Baixa ingestão de fibras acima de 40 anos pode afetar saúde mental

Luana Manosso (3)

A alimentação pode impactar na saúde mental por diversas maneiras.

De forma interessante, alguns estudos têm investigado os efeitos de algumas estratégias de acordo com o sexo.
Em alguns casos, homens e mulheres parecem responder de forma diferente.

Hoje compartilho um estudo que avaliou o impacto de fibras na saúde mental.
Em homens, a baixa ingestão pirou estresse. ♀️ Já em mulheres, a baixa ingestão de fibras foi mais associada a depressão.

Ref: Cho, S.; Park, M. Nutrients., 16(16):2583, 2024. Doi: 10.3390/nu16162583

Alto consumo de fibras pode diminuir inflamação

Luana Manosso (1080 × 1350 px)

Um recente estudo, publicado dia 19 de março deste ano, com mais de 16 mil participantes, evidenciou que aqueles que consomem maior quantidade de fibras via alimentação possuem níveis menores de PCR-us (proteína C reativa ultrassensível) – que é um marcador de inflamação.

(Ref: Su, M-Z.; Lee, S.; Shin, D. Nutrients., 16(6):888, 2024. Doi: 10.3390/nu16060888).

E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para te orientar sobre alimentação é o Nutricionista.

Consumo de alimentos com fibras e probióticos e sua relação com a depressão

fibras, probióticos e a depressão - Luana Manosso

A relação do intestino com o cérebro é cada vez mais estudada. Sabemos que um influência no funcionamento do outro. Mas, os mecanismos pelos quais isso ocorre são descobertos diariamente.

Já temos muitos estudos, e não tenho dúvida de que novas descobertas virão. Mas, o fato atual, é que melhorar o funcionamento intestinal pode ser um dos pontos a serem pensados quando falamos de pacientes com problemas mentais e emocionais.

Indo nessa linha de pensamento, um recente estudo publicado em março desse ano, analisando dados de mais de 16 mil pessoas, evidenciou que uma maior ingestão de alimentos com fibras e com probióticos foram associados a menos sintomas depressivos.

(Referência: Lai, C.C.W.; Boag, S. J Affect Disord., 324:136-142, Mar 2023. doi: 10.1016/j.jad.2022.12.095.)

É claro que nem só de fibra e probiótico vive o intestino, é bem importante modular todo o padrão alimentar. Nada faz milagre sozinho. Por isso, procure um Nutri para te ajudar.

Alimentação e saúde mental

Cada vez mais estudos evidenciam a importância de um padrão alimentar saudável na melhora da saúde e prevenção de doenças. De modo interessante, esse estudo avaliando os dados de mais de 500 mil indivíduos que moram na Inglaterra evidenciaram a relação entre alguns alimento a qualidade do sono e a saúde mental. Após análises, foi observado que o maior consumo de frutas, vegetais, peixes, água e fibras foi associado à melhora de sono e de saúde mental. Por outro lado, o maior consumo de carnes processadas e leite foi associado à piora de sono e de saúde mental. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Frutas, vegetais e saúde mental

Essa semana estamos falando sobre a importância de frutas e vegetais. Terça falei sobre o impacto delas na ativação do sistema nervoso autonômico em crianças. Hoje, trago esse artigo publicado em 2021 que aborda o papel do consumo de frutas e verduras na saúde mental. Foi um estudo de coorte no qual eles avaliaram o consumo de frutas e vegetais no início do estudo e fizeram análise de saúde mental. Depois de 5 anos eles avaliaram novamente essas pessoas e fizeram a análise de saúde mental para ver se o consumo de frutas e vegetais teve impacto na saúde mental. Após análises estatísticas foi observado que o maior consumo de fibras e de amido resistente vindo de frutas e vegetais estava associado à melhora na saúde mental dessas pessoas. Ou seja, uma melhora da alimentação trazendo benefícios a longo prazo para o cérebro. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Aveia e imunidade

Uma ótima nutrição é fundamental para que o sistema imunológico funcione da maneira adequada. E isso envolve ter um padrão alimentar saudável e ingerir a quantidade adequada de vários macros e micronutrientes. Além disso, alguns fitoquímicos de alguns alimentos e o efeito da alimentação no intestino e na microbiota também desempenham um papel importante. Pensando nisso, alguns alimentos estão sendo estudados. E nessa revisão de 2021, os autores abordam os efeitos da aveia na imunidade. O autores colocam que a aveia, por conta das suas fibras (beta-glucanas), de nutrientes como o ferro, cobre, zinco e de compostos polifenólicos (ex: ácido ferúlico e avenantramidas) podem auxiliar na otimização do sistema imune inato e adaptativo. Além disso, a aveia pode trazer benefícios para o intestino e para a microbiota, o que também está relacionado com a imunidade. Mas lembre-se, não existe nenhum alimento “milagroso”. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Leguminosas e DCV

Doenças cardiovasculares (DCV) são muito prevalentes e uma das principais responsáveis por mortes do mundo. Essas doenças sofrem muita influência da alimentação. Nenhum alimento específico faz “milagre” e resolverá todos os problemas, por isso, é bem importante ter um padrão alimentar saudável. Mas, dentro desse padrão alimentar, podemos citar alguns alimentos. Nessa revisão agora de 2021, os autores abordam o papel das leguminosas (ex: feijão, ervilha, grão de bico, etc) no que tange aspectos envolvidos com essas doenças cardiometabólicas. Essas leguminosas possuem macronutrientes (carboidratos, fibras, proteínas e lipídeos), além de micronutrientes (ex: ferro, cálcio, zinco, folato, etc) e fitoquímicos. Em conjunto, isso pode ajudar a diminuir obesidade, controlar glicemia, diminuir inflamação e melhorar a saúde intestinal e a microbiota. Tudo isso poderia contribuir para diminuir o risco de doenças cardiometabólicas. Mas mais uma vez, não adianta comer leguminosa e o resto da alimentação ser ruim. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Alimentação em crianças e adolescentes

Uma alimentação adequada em crianças e adolescentes é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento e para a prevenção de doenças. Um problema que está cada vez mais comum é uma inflamação de baixo grau, que pode aumentar o risco dessas crianças e adolescentes desenvolverem várias doenças, incluindo doenças neuropsiquiátricas. Nessa revisão sistemática publicada agora em 2021, os autores avaliaram 53 estudos relacionando o papel da alimentação com marcadores inflamatórios em crianças e adolescentes. Após analisar esses artigos, os autores colocam que uma alimentação saudável, como a dieta do mediterrâneo, ou um outro tipo de alimentação mas que seja baseada em frutas, verduras e adequada em nutrientes como fibra, vitamina C e E são associadas a uma diminuição de marcadores inflamatórios, como PCR, IL-6 e TNF-α. Por outro lado, uma dieta estilo ocidental, rica em açúcares, gordura saturada e alimentos ultraprocessados está associada a um aumento de marcadores inflamatórios. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e intestino

As doenças inflamatórias intestinais (DII) como colite ulcerativa e doença de Crohn são caracterizadas por inflamação crônica recorrente e remitente do trato gastrointestinal. Uma das questões que age direto no intestino é a alimentação. Alguns alimentos podem impactar de forma benéfica, enquanto outros podem ser prejudiciais. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam justamente sobre isso. Os autores colocam 3 principais mecanismos de ação pela qual a alimentação pode impactar nas DII: modulam a microbiota, influenciam na permeabilidade e funcionamento intestinal e modulam o sistema imune. Dos alimentos ou estratégias que trazem benefícios, os autores dão destaque para: aumento de fibras, alimentos com ômega-3, alimentos com vitamina D, alimentos com zinco. Além disso, uma dieta com baixo FODMAP parece ajudar no alívio de sintomas. Por outro lado, os autores também citam alguns alimentos que parecem piorar DII como: açúcares e refrigerantes, alta ingestão de ômega-6 e gordura saturada, emulsificantes (aditivos alimentares que melhoram textura dos alimentos industrializados), glúten e excesso de carnes vermelhas. Porém, vale lembrar que mais estudos são necessários e que individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica. Ela é caracterizada por edema articular, sensibilidade articular, destruição das articulações sinoviais e inflamação sistêmica, causando, em última análise, incapacidade grave e maior risco de mortalidade prematura. Das estratégias não farmacológicas que estão sendo estudadas, podemos destacar a alimentação. Nessa revisão de 2020 os autores avaliaram o impacto da alimentação na inflamação e no intestino e esses efeitos na artrite reumatoide. Os autores colocam que uma dieta rica em ômega-3, polifenois, fibras e probióticos ajudam a diminuir a inflamação sistêmica e a modular a microbiota, ajudando a melhorar a função barreira do intestino. Isso por sua vez, pode ajudar a diminui alguns sintomas da artrite reumatoide. Porém, mais estudos ainda são necessários. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!