Q10 e exercício

A prática de atividade física é bem importante para a saúde. Porém, exercícios extenuantes podem estar associados com mais risco de lesão, mais inflamação, estresse oxidativo e alterações em parâmetros hematológicos. Saber como modular e o momento de modular essas alterações trará benefícios para o indivíduo. Nesse estudo publicado esse ano, os autores avaliaram o efeito da suplementação com 200 mg de ubiquinol (coenzima Q10) ou placebo por 2 semanas em exercício extenuante em 100 indivíduos bem treinados. Após 2 semanas, o grupo que usou a coenzima Q10 aumentou parâmetros hematológicos e diminuiu citocinas inflamatórias. Mas lembre-se que dependendo da fase de treinamento que a pessoa se encontra, os objetivos podem ser diferentes. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Enxaqueca e emagrecimento

As dores de cabeça estão associadas com várias questões fisiopatológicas. Duas delas bem importantes são a inflamação e estresse oxidativo. Uma situação que aumenta inflamação e estresse oxidativo é a obesidade. Estudos já comprovam que pacientes obesos podem ter uma piora das dores de cabeça. Mas será que emagrecer melhora a dor de cabeça? E foi isso que essa meta-análise publicada em 2020 avaliou. Após avaliar 10 estudos, foi demonstrado que o emagrecimento (tanto por estratégias cirúrgicas ou não cirúrgicas) está associado com melhora das dores de cabeça. Emagrecer diminui a frequência, a severidade da dor, e a duração da dor de cabeça. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação e ajuda-lo a emagrecer é o Nutricionista!

Óleo de coco, EGCG e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, de caráter inflamatório, que deteriora a bainha de mielina dos neurônios. Devido à inflamação, também se aumenta o risco de outros problemas, como ansiedade, fadiga e incapacidade funcional. Por outro lado, algumas estratégias nutricionais podem ajudar a combater a inflamação e esses outros sintomas. Nesse estudo recém publicado, foi avaliado o impacto da associação de 60 mL óleo de coco com 800 mg EGCG (fitoquímico presente no chá verde) na inflamação, ansiedade e incapacidade funcional de pacientes com esclerose múltipla. O óleo de coco extravirgem foi administrado 2 vezes ao dia (30 mL no café da manhã e 30 mL no almoço). Já o EGCG foi administrado 400 mg de manhã e 400 mg de tarde, por um período de 4 meses. Um outro grupo recebeu placebo. Todos foram orientados a seguir uma dieta isocalórica, com 5 refeições ao dia, baseada na dieta do mediterrâneo. Após análises, o grupo que recebeu óleo de coco e EGCG melhorou os sintomas de ansiedade e a incapacidade funcional. Ambos os grupos diminuíram os níveis de IL-6 (marcador inflamatório). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta inflamatória e intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma das desordens gastrointestinais funcionais mais comuns, apresentando sintomas como dor abdominal e mudanças nos hábitos intestinais. A etiologia não é totalmente elucidada, mas sabe-se que alguns fatores podem influenciar, como: suscetibilidade genética, sexo feminino, histórico familiar e fatores alimentares. Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores avaliaram o efeito de uma dieta inflamatória no risco de desenvolver síndrome do intestino irritável. Essa dieta inflamatória é caracterizada por um alto consumo de industrializados, farináceos, gordura saturada, gordura trans, açúcares e pobre em fibras, gorduras insaturadas, fitoquímicos e micronutrientes. Após análises, foi observado que as pessoas com maior score de índice inflamatório da dieta possuem 36% mais risco de ter síndrome do intestino irritável. Se considerarmos apenas indivíduos com sobrepeso ou obesidade, aqueles com dieta mais inflamatória tem um risco 64% maior de ter síndrome do intestino irritável. Por isso, ajustar a dieta é muito importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Magnésio, fibra e SOP

Já falei algumas vezes sobe a importância da alimentação na síndrome do ovário policístico (SOP). Um dos pontos importantes é a modulação no consumo de carboidrato nessas mulheres. Mas esse não é o único ponto a ser pensado. De forma bem interessante, esse artigo publicado em 2019 investigou a associação entre o consumo de fibra e de magnésio (um mineral bem importante para o nosso corpo) e parâmetros envolvidos na fisiopatologia da SOP. Primeiramente, os autores demonstraram que as mulheres com SOP ingeriam menos fibra e menos magnésio na dieta. Depois, foram realizadas análises estatísticas e demonstrado que a ingestão de fibra foi inversamente correlacionada com resistência à insulina, insulina em jejum, testosterona e DHEAS. Já o consumo de magnésio foi inversamente correlacionado com: resistência à insulina, PCR (proteína C-reativa) e testosterona; e positivamente relacionado com HDL-colesterol. Ou seja, aumentar fibra e magnésio tende a trazer benefícios para a SOP. E lembre-se, para ajustar a alimentação, procure o Nutricionista.

Magnésio e insulina

O magnésio é o quarto mineral essencial mais abundante no corpo. Ele age como cofator para mais de 600 enzimas no nosso corpo, além de ter outras funções importantes. Um papel bem importante do magnésio é no controle da insulina. Mas você sabe qual o mecanismo de ação do magnésio na homeostase desse hormônio tão importante? É sobre isso que essa revisão de 2019 discute. Os autores colocam que o magnésio auxilia no controle da insulina por influenciar nas células beta-pancreáticas (que produzem a insulina). Além disso, o magnésio também regula a ação da insulina por agir em vários pontos diferentes da cascata de sinalização intracelular, além de diminuir a inflamação. Ou seja, ajustar a quantidade de magnésio ingerido na alimentação é bem importante quando pensando em controle glicêmico, resistência à insulina e diabetes. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Aditivo e Intestino

Doenças inflamatórias intestinais são doenças complexas e multifatoriais. Mas a alimentação tem um papel crucial. Enquanto alguns alimentos parecem ser benéficos, outros podem piorar as doenças inflamatórias intestinais. Nessa revisão publicada em 2019, os autores investigam o papel dos aditivos alimentares, presentes na maior parte dos alimentos industrializados, na piora dessas doenças intestinais. Os autores colocam que embora ainda sejam necessários mais estudos epidemiológicos, já existem sugestões de que aditivos alimentares e excesso de sal podem exacerbar a inflamação intestinal, podendo piorar as doenças inflamatórias intestinais. Por isso, ajustar a alimentação é muito importante. E o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre isso é o Nutricionista. Procure o seu.

Azeite de oliva e DCV

O azeite de oliva extra virgem é um alimento que está ganhando destaque nos últimos anos. Ele possui ácido oleico (um ácido graxo monoinsaturado), além de vitamina E, polifenóis (como tirosol, hidroxitirosol e oleuropein) e esqualeno. Várias pesquisas estão avaliando os possíveis benefícios desse alimento para a saúde humana. Nessa revisão de 2019, os autores revisaram dados sobre o azeite de oliva e doenças cardiovasculares (DCV). Os autores colocam que, embora ainda sejam necessários mais estudos em humanos, existe sugestões de que o azeite de oliva pode auxiliar a diminuir o risco de DCV, em especial por diminuir a inflamação e o estresse oxidativo (que são duas situações associadas com a DCV). Porém, para um benefício do azeite de oliva, é importante que ele seja de boa qualidade e que tenha boas condições de armazenamento. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta vegetariana e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. As articulações das mãos, pulsos e joelhos são as mais afetadas. Doenças infecciosas, cigarro e alteração na microbiota intestinal são alguns dos fatores associados com a progressão dessa doença. Além disso, mudanças alimentares podem influenciar na artrite reumatoide. Nessa revisão de 2019 os autores discutem sobre o papel de uma dieta mais baseada em plantas e com menos produtos de origem animal para artrite reumatoide. Embora ainda sejam necessários mais estudos para termos uma real certeza do efeito de uma dieta vegetariana para artrite reumatoide, já existem alguns dados sugerindo que excesso de carnes vermelhas, leite e derivados podem exacerbar os sintomas da artrite reumatoide por conta do efeito inflamatório desses alimentos. Por outro lado, dieta baseada em plantas (frutas, verduras) vão ter vários fitoquímicos e fibras, que vão ajudar a diminuir a inflamação e a modular a microbiota intestinal. Assim, diminuir produtos de origem animal e aumentar produtos de origem vegetal parece ser uma estratégia interessante para auxiliar no tratamento da artrite reumatoide. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Selênio e sistema imune

O selênio é um mineral essencial, cuja principal fonte alimentar é a castanha do Brasil. Sua deficiência pode aumentar o risco de várias doenças, incluindo câncer, doença neurodegenerativa, doenças cardiovasculares, entre outras. Mas você sabia que ele também é importante para diminuir risco de infecções virais? O selênio no nosso corpo é importante para formar a selenocisteína, que é um aminoácido necessário para formar as selenoenzimas. Essas selenoenzimas normalmente estão associadas com um controle do estresse oxidativo e demonstram estar envolvidas em processos de infecção viral. Logo, ajustas a quantidade de selênio ingerida é muito importante. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.