Vitamina D e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada por inflamação em articulações, como dedos das mãos, punho, cotovelo, joelho, etc. Quando falamos em doenças autoimune sempre nos vem na cabeça a vitamina D. Mas o que temos de comprovação? Essa revisão publicada esse ano discute justamente o papel da vitamina D na artrite reumatoide. Após avaliar vários artigos, os autores colocam que a vitamina D pode regular a imunidade inata e adaptativa principalmente através da produção e diferenciação de linfócitos B e linfócitos T. Além disso, essa vitamina consegue diminuir a síntese de citocinas inflamatórias como IL-2, INF-γ e TNF-α. Essas propriedades imunomoduladoras da vitamina D a tornaram um fator importante em múltiplas condições autoimunes, incluindo a artrite reumatoide. Níveis séricos de vitamina D estão inversamente associados à suscetibilidade de desenvolver a doença, bem como com a complexidade da doença já instalada. Entretanto, ainda são necessários mais estudos investigando o papel da suplementação com vitamina D no tratamento de pessoas com artrite reumatoide. Mas o que se sabe é que manter níveis adequados nessa vitamina é bem importante. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Chá e depressão

A depressão é um transtorno de humor multifatorial e que tem aumentado nos últimos anos. Vários alimentos podem ajudar no tratamento desse problema. Um deles é o consumo de chás, em especial o da planta Camellia sinensis, tanto na forma de chá verde, quanto na forma de chá preto. Essa revisão publicada em 2019, os autores abordam os possíveis mecanismos pelos quais o consumo desse chá pode ajudar na depressão. Dentre os estudos, sugere-se que a Camellia sinensis pode ajudar a modular o estresse, diminuir inflamação, modular as monoaminas e agir em vias de sinalização celular, incluindo vias que aumentam o BDNF (um fator neurotrófico que traz benefícios pensando em depressão). Todos esses fatores poderiam ajudar no tratamento da depressão. Porém, vale lembrar que esse transtorno de humor é complexo e que é necessário um tratamento multidisciplinar. Mas a alimentação adequada é um desses pontos, por isso, procure um Nutricionista.

Vitamina D e DII

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são doenças crônicas caracterizadas por inflamação e a ulceração em todo o trato gastrointestinal. As duas principais formas de DII são a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Um dos nutrientes importantes para diminuir a inflamação é a vitamina D. Pacientes com DII parecem ter menos vitamina D do que pacientes controle. Mas quais seriam as ações da vitamina D nas DII? Essa revisão publicada agora em 2019 avaliou justamente isso. Após revisão vários artigos, os autores colocam que os principais benefícios da vitamina D são: regula a função da microbiota gastrointestinal; promove respostas anti-inflamatórias; e melhora respostas imunes tolerogênicas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Probióticos, simbióticos e inflamação

Várias doenças crônicas estão associadas com um aumento de inflamação, desde diabetes, obesidade até depressão e Alzheimer. Por outro lado, a alimentação tem um papel bem importante para diminuir a inflamação. Além disso, o papel do intestino também é relevante. Nessa revisão sistemática e meta-análise publicada em 2019, os autores investigaram o papel dos probióticos e simbióticos (probióticos + prebióticos) em marcadores inflamatórios em pessoas saudáveis e em algumas doenças. Após análises, foi observado que em doenças, a suplementação com probióticos ou simbióticos pode diminuir marcadores de inflamação, em especial a PCR (proteína C reativa) e o TNF-α (fator de necrose tumoral α). Já em pacientes saudáveis, o efeito na diminuição da inflamação é mais leve. Porém, mais estudos clínicos são necessários para avaliar se da para generalizar esses efeitos para todas as pessoas ou não. Mas o que não se tem mais dúvida é que manter o intestino funcionando de forma adequada e com uma microbiota saudável é sim muito importante para a saúde. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Microbiota e autismo

Nós últimos anos tem surgido alguns estudos que sugerem que uma alteração na microbiota intestinal pode ser um dos fatores envolvidos no desenvolvimento do transtorno de espectro autista (TEA). Além disso, vários estudos mostram uma associação entre alteração da microbiota intestinal e sintomas neurocomportamentais em crianças com TEA. Pensando nisso, estudos tem investigado o papel da utilização de probióticos nessas crianças. Nessa revisão de 2019 os autores abordam a presença de disbiose em crianças com TEA e colocam que dentre vários mecanismos que podem estar associados com essa relação entre o intestino e o cérebro, o papel da inflamação, alteração na via da serotonina e alteração na formação de ácidos graxos de cadeia curta, que ocorre em situações de disbiose intestinal, são uns dos principais responsáveis por gerar alteração no cérebro de crianças com TEA. Além disso, os autores colocam que o uso de probióticos, em especial múltiplas cepas (incluindo Lactobacillus, Bifidobacterium e Coccus), pode ser uma estratégia interessante para auxiliar na melhora dos sintomas neurocomportamentais e alterações intestinais nas crianças com TEA. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Carnitina, cromo e SOP

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma doença multifatorial que afeta vários órgãos endócrinos. Algumas das alterações que as mulheres com SOP podem ter são: alteração no ciclo menstrual, hirsutismo (aumento de pelos), aumento de inflamação e estresse oxidativo, alteração em sintomas mentais, etc. Por outro lado, várias estratégias nutricionais estão sendo estudadas para tentar melhorar esses sintomas e a própria SOP em si. Vários estudos investigam o papel isolado da carnitina e do cromo na SOP. Esse estudo de 2019, resolveu avaliar os efeitos da co-suplementação dessas duas estratégias. Para isso, os autores suplementaram placebo OU 1000 mg de carnitina com 200 mcg de cromo por 12 semanas em 54 mulheres com SOP. Após esse período, as mulheres que receberam a co-suplementação melhoraram mais dos sintomas de humor, melhorou os parâmetros hormonais (diminui testosterona total e hirsutismo), diminui PCR (marcador de inflamação) e MDA (marcador de estresse oxidativo) e aumentou a capacidade antioxidante total. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alecrim

O Rosmarinus officinalis, conhecido popularmente como alecrim, é uma planta amplamente espalhada pelo mundo, com uso culinário e medicinal. Ele possui vários fitoquímicos, incluindo: ácido cafeico, ácido ursólico, ácido clorogênico, ácido rosmarínico, carnosol, ácido oleanólico, entre outros. Vários estudos investigam os possíveis efeitos terapêuticos do alecrim para a saúde humana. Nessa revisão publicada em 2019, os autores revisão sobre as possíveis ações do alecrim e colocam que ele parece ter ações: antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiproliferativa, neuroprotetora, antinociceptiva, melhora de dislipidemia e controle de peso, entre outras. Porém, ainda são necessários mais estudos clínicos para entender melhor o efeito e analisar dosagens do alecrim. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Parkinson, ômega-3 e vitamina E

A doença de Parkinson é uma desordem progressiva que se relaciona com sintomas motores (como bradicinesia, rigidez e tremor) e sintomas não motores (como depressão e problema cognitivo). Dentre vários fatores associados com a fisiopatologia, destaca-se o papel do estresse oxidativo e da inflamação. Estudos tem sugerido que modular PPAR-γ gere um efeito neuroprotetor no estresse oxidativo, apoptose e neuroinflamação na doença de Parkinson. Nesse estudo publicado em 2019, foi avaliado o efeito da suplementação com ômega-3 (1000 mg) e vitamina E (400 UI) ou placebo por 12 semanas em marcadores inflamatórios e no PPAR-γ de pacientes com doença de Parkinson. Após tratamento, observou-se que os pacientes que receberam a suplementação com ômega-3 e vitamina E tiveram uma diminuição na expressão gênica do TNF-α (associado com inflamação), aumentaram a expressão do PPAR-γ e diminuíram a expressão do receptor da LDL oxidada. Ou seja, a suplementação melhorou parâmetros associados à inflamação e estresse oxidativo, o que poderia repercutir em benefícios para os pacientes com doença de Parkinson. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Sal e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune sistêmica caracterizada por inflamação que gera alterações nas “juntas”/articulações. A fisiopatologia não é totalmente elucidada, mas sugere-se o envolvimento a IL-17. Nesse estudo publicado agora em 2019, os autores investigaram a influência do cloreto de sódio (sal) na artrite reumatoide. Avaliando pacientes com artrite, foi demonstrado que esses pacientes tinham mais sódio e IL-17 no fluido sinovial. Em experimento com animais, o cloreto de sódio piorou a artrite e aumentou a IL-17. A conclusão dos autores foi que que o cloreto de sódio pode piorar a artrite e que, por isso, uma das estratégias para auxiliar no tratamento é limitar o consumo de sal. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Aditivo alimentar e intestino

Já falei várias vezes sobre a importância de ter um intestino funcionando bem e uma microbiota adequada. Mas você sabia que os aditivos alimentares (presentes na maioria dos produtos industrializados) podem influenciar no intestino? Essa revisão de 2018 aborta justamente isso. Os autores colocam que os aditivos alimentares, em especial os espessantes, podem piorar a microbiota intestinal, aumentar a inflamação e aumentar a permeabilidade intestinal. E, com o intestino alterado, pode-se piorar várias funções do organismo e aumentar o risco de vários sintomas, como compulsão alimentar. Sobre esse ponto, alguns estudos já sugerem que o alto consumo de aditivos alimentares podem alterar peptídeos cerebrais relacionados com o controle da fome e saciedade. Ou seja, quanto mais alimento in natura você consumir e menos industrializado, melhor. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.