Leguminosas reduzem pressão arterial em pacientes com diabetes tipo 2

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (20)

Um recente estudo clínico (n=1897 participantes) evidenciou que pacientes com diabetes tipo 2 que consumiam pelo menos 3 vezes na semana leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico)
tinham níveis menores de pressão arterial sistólica e diastólica.

(Vitale, M.; et al. Nutrients., 5(13), 2895, 2023. Doi: 10.3390/nu15132895)

Café e redução do risco de hipertensão arterial

café e hipertensão arterial

O café é uma bebida consumida diariamente por grande parte da população mundial.

Ele possui cafeína e vários fitoquímicos e, por conta dessas substâncias, o café vem sendo estudado nas últimas décadas por meio de diversos estudos observacionais e ensaios clínicos.

Uma recente meta-análise, publicada agora de julho evidenciou que o café foi associado à redução no risco de hipertensão arterial.

(Referência: Haghighatdoost, F.; et al. Nutrients., 15(13), 3060, 2023. Doi: 10.3390/nu15133060)

Porém, cuidado: isso não significa que quanto mais, melhor, e que você pode consumir esse café de qualquer jeito ou em qualquer horário.

Procure um nutricionista para te orientar melhor.

Frutas, vegetais e síndrome metabólica

A síndrome metabólica (SM) representa um conjunto de fatores de risco estabelecidos, caracterizados por obesidade abdominal, pressão arterial elevada, hiperglicemia e perfil lipídico sanguíneo alterado. Das inúmeras estratégias nutricionais que podem auxiliar na prevenção e tratamento da SM, esse artigo publicado agora em 2022 destacou o papel no consumo de frutas e vegetais. O artigo foi realizado com 252 idosos e foi investigado a relação entre o número de porções consumidas de frutas e vegetais ao dia e o risco de SM. Após análises estatísticas, foi evidenciado que um menor consumo de frutas e vegetais (≤ 2 porções/dia) aumentou o risco de SM. Porém, vale a pena destacar que o consumo ideal diário de frutas e vegetais é de em torno de 5 porções por dia. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Spirulina e pressão arterial

A spirulina é uma cianobactéria microscópica e filamentosa que é considerada uma microalga sustentável e eco-friendly. Ela tem sido estudada para vários benefícios à saúde. E um desses benefícios parece ser na modulação da pressão arterial. E foi justamente isso que essa meta-análise investigou. Se a spirulina pode influenciar na pressão sistólica e diastólica de humanos. Após analisar dados de 5 estudos, foi observado que a spirulina pode ajudar na diminuição da pressão sistólica e diastólica, em especial de pessoas que já possuem hipertensão arterial. As doses de spirulina variaram de 1 a 8 g por dia, por 2 a 12 semanas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Magnésio e hipertensão

O magnésio é um mineral que é cofator para mais de 300 enzimas do nosso corpo. Por isso, não é de se estranhar que ele está envolvido em várias funções do organismo. O primeiro relato de associação de magnésio para o tratamento de hipertensão arterial (pressão alta) foi em 1925. Porém, alguns estudos subsequentes falharam em demonstrar essa associação. Hoje, temos vários estudos bem conduzidos e várias meta-análises avaliando o papel do magnésio na prevenção e tratamento da pressão arterial. Essa revisão de 2021 revisa justamente esses artigos, bem como os possíveis mecanismos de ação. Analisando os estudos em humanos observa-se que pessoas com baixa ingestão de magnésio ou baixa quantidade de magnésio sérico têm maior risco de desenvolver hipertensão arterial. Além disso, temos algumas meta-análises que já demonstram que a suplementação com magnésio pode ajudar a diminuir a pressão arterial. Pensando em mecanismos de ação, os mais importantes, de acordo com os autores são: magnésio auxilia na regulação do tônus e contração vascular, diminui resistência à insulina (que é comum em pacientes com hipertensão) e diminui inflamação e estresse oxidativo. Vale destacar que o papel do magnésio no controle do tônus e contração vascular pode ser devido a vários motivos, incluindo: antagonismo ao cálcio, melhora de função endotelial, modulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, possível diminuição da secreção de catecolaminas e diminuição da calcificação vascular. Ou seja, ajustar a ingestão dietética de magnésio é muito importante. Em alguns casos, a suplementação também será necessária. Mas isso, apenas um profissional poderá avaliar melhor o seu caso. Procure um nutricionista! Ele é o profissional que mais entende sobre nutrientes.

Antioxidantes e hipertensão

O aumento da pressão arterial é um problema comum e que pode aumentar o risco de várias outras doenças. Um dos fatores que contribuem para a hipertensão arterial (HAS) é o estresse oxidativo, caracterizado por um desbalanço entre produção de pró-oxidantes e antioxidantes. Antioxidantes são substâncias que inibem a oxidação e neutralizam os efeitos negativos dos radicais livres. Pensando em antioxidantes, temos um papel bem importante da alimentação. Vários alimentos possuem substâncias com capacidade antioxidante, em especial as frutas, vegetais, chocolate amargo, café, chás, especiarias e temperos, etc. Nesse estudo, foram acompanhadas em mais de 40 mil mulheres, acompanhadas por mais de 12 anos e observado 9350 novos casos de HAS ao longo desses anos de acompanhamento. De forma interessante, os autores observaram uma correlação entre a capacidade antioxidante total (TAC) da dieta e o risco de HAS. As mulheres que tinham uma maior TAC, ou seja, consumiam mais alimentos com capacidade antioxidante, tinham um risco 15% menor de desenvolver HAS. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Selênio e hipertensão gestacional

A deficiência de micronutrientes afeta várias questões da gestação. A hipertensão induzida pela gestação afeta 5-10% das gestantes e, em casos graves, pode levar até a morte da mãe e do bebê. A etiologia não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que o estresse oxidativo tem um papel relevante no desenvolvimento da hipertensão gestacional. Um dos nutrientes com excelente ação antioxidante é o selênio. Mas será que a ingestão de selênio no início da gestação pode influenciar no risco de hipertensão gestacional? Foi isso que esse estudo publicado em 2019 investigou. Após analisar 121 mulheres que desenvolveram hipertensão gestacional e 363 mulheres controle (sem hipertensão) foi visto que selênio abaixo de 57,68 µg/L aumentava em mais de 15 vezes o risco de desenvolver hipertensão gestacional quando comparado com mulheres com nível de selênio maior que 66,6 µg/L. Ou seja, é muito importante ajustar a ingestão alimentar de selênio. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Gengibre e doenças crônicas

As especiarias são uma importante fonte de sabor para as preparações culinárias, e, além disso, fornecem fitoquímicos, que são substâncias associadas com efeitos benéficos à saúde! O gengibre (Zingiber officinale) é uma das especiarias mais utilizadas no mundo, e por conter uma grande quantidade de compostos bioativos, como o gingerol, exerce várias funções no organismo humano, inclusive participando da prevenção de doenças longo prazo. Foi fundamentado nessa afirmação que os autores dessa publicação, de abril de 2017 avaliaram a prevalência de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, dislipidemia, esteatose hepática, etc…) e o consumo diário de gengibre. Os autores observaram 4628 pessoas, e concluíram que a ingestão diária de gengibre (2-6 g/dia) foi associada com a redução de risco de hipertensão e doença coronariana, levando os pesquisadores a concluir que o gengibre poderia ser um fator preventivo para essas doenças. Vale destacar que já existem outros estudos mostrando que o gengibre pode ser interessante para ajudar no tratamento ou prevenção de outras doenças. Aqui no Nutrir com Ciência já falamos do efeito do gengibre em outras situações, como na redução de cólica menstrual, você lembra?! É importante ressaltar que o efeito do gengibre também depende da forma que você utilizará esse alimento. Antes de tornar essa informação um senso comum, e para saber qual a melhor forma de consumir, bem como a quantidade ideal para você, consulte o seu nutricionista!