O tratamento nutricional é essencial para o paciente celíaco

Luana Manosso (5)

O tratamento do paciente com doença celíaca vai muito além de retirada do glúten!

Saber que alimentos colocar no lugar, com o objetivo de não desenvolver deficiências nutricionais também é essencial! Por isso, se você tem doença celíaca, procure um nutricionista para te orientar melhor!

Sensibilidade ao glúten não celíaca e qualidade do sono

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Um número crescente de pessoas é diagnosticada com sensibilidade ao glúten/trigo não celíaca.

Ou seja, possuem sensibilidade ao glúten/trigo, mas não possuem a doença celíaca.

Em um recente estudo, avaliaram essas pessoas e a qualidade do sono delas.
E olhem que interessante: as pessoas que tinham sensibilidade e que faziam uma dieta sem glúten, tinham melhor qualidade no sono.

Por outro lado, as pessoas que não faziam a exclusão, tinham um sono de pior qualidade.
(Referência: Cotton, C.; et al. Nutrients., 15(15), 3461, 2023. Doi:10.3390/nu15153461)

Dia da conscientização da doença celíaca

Luana Manosso (44)

Hoje é o dia da conscientização sobre a doença celíaca.

A doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, centeio, e alimentos que utilizam esses ingredientes.

Além disso, pacientes celíacos precisam tomar cuidado inclusive com contaminação cruzada de alimentos (ex: preparar um alimento sem glúten em uma cozinha que tem utilização de alimentos com glúten já pode contaminar e gerar problema para o indivíduo).

A data foi escolhida pois hoje é a data de nascimento do Dr. Samuel Gee, primeiro pesquisador a reconhecer que os sintomas da doença celíaca estavam relacionados à dieta.

O tratamento nutricional para o paciente celíaco é essencial.

Riscos da dieta sem glúten

Você tem doença celíaca ou alguma sensibilidade ao glúten não celíaca? Se sim, vai precisar eliminar os alimentos que contém glúten. Mas será que é só trocar por algo que não tem glúten?? Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam os possíveis riscos de uma dieta sem glúten inadequada . Se a pessoa troca alimentos com glúten e fibras por um alimento industrializado, somente com farinhas refinadas e com muito açúcar e gordura e não ajusta todos os micronutrientes, essa dieta sem glúten inadequada pode aumentar o risco de obesidade, alterar metabolismo de glicose e de lipídeos, aumentando assim o risco de síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Por isso, é muito importantes fazer trocas alimentares saudáveis. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e intestino

As doenças inflamatórias intestinais (DII) como colite ulcerativa e doença de Crohn são caracterizadas por inflamação crônica recorrente e remitente do trato gastrointestinal. Uma das questões que age direto no intestino é a alimentação. Alguns alimentos podem impactar de forma benéfica, enquanto outros podem ser prejudiciais. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam justamente sobre isso. Os autores colocam 3 principais mecanismos de ação pela qual a alimentação pode impactar nas DII: modulam a microbiota, influenciam na permeabilidade e funcionamento intestinal e modulam o sistema imune. Dos alimentos ou estratégias que trazem benefícios, os autores dão destaque para: aumento de fibras, alimentos com ômega-3, alimentos com vitamina D, alimentos com zinco. Além disso, uma dieta com baixo FODMAP parece ajudar no alívio de sintomas. Por outro lado, os autores também citam alguns alimentos que parecem piorar DII como: açúcares e refrigerantes, alta ingestão de ômega-6 e gordura saturada, emulsificantes (aditivos alimentares que melhoram textura dos alimentos industrializados), glúten e excesso de carnes vermelhas. Porém, vale lembrar que mais estudos são necessários e que individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.

 

Glúten e Cérebro

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Que paciente com doença celíaca não pode consumir glúten todo mundo sabe! Mas hoje, a literatura científica também afirma a necessidade da retirada do glúten na presença do que chamados de “sensibilidade ao glúten não celíaca” (NCGS), que ocorre em indivíduos com sintomatologia gastrointestinal e extraintestinal, mas sem a classificação de doença celíaca. Dentre os vários sintomas que pacientes com NCGS podem apresentar, destaca-se sintomas neurológicos. Nesse estudo publicado agora em 2016, os autores demonstraram que os problemas mais comuns em indivíduos com NCGS foram neuropatias periféricas, seguida de ataxia cerebelar e encefalopatia. Além disso, também foi evidenciado que todos os pacientes responderam com a retirada do glúten da dieta – ou seja, quando o glúten era retirado, os sintomas melhoravam! Vale destacar que a retirada total de algum alimento da dieta deve ser feita sob a orientação de um nutricionista.