Dieta com baixo FODMAP e a endometriose

fodmap e endometriose

É muito comum mulheres com endometriose terem sintomas gastrointestinais, incluindo constipação, flatulência, pirose e diarreia.

Quando os sintomas são muito intensos, pode ser necessário a realização de uma dieta com baixo FODMAP.

FODMAP é a sigla que define o conjunto de alimentos fermentáveis que são absorvidos com dificuldade pelo nosso organismo e que podem causar desconforto intestinal. Eles são classificados como oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis.

Porém, esse tipo de dieta possui vários cuidados que devem ser analisados e que um bom profissional vai saber te orientar.
Não tente fazer essa dieta sozinha.

Dieta e intestino

As doenças inflamatórias intestinais (DII) como colite ulcerativa e doença de Crohn são caracterizadas por inflamação crônica recorrente e remitente do trato gastrointestinal. Uma das questões que age direto no intestino é a alimentação. Alguns alimentos podem impactar de forma benéfica, enquanto outros podem ser prejudiciais. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam justamente sobre isso. Os autores colocam 3 principais mecanismos de ação pela qual a alimentação pode impactar nas DII: modulam a microbiota, influenciam na permeabilidade e funcionamento intestinal e modulam o sistema imune. Dos alimentos ou estratégias que trazem benefícios, os autores dão destaque para: aumento de fibras, alimentos com ômega-3, alimentos com vitamina D, alimentos com zinco. Além disso, uma dieta com baixo FODMAP parece ajudar no alívio de sintomas. Por outro lado, os autores também citam alguns alimentos que parecem piorar DII como: açúcares e refrigerantes, alta ingestão de ômega-6 e gordura saturada, emulsificantes (aditivos alimentares que melhoram textura dos alimentos industrializados), glúten e excesso de carnes vermelhas. Porém, vale lembrar que mais estudos são necessários e que individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Fibromialgia e nutrição

A fibromialgia é uma síndrome multifatorial de etiologia desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada e várias manifestações somáticas e psicológicas. O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar combinando estratégias farmacológicas e não farmacológicas. Das estratégias não farmacológicas, evidências recentes sugerem um benefício da nutrição. Embora ainda não podemos afirmar 100% alguma coisa, das principais estratégias suplementares que poderiam trazer benefício para a fibromialgia, os autores colocam a vitamina D, o magnésio, o ferro e o uso dos probióticos. Pensando em alimentação, incluir o azeite de oliva, ter uma dieta vegetariana ou seguir um estilo de dieta mediterrânea ou uma dieta baixo em FODMAP parecem aliviar os sintomas de fibromialgia. Além disso, também temos alguns estudos com dieta sem glúten, dieta sem aspartame e dieta sem glutamato monossódico. Mas lembre-se, individualidade é MUITO importante. Apenas um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada!

FODMAP e corredores

Pesquisas demonstram que dietas com baixo FODMAP (oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e poliois fermentáveis) melhoram os sintomas gastrointestinais (GI) em pessoas com síndrome do intestino irritável. Por outro lado, as questões gastrointestinais relacionadas ao exercício físico são uma causa comum de piora de desempenho esportivo. Nesse estudo publicado em 2019, foi avaliado o efeito de uma dieta de baixo FODMAP por curto período (7 dias) nos sintomas gastrointestinais de corredores recreacionais. Comparado com dieta com alto FODMAP, quando os corredores fizeram dieta com baixo FODMAP, eles tiveram menos sintomas gastrointestinais e relataram que sentiram uma melhora no desempenho da corrida. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

FODMAP e intestino

Ano passado já mencionei sobre dieta com pouco FODMAP auxiliando na melhora dos sintomas de síndrome do intestino irritável (SII). Esse ano, foi publicado essa meta-análise, em que foram analisados 9 estudos avaliando o efeito da dieta com pouco FODMAP em pacientes com SII. Após análises, foi confirmado que uma dieta com pouco FODMAP diminui os sintomas gastrointestinais associados à síndrome do intestino irritável, diminui dores abdominais e melhora qualidade de vida. Entretanto, 3 estudos evidenciaram que uma dieta com pouco FODMAP pode diminuir o conteúdo de bifidobacteria, o que não seria interessante. Além disso, os autores colocam a necessidade de avaliar esse tipo de dieta a longo prazo. Lembre-se, individualidade é MUITO importante. Um profissional competente e atualizado vai avaliar qual a melhor estratégia a ser utilizada com você!

FODMAP e instestino

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença crônica intestinal que tem sintomas como dores abdominais e inchaço. Vários fatores podem contribuir para a SII, incluindo alteração na motilidade gastrointestinal, na comunicação cérebro-intestino, hipersensibilidade visceral, inflamação de baixo grau, fatores psicológicos, etc. Alterações na dieta estão sendo propostas para tratar a SII, e uma delas é a diminuição de alimentos com alto conteúdo de FODMAP. FODMAP é a sigla para monossacarídeo, dissacarídeo, oligossacarídeo fermentáveis e poliois. Os FODMAPs podem chegar ao cólon sem serem absorvidos, sendo fermentados pelas bactérias do cólon, o que gera gases, além de aumentar o conteúdo de água intestinal (devido o aumento da atividade osmótica). Dessa forma, esse estudo investigou se uma dieta sem FODMAP teria benefício para pacientes com SII. E comparou se uma dieta excluindo apenas cereais também influencia em algo. Para isso, 60 pacientes foram divididos em 2 grupos, recebendo 2 tipos de dieta: uma com exclusão de alimentos ricos de FODMAP (foram excluídos quase todos os cereais, principalmente com farinha de trigo, leite e derivados com lactose, adoçantes, mel, açúcar, suco de fruta e algumas frutas e vegetais) ou uma dieta sem cereais (a exclusão foi de todos os cereais e açúcares adicionados nos alimentos; mas leites, mel, e todas frutas e verduras foram permitidos). Após 3 meses de dieta, o grupo que diminuiu FODMAP melhorou mais da distensão abdominal e do inchaço quando comparado com o grupo que diminuiu apenas os cereais. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Qualquer tipo de exclusão dietética desse ser muito bem analisada para ver se existe mesmo essa necessidade e, se for necessária, deve ser acompanhada por um bom Nutricionista.