O GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) é um peptídeo produzido pelas células L-enteroendócrinas, presentes no intestino. Mas também pode ser produzido no pâncreas e no cérebro. Seus principais estudos estão relacionados com controle de glicemia / diabetes, controle de fome/saciedade e obesidade. Mas seus efeitos no cérebro vão além disso. Nessa revisão de 2020 os autores abordam os efeitos do GLP-1 na modulação do estresse. A principal produção de GLP-1 no cérebro ocorre no núcleo do trato solitário (localizado no bulbo). O GLP-1 produzido dentro do cérebro vai agir, em especial, no hipotálamo, em regiões do sistema límbico e em neurônios do sistema nervoso autônomo. Além disso, o GLP-1 produzido pelas células endócrinas do intestino também consegue exercer ações cerebrais, através de comunicação via nervo vago. Nas regiões cerebrais, o GLP-1 pode agir por diversos mecanismos de ações e vias de sinalização, contribuindo para modular a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (eixo ativado durante o estresse) e modular a ativação do sistema nervoso simpático (também associado ao estresse). Além disso, a ação do GLP-1 no controle da fome/saciedade e a ação no sistema límbico (de recompensa) vão auxiliar no controle do comportamento alimentar e, por sua vez, isso também pode influenciar em vias do estresse. Ou seja, o GLP-1 parece agir como um neuromodulador. Por isso, pensar em estratégias para aumentar GLP-1 pode ser interessante. E adivinhem? A nutrição pode ajudar nisso. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!