Aveia e imunidade

Uma ótima nutrição é fundamental para que o sistema imunológico funcione da maneira adequada. E isso envolve ter um padrão alimentar saudável e ingerir a quantidade adequada de vários macros e micronutrientes. Além disso, alguns fitoquímicos de alguns alimentos e o efeito da alimentação no intestino e na microbiota também desempenham um papel importante. Pensando nisso, alguns alimentos estão sendo estudados. E nessa revisão de 2021, os autores abordam os efeitos da aveia na imunidade. O autores colocam que a aveia, por conta das suas fibras (beta-glucanas), de nutrientes como o ferro, cobre, zinco e de compostos polifenólicos (ex: ácido ferúlico e avenantramidas) podem auxiliar na otimização do sistema imune inato e adaptativo. Além disso, a aveia pode trazer benefícios para o intestino e para a microbiota, o que também está relacionado com a imunidade. Mas lembre-se, não existe nenhum alimento “milagroso”. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Vitamina A e pele

Pensar em pele vai muito além de beleza. Uma das funções da pele é de defesa contra micro-organismos. Mas você sabe o que a vitamina A tem a ver com isso? Os autores dessa revisão de 2021 abordam os pontos mais relevantes sobre o assunto. Primeiro, a vitamina A é importante para auxiliar na imunidade da pele, em especial pela sua ação nos mastócitos (célula envolvida do sistema imune inato) e nas células de Langerhans (que são células apresentadoras de antígenos na pele). Além disso, a vitamina A pode influenciar na microbiota da pele e na proliferação adequada dos queratinócitos (principal célula que forma a camada mais externa da pele – epiderme). Por fim, a vitamina A também parece ajudar a diminuir a expressão dos TLR (receptores que estão associados à inflamação). Ou seja, temos vários benefícios da vitamina A para a pele. Você ingere quantidades adequadas dessa vitamina na dieta? Será que você precisa de um suplemento? Procure um nutricionista para avaliar o seu caso e fazer os ajustes necessários.

 

Chlorella

A Chlorella é uma alga verde unicelular produzida e distribuída em todo o mundo como suplemento dietético. Os produtos de Chlorella contêm vários nutrientes e vitaminas, incluindo vitamina D e vitamina B12, que estão ausentes em fontes de alimentos derivados de plantas. A maioria das pessoas conhece a Chlorella para melhorar o processo de destoxificação. Mas será que é só para isso que ela funciona? Quais os outros benefícios? Nessa revisão publicada agora em 2020, os autores colocam que além dos efeitos destoxificantes, a Chlorella também parece ter efeitos na imunomodulação, atividade antioxidante e efeitos contra diabetes, hipertensão e hiperlipidemia. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Selênio e COVID-19

Um grande esforço da ciência está sendo feito nos últimos meses para tentar entender melhor sobre a doença COVID-19. Algumas estratégias nutricionais também estão sendo estudadas, em especial, estratégias que influenciam no sistema imunológico. Um dos nutrientes importantes para o sistema imunológico é o selênio, encontrado, em especial, na castanha do Brasil. Nesse artigo publicado há poucas semanas, os autores investigaram os níveis de selênio sérico em pacientes com o corona vírus e correlacionaram com a taxa de morte ou sobrevivência. Após análises, foi observado que os pacientes que sobreviveram ao COVID-19 tinham níveis maiores de selênio no sangue do que os pacientes que morreram. Porém, ainda não podemos afirmar causalidade. O que foi observado foi correlação. Mas, na dúvida, vale a pena você ajustar a quantidade de selênio na alimentação. Aqui, é importante mencionar que é super fácil conseguir selênio através da alimentação e que não é para “sair por aí” querendo suplementar selênio. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Chá verde e infecção respiratória

Vamos começar o ano falando de prevenção de doenças através da alimentação?? SIIMMM!!! Nesse estudo publicado agora em 2020, os autores investigaram o papel das catequinas do chá verde na prevenção de infecções do trato respiratório superior. Para isso, os autores dividiram 270 pessoas em 3 grupos: grupo placebo (bebida com 100 mg de goma xantana), grupo com baixa catequina (bebida com 57 mg de catequinas + 100 mg de goma xantana – 1 x/dia) ou alta catequina (bebida com 57 mg de catequinas + 100 mg de goma xantana – 3 x/dia) e mantiveram isso por 12 semanas. Após esse período, a incidência de infecção do trato respiratório superior foi de 26,7% para o grupo placebo, 28,2% para o grupo com baixa catequina e 13,1% para o grupo com alta catequina. Ou seja, quem recebeu 57 mg de catequina, 3x/dia, conseguiu diminuir a incidência das infecções respiratórias. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Ácidos graxos e imunidade

Os ácidos graxos (gorduras) derivados da dieta são fontes essenciais de energia e componentes estruturais fundamentais das células. Eles também desempenham papéis importantes na modulação das respostas imunes na saúde e na doença. E é sobre a importância dos ácidos graxos para a imunidade que esse artigo de 2019 discute. Os ácidos graxos saturadas e os insaturados influenciam nas funções das células imunes do sistema inato e adaptativo, alterando a composição e a fluidez da membrana e agindo através de receptores específicos. Um desequilíbrio entre os ácidos graxos saturados e insaturados, bem como um desequilíbrio entre ácidos graxos poli-insaturadas n-6/n-3, tem consequências significativas na homeostase do sistema imunológico, contribuindo para o desenvolvimento de muitas doenças alérgicas, autoimunes e metabólicas. Por isso, procure um nutricionista para te ajudar a ajustar os lipídeos da sua alimentação.

Selênio e sistema imune

O selênio é um mineral essencial, cuja principal fonte alimentar é a castanha do Brasil. Sua deficiência pode aumentar o risco de várias doenças, incluindo câncer, doença neurodegenerativa, doenças cardiovasculares, entre outras. Mas você sabia que ele também é importante para diminuir risco de infecções virais? O selênio no nosso corpo é importante para formar a selenocisteína, que é um aminoácido necessário para formar as selenoenzimas. Essas selenoenzimas normalmente estão associadas com um controle do estresse oxidativo e demonstram estar envolvidas em processos de infecção viral. Logo, ajustas a quantidade de selênio ingerida é muito importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Vitamina D e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada por inflamação em articulações, como dedos das mãos, punho, cotovelo, joelho, etc. Quando falamos em doenças autoimune sempre nos vem na cabeça a vitamina D. Mas o que temos de comprovação? Essa revisão publicada esse ano discute justamente o papel da vitamina D na artrite reumatoide. Após avaliar vários artigos, os autores colocam que a vitamina D pode regular a imunidade inata e adaptativa principalmente através da produção e diferenciação de linfócitos B e linfócitos T. Além disso, essa vitamina consegue diminuir a síntese de citocinas inflamatórias como IL-2, INF-γ e TNF-α. Essas propriedades imunomoduladoras da vitamina D a tornaram um fator importante em múltiplas condições autoimunes, incluindo a artrite reumatoide. Níveis séricos de vitamina D estão inversamente associados à suscetibilidade de desenvolver a doença, bem como com a complexidade da doença já instalada. Entretanto, ainda são necessários mais estudos investigando o papel da suplementação com vitamina D no tratamento de pessoas com artrite reumatoide. Mas o que se sabe é que manter níveis adequados nessa vitamina é bem importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Vitamina D e rinite

A vitamina D é um assunto recorrente aqui no Nutrir com Ciência, mostrando seu envolvimento em várias funções e doenças. Agora vejam que estudo interessante: foi investigado se existe alguma relação da vitamina D com rinite alérgica. Após analisar pessoas com e sem rinite alérgica, os autores demostraram que embora os níveis totais de 25(OH)vitamina D não diferiam entre os grupos, nas pessoas com rinite alérgica, os níveis de 25(OH)vitamina D era inversamente associado aos níveis de eosinófilos (um dos tipos de células brancas do sangue que está associada à alergias). Ou seja, isso sugere um possível envolvimento, embora os exatos mecanismos ainda precisam ser mais estudados. Vale destacar que o estudo não fez nenhuma intervenção. Dessa forma, ainda não podemos afirmar nada… Mas vale a pena ficarmos atentos as próximas publicações!

Intestino e doenças neurodegenerativas

Não é novidade aqui no Nutrir com Ciência o papel da microbiota em vários outros órgãos do corpo. E, cada vez mais, estuda-se a relação do intestino em doenças neurológicas. Nessa revisão publicada esse ano os autores abordam 3 principais mecanismos básicos que medeiam a comunicação entre intestino e cérebro:

1)      Comunicação neuronal direta

2)      Mediadores endócrinos

3)      Sistema imunológico

Os autores colocam que esses 3 pontos criam uma rede de comunicação molecular que pode influenciar no desenvolvimento da doença de Alzheimer, doença de Parkinson e da Esclerose Lateral Amiotrófica. Dessa forma, os autores concluem que o uso de probióticos pode auxiliar na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas. Procure seu Nutricionista para personalizar sua dieta em prol de melhorar o intestino e avaliar a necessidade de suplementação de probióticos!