Gordura monoinsaturada no café da manhã pode diminuir inflamação em mulheres

gordura monoinsaturada

Um recente estudo evidenciou que uma simples troca de gordura no café da manhã por 3 meses foi capaz de reduzir os níveis de um marcado inflamatório (IL-6) nas mulheres.

Os autores obtiveram esses benéficos adicionando o azeite de oliva, como fonte de gordura monoinsaturada.

O azeite é uma opção para adicionar em um preparo de ovo ou em cima de algum pão/crepioca.

Porém, vale lembrar que abacate, sementes e oleaginosas também são fontes de gorduras monoinsaturadas.
Referência: Delgado-Alarcón, J.M.; et al. Nutrients., 15(17):3711, 2023. Doi: 10.3390/nu15173711.

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentação e câncer de próstata

O número de casos de câncer de próstata tem aumentado nos últimos anos. Por isso pensar em prevenção e diminuir a progressão (caso o câncer já esteja instalado) é bem importante. Essa revisão agora de 2021 aborda sobre aspectos nutricionais que podem influenciar no desenvolvimento, progressão ou redução do câncer de próstata. Os autores colocam que o que mais aumenta risco de desenvolver o câncer de próstata ou piora o câncer já instalado é o alto consumo de gordura saturada, gordura trans e carnes processadas. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, verduras e grãos integrais tendem a ter um efeito benéfico (diminuindo o risco ou a progressão do câncer). Além disso, os autores citam as seguintes estratégias nutricionais trazendo possíveis benefícios: selênio, zinco, vitamina D, vitamina E, flavonoides (isoflavonas, catequinas e resveratrol) e licopeno. Mas lembre-se, individualidade é muito importante, por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

 

Ácido oleico e cognição

O declínio da função cognitiva aumenta com o envelhecimento. Embora o cérebro vai envelhecer junto com o corpo, a trajetória do envelhecimento cerebral pode mudar de pessoa para pessoa. Um dos fatores que influencia no funcionamento do cérebro é a alimentação. Nesse estudo clínico avaliando idosos Japoneses, os autores avaliaram questões alimentares e correlacionaram com 2 testes para avaliar a cognição. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais ácidos graxos monoinsaturados (MUFA), em especial o ácido oleico (presente em maior quantidade no azeite de oliva) tinham melhor desempenho nos 2 testes cognitivos avaliados. Por isso, procure um nutricionista para ajustar sua dose de ácido oleico na dieta.

Alimentação em crianças e adolescentes

Uma alimentação adequada em crianças e adolescentes é de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento e para a prevenção de doenças. Um problema que está cada vez mais comum é uma inflamação de baixo grau, que pode aumentar o risco dessas crianças e adolescentes desenvolverem várias doenças, incluindo doenças neuropsiquiátricas. Nessa revisão sistemática publicada agora em 2021, os autores avaliaram 53 estudos relacionando o papel da alimentação com marcadores inflamatórios em crianças e adolescentes. Após analisar esses artigos, os autores colocam que uma alimentação saudável, como a dieta do mediterrâneo, ou um outro tipo de alimentação mas que seja baseada em frutas, verduras e adequada em nutrientes como fibra, vitamina C e E são associadas a uma diminuição de marcadores inflamatórios, como PCR, IL-6 e TNF-α. Por outro lado, uma dieta estilo ocidental, rica em açúcares, gordura saturada e alimentos ultraprocessados está associada a um aumento de marcadores inflamatórios. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Dieta e intestino

As doenças inflamatórias intestinais (DII) como colite ulcerativa e doença de Crohn são caracterizadas por inflamação crônica recorrente e remitente do trato gastrointestinal. Uma das questões que age direto no intestino é a alimentação. Alguns alimentos podem impactar de forma benéfica, enquanto outros podem ser prejudiciais. Nessa revisão agora de 2021 os autores abordam justamente sobre isso. Os autores colocam 3 principais mecanismos de ação pela qual a alimentação pode impactar nas DII: modulam a microbiota, influenciam na permeabilidade e funcionamento intestinal e modulam o sistema imune. Dos alimentos ou estratégias que trazem benefícios, os autores dão destaque para: aumento de fibras, alimentos com ômega-3, alimentos com vitamina D, alimentos com zinco. Além disso, uma dieta com baixo FODMAP parece ajudar no alívio de sintomas. Por outro lado, os autores também citam alguns alimentos que parecem piorar DII como: açúcares e refrigerantes, alta ingestão de ômega-6 e gordura saturada, emulsificantes (aditivos alimentares que melhoram textura dos alimentos industrializados), glúten e excesso de carnes vermelhas. Porém, vale lembrar que mais estudos são necessários e que individualidade é muito importante. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e menarca

A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 – 12,8 anos, dependendo da etnia) pode estar associada a um risco aumentado de algumas doenças, incluindo alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Mas você sabia que várias questões ambientais podem aumentar o risco dessa menarca precoce? E uma dessas questões ambientais é a alimentação e a quantidade de alguns macronutrientes. De forma bem interessante, essa meta-análise publicada agora de 2020 observou que alguns macronutrientes aumentam o risco e outros diminuem o risco de menarca precoce. Após análises, foi observado que uma dieta com aumento de calorias, aumento de ingestão proteica (em especial proteína animal) e aumento de PUFAs (ácidos graxos poli-insaturados, que incluem a família do w6 e w3) aumentam o risco de menarca precoce. Por outro lado, aumento de fibras e de MUFAs (ácidos graxos monoinsaturado, que incluem a gordura do azeite de oliva, abacate, etc) diminuem o risco de menarca precoce. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentação e psicose

A esquizofrenia é uma doença neuropsiquiátrica grave, que acomete mais de 20 milhões de pessoas no mundo. O que algumas pessoas não sabem, é que hábitos alimentares podem influenciar nessa doença. Os autores dessa publicação revisão vários artigos e colocam os principais pontos a serem levados em consideração quando pensamos em alimentação e esquizofrenia. Alguns estudos demonstram uma conexão entre psicoses e uma má alimentação, dieta rica em carboidrato refinado e gordura e dieta pobre em fibra, ômega-3, ômega-6, vegetais, frutas, vitaminas e minerais. Das vitaminas e minerais, o que tem mais de estudo são com vitamina B12, vitamina B6, folato, vitamina C, zinco e selênio. Também temos estudos mostrando benefícios de alguns aminoácidos, como serina, lisina, glicina e triptofano. Por outro lado, alergia alimentar parece influenciar de forma negativa na esquizofrenia. Mas vale destacar que ainda não necessários mais estudos. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Pele e alimentação

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, que sofre influência de fatores internos e externos. Enquanto alguns hábitos alimentares contribuem para melhorar a saúde da pele, outros podem estimular o envelhecimento. E é sobre isso que essa revisão aborda. Os autores colocam que para melhorar a pele, é importante ajustar a quantidade de água ingerida, bem como a quantidade de proteínas. Dos micronutrientes, os autores citam, em especial, zinco, cobre, ferro, selênio, vitaminas A, B, C, D e E. Além disso, o artigo aborda a importância de consumir alimentos risco em polifenóis, ômega-3 e tomar cuidado com o excesso de gordura, açúcar, álcool e cigarro. E lembre-se, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Alimentação e cognição

O assunto cognição é um assunto bem recorrente por aqui. Já fiz vários postes mostrando que alguns alimentos podem ajudar a melhorar a cognição. Mas não basta consumir um alimento específico. A qualidade da dieta como um todo é muito importante. Nesse estudo agora de 2020, os autores analisaram a dieta de pacientes saudáveis e de pacientes com doença de Alzheimer e observaram correlação dessa dieta com a cognição dos pacientes. Em pacientes saudáveis, foi observado que uma menor ingestão de vegetais foi associado com piora em vários aspectos da cognição. Em pacientes com Alzheimer, uma baixa aderência a uma alimentação saudável, baixa ingestão de vegetais, alto consumo de bebida alcoólica e gordura trans também foram associados com piora cognitiva. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.