O ácido docosahexaenoico (DHA) é um ácido graxo poli-insaturado da família do ômega-3. Sua ingestão é de extrema importância durante a gestação. Um dos pontos que ele é importante é para o desenvolvimento estrutural e funcional do cérebro do bebê. E foi justamente sobre isso que essa revisão agora desse ano abordou. O DHA é importante para a neurogênese (formação de neurônios), plasticidade sináptica (“comunicação entre os neurônios”), para a transdução de sinal no cérebro, para a maturação dos astrócitos (uma célula da glia importante para a nutrição do cérebro e para o funcionamento geral do cérebro), para o metabolismo e captação adequada de glicose, para diminuir a inflamação, entre outras funções. Além disso, o DHA também é importante para o desenvolvimento adequado da placenta. Baixos níveis de DHA durante a gestação podem aumentar o risco de dificuldade na aprendizagem e problemas de cognição no bebê. Por isso, ajustar os níveis de DHA (alimentação + suplementação) é muito importante durante a gestação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.
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Colina e neurodesenvolvimento
Ter uma nutrição adequada nos primeiros 1000 dias de vida (gestação até os 2 anos) é essencial para a vida do indivíduo. Uma das influências dessa nutrição nos primeiros 1000 dias é para o desenvolvimento cerebral, podendo influenciar, inclusive, no funcionamento cerebral ao longo da vida. E um dos nutrientes que tem recebido bastante atenção é a colina, encontrada em maior quantidade na gema do ovo. Nessa revisão agora desse ano, os autores abordam os principais benefícios de uma dieta rica em colina (durante os primeiros 1000 dias) para o desenvolvimento cerebral, que são: (1) ajuda no desenvolvimento normal do cérebro; (2) protege o cérebro controla insultos durante a gestão, em especial contra a exposição de álcool; (3) melhora o funcionamento neural e cognitivo. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Micronutrientes e gestante
Os micronutrientes são importantes para a saúde da gestante e do bebê. Ajustar micronutrientes pode ajudar a reduzir o risco de morbimortalidade materna e infantil e diminuir as complicações relacionadas à gravidez. Mas excesso de micronutrientes também não é interessante. Nesse estudo publicado em 2020, os autores avaliaram o status de selênio, zinco e manganês e o risco de complicações maternas e para o bebê. Após análises foi observado que baixo status de selênio e zinco e excesso de manganês estão associados a mais risco de complicações maternas e nos bebês. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Anemia na gestação
Uma gestação normal consome cerca de 500-800 mg de ferro da mãe. É comum uma anemia fisiológica durante a gestação. Mas isso tem que ser avaliado com cautela, já que uma anemia pode contribuir para comorbidade e mortalidade da mãe e do bebê. Por outro lado, estudos demonstram que a suplementação de ferro pode ajudar a diminuir a frequência da anemia, diminuir o risco do bebê nascer com baixo peso e nascer prematuro. Porém, a suplementação deve ser feita de forma individual e bem criteriosa. Por isso, se você estiver grávida, procure por um nutricionista para orientá-la melhor.
Microbioma e gestação
Essa semana vamos falar sobre o papel da microbiota intestinal em duas situações diferentes. Hoje, trago essa revisão publicada agora em 2020 falando sobre o papel do microbioma durante a gestação. A gravidez induz várias alterações imunológicas, hormonais e metabólicas, necessárias para a mãe adaptar seu corpo a essa nova situação fisiológica. Mas você sabia que também ocorrem mudanças no microbioma dessas mulheres? Conforme as semanas gestacionais vão passando, vão ocorrendo mudanças no microbioma vaginal, oral e intestinal da gestante, Hoje também já temos estudos demonstrando que a placenta também tem microbiota e que ocorre colonização fetal ainda na gestação. Assim, o microbioma da mãe, da placenta e do feto influenciam no crescimento do feto e, sem dúvida, desempenham um papel importante no desenvolvimento adequado do recém-nascido, além de ser importante para modulação de questões de saúde/doença na mãe e no bebê. Embora mais estudos ainda sejam necessários, modular o microbioma parece ser importante. E um nutricionista pode ajuda-lo. Procure o seu.
Gordura e sono
A duração e a qualidade do sono na gestante podem sofrer alterações, devido às mudanças fisiológicas e hormonais nesse período. E uma pior qualidade do sono pode aumentar o risco de diabetes gestacional e complicações no parto. Por outro lado, uma boa qualidade alimentar pode ajudar a melhorar a qualidade do sono. Nesse estudo de 2019, os autores avaliaram a qualidade da dieta de mulheres com sono reparador e com sono de má qualidade. Após análises, foi observado que as mulheres com um sono de má qualidade tinham um menor % energético vindo de gordura total, menor % energético vindo de gordura monoinsaturada e maior % energético vindo de carboidrato. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Selênio e hipertensão gestacional
A deficiência de micronutrientes afeta várias questões da gestação. A hipertensão induzida pela gestação afeta 5-10% das gestantes e, em casos graves, pode levar até a morte da mãe e do bebê. A etiologia não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que o estresse oxidativo tem um papel relevante no desenvolvimento da hipertensão gestacional. Um dos nutrientes com excelente ação antioxidante é o selênio. Mas será que a ingestão de selênio no início da gestação pode influenciar no risco de hipertensão gestacional? Foi isso que esse estudo publicado em 2019 investigou. Após analisar 121 mulheres que desenvolveram hipertensão gestacional e 363 mulheres controle (sem hipertensão) foi visto que selênio abaixo de 57,68 µg/L aumentava em mais de 15 vezes o risco de desenvolver hipertensão gestacional quando comparado com mulheres com nível de selênio maior que 66,6 µg/L. Ou seja, é muito importante ajustar a ingestão alimentar de selênio. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Vitamina A e gestação
A gravidez é um período de necessidades nutricionais específicas para manter a saúde da mãe e do bebê. A vitamina A desempenha um papel importante na função ocular e no desenvolvimento ósseo. Além disso tem um efeito protetor na pele e mucosa, desempenha um papel vital na capacidade funcional órgãos reprodutivos, participa no fortalecimento do sistema imunológico, está relacionado ao desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e é essencial para o normal desenvolvimento do embrião. Durante a gestação há um aumento na demanda por vitamina A, particularmente no terceiro trimestre por causa do desenvolvimento fetal acelerado nesta fase. Doses de retinol sérico abaixo de 0,70 µmol/L já sugere deficiência de vitamina A. As necessidades de vitamina A em gestantes é de cerca de 2.600 UI por dia. Mas o excesso também pode ocasionar problemas. Doses acima de 10.000 UI de vitamina A por dia está associado com risco de teratogenicidade, em especial nos primeiros 60 dias após concepção. Porém, recomenda-se evitar suplementação acima de 5.000 UI de vitamina A para grávidas. Mas lembre-se, esses valores de vitamina A tem que considerar alimentação e suplementação. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Micronutrientes e DMG
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma das complicações metabólicas mais comuns durante a gravidez. Durante a gestação, a demanda por insulina é aumentada devido à resistência progressiva à insulina para assegurar o crescimento e desenvolvimento fetal adequado. Por outro lado, vários micronutrientes são importantes para assegurar um metabolismo da glicose de forma adequada. Nesse estudo publicado em 2019, os autores investigaram a adequação de micronutrientes pré-gestacional e o risco de desenvolver DMG. Após analisar mais de 6 mil grávidas, foi observado que aquelas que tinham uma maior adequação de micronutrientes antes de engravidar tinham 39% menos risco de desenvolver DMG quando comparado com as mulheres com uma baixa adequação nutricional de micronutrientes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.
Low carb e tubo neural
Dietas low carb estão cada vez mais populares. Mas será que todas as pessoas podem fazer esse tipo de dieta?? Esse estudo publicado em 2018 avaliou o consumo de dieta low carb em mulheres com o risco ter bebês com defeitos no tubo neural. Após analisar mais de 10 mil mulheres e seus bebês, os autores demonstraram que fazer uma dieta bem restrita em carboidrato (≤ ao percentil 5, o que corresponde a cerca de 95 g de carboidrato por dia) aumenta em cerca de 30% o risco dos bebês nascer com defeitos do tubo neural. Além disso, eles observaram que as mulheres fazendo esse tipo de dieta tinham uma ingestão menor de ácido fólico, que é uma vitamina fortificada nas farinhas e que está associada com menor risco de defeitos do tubo neural. Porém, não se tem como afirmar se o problema é apenas pela deficiência de ácido fólico ou não. Ou seja, mais estudos ainda são necessários, mas é importante avaliar a conduta e se existe a necessidade de suplementação. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!