informações para elucidar esses efeitos associados com o uso de ômega-3. Os autores afirmaram que há uma escassez de dados que possam afirmar que há participação do uso de ômega-3 nos efeitos citados acima. Porém, segundo os autores, há algum benefício para as alterações imunológicas que afetam o trato respiratório superior, em especial nos exercícios que provocam broncoconstrição. Ou seja, mais estudos são necessários para investigar o papel do ômega-3 na prática de atividade física. Por isso cuidado com o senso comum! Procure um nutricionista para uma correta prescrição de suplementos alimentares!

Crossfit e carboidrato

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O número de pessoas fazendo Crossfit só aumenta. Associado a isso, vários tipos de dieta estão sugeridas para melhorar o desempenho nos treinos d/ou diminuir o percentual de gordura. Uma dessas estratégias é a dieta low carb – com baixa ingestão de carboidrato (CHO). Mas será que esse tipo de dieta pode ser feita por tempo indeterminado? Será que isso não atrapalha o desempenho do treino? Esse artigo de 2016 demonstrou que um dieta com menos de 6 g CHO/Kg de peso por até 6 dias não piorou o desempenho/performance dos atletas de CROSSFIT. Entretanto, do 6º ao 9º dia, os atletas que aumentaram o consumo de carboidrato para 6-8 g CHO/Kg de peso, aumentaram o número de repetições no 9º dia quando comparado com quem manteve uma ingestão de menos de 6g CHO/Kg de peso. Ou seja, uma dieta low carb pode sim ser realizada, entretanto, com o acompanhamento de um nutricionista para avaliar por quanto tempo o atleta pode manter esse tipo de dieta levando em consideração a individualidade de cada um, bem como a fase de treinamento que a pessoa está.