Ferro e retinopatia diabética

O ferro é um mineral que podemos observar problemas tanto na deficiência quanto no excesso. Uma das doenças que o ferro tem sido estudado é na retinopatia diabética, que é uma das principais causas de cegueira no mundo. Porém, os estudos são a maior parte em animal e colocavam que o ferro acelerava o aparecimento da retinopatia diabética. Porém, esse estudo feito com mais de 5000 pessoas demonstrou resultados controversos. Após comparar pacientes com retinopatia diabética com pacientes controle (sem a doença), observou-se que o ferro sérico estava mais baixo nos pacientes com a doenças. Os autores também analisaram a correlação e viram que o ferro sérico foi inversamente associado com a retinopatia diabética, ou seja, quanto mais ferro, menos retinopatia. Porém, vale destacar que esse foi o primeiro estudo de demostrou isso e que mais estudos ainda são necessários. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

 

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Anemia na gestação

Uma gestação normal consome cerca de 500-800 mg de ferro da mãe. É comum uma anemia fisiológica durante a gestação. Mas isso tem que ser avaliado com cautela, já que uma anemia pode contribuir para comorbidade e mortalidade da mãe e do bebê. Por outro lado, estudos demonstram que a suplementação de ferro pode ajudar a diminuir a frequência da anemia, diminuir o risco do bebê nascer com baixo peso e nascer prematuro. Porém, a suplementação deve ser feita de forma individual e bem criteriosa. Por isso, se você estiver grávida, procure por um nutricionista para orientá-la melhor.

 

Minerais e atletas

Minerais são micronutrientes essenciais, sendo necessária a ingestão através da alimentação. Os minerais exercem diversas funções no organismo e, quando estão deficientes, podem prejudicar a performance de atletas. Nessa revisão de 2019, os autores analisaram 128 estudos correlacionando minerais com marcadores de performance atlética. Após análises, os autores colocam que o ferro e o magnésio são os dois minerais com maior evidência científica de envolvimento na performance atlética. Porém, isso não significa que os outros minerais não são importantes. As necessidades nutricionais podem sofrer influência de diversos fatores e, por isso, as recomendações nutricionais devem ser ajustadas para cada pessoa em específico. Por isso, procure seu Nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Dieta vegetariana e depressão

O número de pessoas vegetarianas vem aumentando. Porém, alguns pacientes vegetarianos possuem deficiências nutricionais e isso pode estar associado com o risco de desenvolver sintomas depressivos. Nesse estudo avaliando quase 10 mil pessoas demonstrou que os homens vegetarianos tinham mais risco de ter sintomas depressivos. Segundo os autores, isso pode ocorrer pelo fato desses pacientes terem mais risco de deficiência de vitamina B12, ferro e ômega-3, que são três nutrientes importantes para modular o humor. Dessa forma, ajustes alimentares são importantes para que a dieta de um vegetariano não seja deficiente nesses nutrientes. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Ferro e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população. Dentre os vários mecanismos da doença, destaca-se o aumento de estresse oxidativo e morte que neurônios dopaminérgicos. O acúmulo de ferro no cérebro está sendo associado com a piora dessa quadro. Mas o mais interessante é que, pesquisadores da área, estão sugerindo que o ferro no início da vida (principalmente vindo da fortificação de fórmulas infantis) poderia influenciar no risco de doença de Parkinson no futuro. Um dos pontos que justifica essa hipótese é o fato de que nos primeiro anos de vida o cérebro é muito permeável aos níveis de ferro. Porém, vale destacar que essa hipótese ainda não está confirmada e que vários estudos em animais e humanos ainda são necessários. Porém, vale a pena prestarmos atenção nesse ponto e ficarmos de olho nos estudos que estão por vir!

Ferro e Tireoide

Uma correta função da tireoide é de extrema importância para a saúde da gestante e do bebê. Mas para que a tireoide funcione corretamente, são necessários vários nutrientes, incluindo o ferro. Levando em consideração que a deficiência de ferro é bem comum em mulheres, principalmente nas grávidas, os autores dessa publicação investigaram a relação do metabolismo do ferro com a função tireoidiana em gestantes que estavam no primeiro trimestre de gestação. Para isso, eles relacionaram os níveis de ferritina sérica (que avalia a reserva de ferro) com os níveis de TSH e T4 (que avaliam a função da tireoide). Após as análises estatísticas, foi demonstrado que as mulheres com ferritina menor que 20 µg/L tinham menos T4 e mais TSH do que as mulheres com ferritina acima de 100 µg/L, o que demonstra uma piora na função tireoidiana. Já as mulheres que tinha ferritina nos valores intermediários (20 – 100 µg/L) tinham menos T4 do que as mulher com ferritina acima de 100 µg/L. Ou seja, nesse estudo, as mulheres que tinham o valor de ferritina maior que 100 µg/L tinham valores de TSH e T4 mais adequados. Porém, o excesso de ferritina também não é interessante. Por isso lembre-se, antes de tornar essas informações um senso comum, consulte o seu nutricionista!