Já mostramos aqui no Nutri com Ciência alguns estudos de estratégias nutricionais para evitar a perda óssea / osteoporose. E olhem que interessante!!! Esse estudo publicado dia 12 de outubro avaliou se a ingestão de fibra e fruta influencia na perda óssea em 792 homens e em 1065 mulheres. Após as análises, foi demostrado que o aumento de fibras e de frutas preveniu a perda de massa óssea do fêmur apenas em homens. Porém, isso não significa que a ingestão desses alimentos não são interessante para mulheres. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
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Fibra e radioterapia
A radioterapia é um tratamento muito importante no câncer pélvico, entre outros tipos de cânceres! Mesmo sendo uma estratégia de tratamento importante, acompanha alguns efeitos colaterais envolvidos com sua toxicidade, principalmente à nível de trato gastrointestinal. Porém, existem algumas estratégias nutricionais para reduzir essa toxicidade, e foi exatamente isso que os autores dessa publicação de julho de 2017 discutiram. Esses autores compararam dois grupos que foram submetidos à radioterapia pélvica, e um grupo controle. Dos dois grupos que passaram pelo tratamento com radioterapia, um dos grupos recebeu menos de 10g de fibra por dia e o outro recebeu mais de 18g de fibra por dia. Ao final da intervenção os autores concluíram que o aumento da ingestão de fibras no período de tratamento com radioterapia reduziu significativamente a toxicidade gastrointestinal induzida por esse tratamento, tanto nas observações agudas, quanto um ano após o tratamento. Mas antes de aplicar esses dados na sua rotina, procure um nutricionista!!
Café em preparações
O café é uma das bebidas mais utilizadas no Brasil e no mundo, e compõe o hábito alimentar diário das pessoas. Sabendo disso, esse grupo de pesquisa de Madrid, na Espanha, decidiu investigar as propriedades funcionais do que sobra depois do café passado (o que chamamos de “borra”). Além disso, incluíram essa “borra” em uma receita de biscoito, e avaliaram a aceitação da preparação! Resultado, eles observaram que a “borra” do café é fonte de antioxidantes, fibras insolúveis e aminoácidos essenciais, e concluíram que a adição desse ingrediente (precioso) na preparação dos biscoitos aumentou sua qualidade nutricional e qualidade sensorial. Além disso os autores ainda caracterizaram esse biscoito “turbinado” como um auxiliar na redução do risco de doenças crônicas, como obesidade e diabetes! Mas cuidado, antes de sair preparando biscoito com borra de café, é sempre bom lembrar: Consulte o seu nutricionista!!!
Café da manhã e síndrome metabólica
Dados recentes mostram que 25% da população mundial possui Síndrome Metabólica (SM), e esta alteração de saúde está relacionada com o desenvolvimento de outras doenças, como as doenças cardiovasculares. Modificações no estilo de vida podem contribuir para a reversão deste quadro, uma vez que essa alteração tem relação estreita com os hábitos alimentares. Sabendo disso, essa publicação de 2017 decidiu testar dois padrões de café da manhã, e avaliar marcadores inflamatórios e clínicos relacionados com a SM. Os autores avaliaram 80 indivíduos com sobrepeso e que cumpriam os critérios de diagnóstico da SM. Os participantes receberam 2 tipos de café da manhã isocalórico (4 semanas de cada um dos tipos de café da manhã), intercalados por 2 semanas de washout (período sem seguir nenhum dieta específica). O padrão de café da manhã que os autores chamaram de “café da manhã brasileiro” foi enriquecido com gordura saturada, e o “café da manhã modificado” foi composto por gordura insaturada e fibras provenientes de azeite de oliva e castanhas. Ao final do estudo os autores observaram um aumento de pressão arterial, circunferência da cintura, glicemia e marcadores inflamatórios no grupo que consumiu o “café da manhã brasileiro”, concluindo que uma intervenção dietética não saudável, mesmo que por um curto período de tempo, já é suficiente para trazer prejuízos à saúde! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Câncer de mama, bebida alcoólica e fibra
Já que estamos no OUTUBRO ROSA, vamos falar de câncer de mama. Esse câncer sofre grande influência do estilo de vida. Um dos fatores que aumenta o risco de câncer de mama é a ingestão de bebidas alcóolicas. Mas você sabia que a ingestão de fibras pode influenciar nesse risco? Nesse artigo publicado em setembro desse ano, após acompanhar quase 335 mil mulheres por 11 anos, foi demostrado que: a) mulheres com alta ingestão de álcool (> 15g/dia ou > 10 doses por semana) associada a uma menor ingestão de fibra (< 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 35%; b) mulheres com alta ingestão de álcool (> 15g/dia ou > 10 doses por semana) associada a uma maior ingestão de fibra (> 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 12%; c) mulheres com baixa ingestão de álcool (< 5g/dia ou < 2 doses por semana) associada a uma maior ingestão de fibra (> 18,5 g/dia) o risco de desenvolver câncer de mama foi de 8%. Ou seja, consumir menos álcool e mais fibra diminui o risco de câncer de mama. Mas caso a mulher consuma álcool, a associação de bebida alcoólica com uma dieta rica em fibra, pode diminuir o risco de desenvolver câncer de mama.