Março amarelo: endometriose x inflamação

Cópia de Luana Manosso (1080 × 1350 px) (Post para Instagram (Quadrado)) (1)

O mês de março também é o mês de conscientização da endometriose.

A endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta milhões de mulheres, causando dor, desconforto e impactando a fertilidade.

Por que a inflamação é um problema? O tecido endometrial fora do útero ativa o sistema imunológico, gerando inflamação e estresse oxidativo. Isso contribui para os sintomas e progressão da doença.

Por outro lado, mudanças na alimentação e no Estilo de vida podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida!

Me acopanhe que darei mais dicas ao longo dos próximos posts.

Dieta inflamatória associada a pouca quantidade de sono pode aumentar o risco de câncer

Luana

Dormir bem é essencial para a saúde humana.

Um dos aspectos do sono é a duração do sono, que para adultos, recomenda-se de 7-8 h por noite.

Um recente estudo de coorte publicado agora em 2025 evidenciou que as pessoas que tinham uma dieta inflamatória e que tinham um sono com duração inadequada (menor ou igual a 6h/noite ou maior ou igual a 9h por noite) tinham risco aumentado de câncer colorretal.

Essa associação também foi observada com a combinação de obesidade + sono inadequado.

Ou seja, além de melhorar dieta e controlar o peso, melhorar o sono também é essencial.

E a nutrição pode te ajudar nisso!

Referência do artigo: Tembo, P.; et al. Nutrients., 17(3):370, 2025. Doi: 10.3390/nu17030370

Dieta do mediterrâneo e seus benefícios intestinais em pacientes com Parkinson

Luana Manosso

É muito comum pacientes com doença de Parkinson terem alterações gastrointestinais, em especial, constipação.

Um estudo publicado agora em setembro investigou o efeito da aderência a uma dieta do mediterrâneo por 8 semanas em pacientes com doença de Parkinson.

De modo interessante, os pacientes que fizeram uma dieta estilo mediterrâneo melhoraram sintomas de constipação e diminuíram calprotectina fecal (marcador de inflamação intestinal).

Referência: Rusch, C.; et al. Nutrients., 16(17):2946, 2024.Doi: 10.3390/nu16172946

Qualidade do carboidrato versus DCV relacionada à inflamação

Luana Manosso (2)

Algumas pessoas se preocupam apenas com calorias. Porém, a qualidade dos alimentos é de extrema importância. Hoje compartilho dados de um estudo publicado dia 27 de junho de 2024.

Os autores realizaram um estudo observacional prospectivo de 3.042 adultos livres de doenças cardiovasculares (DCV) que foram recrutados em 2002 e acompanhados por 20 anos.

No acompanhamento de 20 anos em 2022, 1.988 participantes tinham dados completos para avaliação de DCV. Após análises estatísticas, os autores observaram uma relação entre consumo de carboidrato ricos em fibras ou pobres em fibras e DCV.

Pessoas que tinham um alto teor de carboidrato na dieta mas que tinham uma alta ingestão de fibras tinham menos risco de ter DCV relacionada à inflamação. Por outro lado, alto consumo de carboidrato e baixo consumo de fibra aumentou ou risco.

Se você quiser saber detalhes do artigo, segue a referência: Giannakopoulou, S-P.; et al. Nutrients., 16(13):2051, 2024. Doi: 10.3390/nu16132051

Vitamina K e seu papel na inflamação

Luana Manosso (3)

A vitamina K (VK) compreende um grupo de substâncias com bioatividade de clorofila quinona e existe na natureza na forma de VK1 e VK2.

Sua função clássica é a de promover a coagulação sanguínea.
No entanto, com base em extensas pesquisas, o VK demonstrou potencial para a prevenção e tratamento de diversas doenças. Estudos demonstram os efeitos benéficos da VK na imunidade, capacidade antioxidante, regulação da microbiota intestinal, desenvolvimento epitelial, proteção óssea, entre outros.

Nesse artigo que revisão que compartilho com vocês hoje, os autores revisam os mecanismos de ação da VK e seus potenciais efeitos preventivos e terapêuticos em infecções (por exemplo, asma, COVID-19), inflamação (por exemplo, no diabetes mellitus tipo 2, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, câncer, envelhecimento, aterosclerose) e doenças autoimunes (por exemplo, doença inflamatória intestinal, diabetes mellitus tipo 1, esclerose múltipla, artrite reumatoide).

Referência: Xie, Y.; et al. J Inflamm Res., 17:1147-1160, 2024. DOi: 10.2147/JIR.S445806

Alto consumo de fibras pode diminuir inflamação

Luana Manosso (1080 × 1350 px)

Um recente estudo, publicado dia 19 de março deste ano, com mais de 16 mil participantes, evidenciou que aqueles que consomem maior quantidade de fibras via alimentação possuem níveis menores de PCR-us (proteína C reativa ultrassensível) – que é um marcador de inflamação.

(Ref: Su, M-Z.; Lee, S.; Shin, D. Nutrients., 16(6):888, 2024. Doi: 10.3390/nu16060888).

E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para te orientar sobre alimentação é o Nutricionista.

Dieta pró-inflamatória pode aumentar a ansiedade

dieta pro-inflamatoria e a ansiedade

Ter um padrão alimentar saudável é essencial para a saúde mental. Por outro lado, seguir uma dieta mais pró-inflamatória pode piorar a saúde mental.

Hoje eu compartilho com vocês um artigo publicado agora de 2024 com 96.679 pessoas que evidenciou que ter uma dieta mais pró-inflamatória aumentou o risco de ansiedade, em especial nas mulheres.

Ref: Zheng, J.; et al. Nutrients., 16:121, 2024. Doi: 10.3390/nu16010121

Magnésio e Inflamação

O magnésio (Mg) é um mineral que tem vários efeitos benéficos na saúde humana.   Um mecanismo hipotético que justifica tais efeitos é a ação do Mg nos parâmetros inflamatórios. No entanto, os estudos sobre este tema até o momento têm várias limitações importantes. De modo interessante, os autores desse artigo recém-publicado realizam uma meta-análise englobando 15 estudos para investigar se o Mg tem algum efeito em marcadores inflamatórios. Após análises estatísticas, foi evidenciado que a suplementação com Mg foi capaz de reduzir os níveis séricos de proteína C-reativa (PCR) – um marcador de inflamação. Além disso, a suplementação com Mg também conseguiu aumentar os níveis de óxido nítrico. As doses utilizadas nos estudos variaram de 250 – 500 mg/dia e o tempo de duração da suplementação variou de 4-24 semanas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar se você precisa de suplementação, qual a dose e por quanto tempo.

SOP e Q10

Inúmeras estratégias nutricionais podem ser interessantes para mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Nos últimos anos, têm se intensificado os estudos que avaliam o impacto da função mitocondrial na SOP. Nesse contexto, uma das estratégias nutricionais que poderia ser pensada é o uso de coenzima Q10. Nesse estudo, foi avaliado a suplementação de coenzima Q10 (100 mg/dia) ou placebo por 12 semanas em parâmetros metabólicos e de saúde mental nas mulheres com SOP. Após análises, foi evidenciado que o uso de coenzima Q10 diminuiu sintomas de depressão e ansiedade, diminuiu PCR (marcador de inflamação), testosterona total, DHEAS, MDA (marcador de estresse oxidativo) e hirsutismo. Além disso, foi observado um aumento no SHBG e na capacidade antioxidante total. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

.

Nutrição e dor crônica

A dor crônica é definida como qualquer dor persistente que dura mais de três meses. É uma condição debilitante com prevalência aumentada em idosos. A patogênese e progressão da dor crônica parece ser influenciada por uma combinação de fatores fisiológicos, psicossociais e de estilo de vida. De modo interessante, alguns desses fatores, incluindo padrões nutricionais, são passíveis de intervenções clínicas. Uma das estratégias nutricionais que pode beneficiar quem tem dor crônica é o consumo de alimentos e suplementos com ação anti-inflamatória, já que o aumento de inflamação pode piorar a dor. Neste estudo publicado agora em 2022, realizado com 318 pessoas com dor crônica e 82 pessoas sem dor, foi avaliado se os níveis de vitamina D e a razão entre ácidos graxo ômega-6 e ácidos graxos ômega-3 influenciavam nos níveis de proteína C reativa (PCR – marcador de inflamação) em pessoas com dor crônica. Após análises estatísticas, foi observado que deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e relação ômega-6:ômega-3 maior do que 5 foram associados com níveis maiores de PCR, sugerindo mais inflamação. Ou seja, ajustar os níveis e vitamina D e a ingestão alimentar para propiciar uma melhor relação entre w6 e w3 pode ser interessante para quem possuiu dores crônicas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!