Mês passado falamos do intestino para a melhora do fígado. Mas os estudos mostrando os benefícios de modular o intestino não param. Nesse estudo de revisão publicado em 2018 os autores colocam o papel dos prebióticos (que funcionam como os “alimentos” para as bactérias do nosso intestino) no metabolismo ósseo. Os autores colocam que o uso de prebióticos pode melhorar o funcionamento intestinal, melhorar a microbiota e diminuir a permeabilidade intestinal e, tudo isso, contribui para diminuir a inflamação e melhorar o metabolismo ósseo. Além disso, os prebióticos ajudam a melhorar o metabolismo do cálcio, melhorando a absorção desse nutriente que é importante para a saúde óssea. Não sabe como adicionar probióticos no seu dia-a-dia?! Procure o seu nutricionista!
Category: Inflamação
Curcumina e intestino
Com frequência o tema curcumina aparece por aqui, não é mesmo. E de fato, esse composto presente no açafrão da terra tem diversos efeitos benéficos para a saúde. Mas você sabia que existe uma relação entre microbiota e curcumina? Nessa revisão publicada esse ano os autores abordam essa associação bidirecional entre curcumina e microbiota intestinal. Por um lado, a curcumina pode ajudar a modular de forma benéfica a microbiota intestinal, além de diminuir a inflamação do intestinal. Por outro lado, a microbiota intestinal pode influenciar na biodisponibilidade da curcumina. Quer saber como utilizar e a melhor forma de aproveitar os benefícios desse composto? Procure um nutricionista! Ele é o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação!
Intestino e fígado
O bom funcionamento intestinal e uma microbiota intestinal adequada são dois pontos que influenciam em vários órgãos, incluindo o fígado. De forma bem interessante, esse estudo de 2018 avaliou a relação da microbiota intestinal com marcadores envolvidos da cirrose hepática e hepatite. Primeiros os autores demonstraram que o número de Enterobacteriaceae, Enterococcus, Staphylococcus aureus e Saccharomyces estavam aumentados em pacientes com cirrose hepática e hepatite. Por outro lado, esses pacientes tinham níveis diminuídos de Lactobacillus, Bacteroides, Bifidobacterium e Clostridium. Além disso eles também observaram que os níveis de IL-17 estavam aumentados e de vitamina D diminuídos em pacientes. De forma interessante, os autores também demostraram algumas associações nos pacientes com cirrose hepática:
– Enterobacteriaceae correlacionou-se positivamente com o tempo de protrombina;
– Enterococcus correlacionou-se positivamente com os níveis de alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase;
– Bifidobacterium correlacionou-se negativamente com a aspartato aminotransferase e fosfatase alcalina;
– Bacteroides correlacionou-se negativamente com o nível de aspartato aminotransferase e com o tempo de protrombina.
Ou seja, a microbiota intestinal pode influenciar no funcionamento hepático. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Polifenois, intestino e humor
Uma alimentação adequada é super importante para auxiliar a melhor do humor. Nessa revisão desse ano, os autores discutem sobre o papel dos polifenois dietéticos na regulação do intestino e do humor. Uma dieta rica em frutas, verduras e especiarias proporciona uma grande quantidade de polifenois. Esses polifenois podem atuar diminuindo a inflamação do intestino e melhorando a microbiota, o que comunicaria o cérebro e melhoraria já de forma indireta, o humor do paciente. Além disso, alguns polifenois também conseguem atravessar a barreira hemato-encefálica e chegar no cérebro, agindo de forma direta diminuindo a inflamação no cérebro, aumentando a neurogênese e melhorando o humor. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!
Probióticos e SOP
A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma desordem endócrina caracterizada por várias alterações clínicas e metabólicas. Uma alteração bem comum de se encontrar é o aumento da inflamação. Nesse estudo publicado em 2018, os autores utilizaram 4 cepas de probióticos (Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus fermentum e Lactobacillus gasseri), na quantidade de 1 bilhão de UFC de cada uma das cepas ou placebo, em mulheres com SOP e avaliaram a influência dessa intervenção no peso corporal e em marcadores de inflamação. Após 12 semanas, quem utilizou probióticos, diminuiu mais o peso corporal, o índice de massa corporal (IMC) e tiveram um aumento nos níveis plasmáticos de IL-10 (uma citocina com ação anti-inflamatória). Ambos os grupos (probiótico e placebo) tiveram uma diminuição de marcadores inflamatórios (IL-6 e PCR ultrassensível). Embora ainda sejam necessários mais estudos, sugere-se que o uso de probióticos possa auxiliar na modulação da inflamação nas mulheres com SOP, o que melhoraria os aspectos fisiopatológicos dessa doença. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!
Inflamação e depressão
Uma das questões envolvidas na fisiopatologia da depressão é a inflamação. E essa inflamação pode ter origem de várias situações, incluindo a obesidade e uma disbiose intestinal. Nessa revisão publicada em 2018, os autores discutem justamente sobre essa relação. Na presença de obesidade ou de uma disbiose intestinal ocorre aumento de citocinas inflamatórias no sangue. Essa inflamação de baixo grau, porém crônica, pode alterar a barreira hematoencefálica e gerar alterações neurológicas, que culminaram em alterações comportamentais, aumentando sintomas depressivos. Por outro lado, quanto mais depressão, mais inflamação acaba ocorrendo, aumentando ainda mais a obesidade e virando um ciclo vicioso. Por isso que controlar o peso e melhorar o intestino é tão importante para melhorar o humor. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!
Curcumina e doenças crônicas
Se você me acompanha a mais tempo já sabe de vários benefícios da curcumina, não é mesmo? Ainda não está convencido(a) da importância de adicionar a Curcuma longa (açafrão da terra) na sua alimentação? Essa revisão publicada esse ano faz um apanhado geral de vários estudos da curcumina (o principal constituinte do açafrão da terra) melhorando várias doenças crônicas. Os autores colocam que já existem evidências de que a curcumina pode ser interessante para auxiliar no tratamento e/ou prevenção da obesidade, síndrome metabólica, diabetes, doenças hepáticas, câncer, doenças de pele, depressão, artrite, inflamação intestinal e TPM. Porém, ainda existe a necessidade de mais estudos para uma melhor compreensão e definição de dose. Mas uma coisa é certa, vale a pena adicionar o açafrão da terra na sua alimentação! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Obesidade e fertilidade feminina
Sobrepeso e obesidade podem estar associados com uma piora na fertilidade em ambos os sexos. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre vários mecanismos pelos quais a obesidade pode piorar a fertilidade feminina. Alguns desses mecanismos podem agir de forma direta na fertilidade, como por exemplo: a obesidade pode piorar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, prejudicando a síntese hormonal e a maturação dos oócitos, com consequente piora na ovulação; e a obesidade também pode piorar a implantação endometrial. Além disso, a obesidade está associada com mais inflamação, mais resistência à insulina e mais problemas de coagulação que, de forma indireta, também podem afetar negativamente a fertilidade feminina. Por fim, a obesidade também pode aumentar hipertensão e risco de doença cardiovascular, que podem trazer complicações durante a gestação. Dessa forma, fazer a mulher emagrecer pode melhorar a chance de fertilidade. Mas lembre-se, avaliar cada caso individualmente é muito importante, procure por um bom nutricionista para orientá-lo melhor!
Curcumina e Alzheimer
A doença de Alzheimer é a doença neurodegenerativas mais comum no mundo. Ela é caracterizada por prejuízos de memória e cognição e mudanças de personalidade e de comportamento. A curcumina, encontrada no açafrão da terra (Curcuma longa) é uma das substâncias mais estudadas pensando em prevenção e/ou tratamento da doença de Alzheimer. Essa revisão desse ano aborda os principais pontos dessa associação. Após analisar vários artigos, os autores colocam que a curcumina pode ser interessante por manter a estrutura e função normais dos vasos cerebrais e das mitocôndrias e melhorar as sinapses. Além disso, ela parece ter um efeito anti-amiloide, consegue quelar metais pesados, além de ter atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Porém, mais estudos ainda são necessários. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.
Dieta inflamatória e mortalidade
Uma inflamação sistêmica aumenta o risco de várias doenças. Por outro lado, sabe-se que a ingestão alimentar é um dos fatores modificáveis envolvidos no desenvolvimento de várias doenças e dessa inflamação sistêmica. Nessa meta-análise publicada agora esse mês foi avaliado o índice inflamatório da dieta com o risco de mortalidade por algumas causas. Após análises, foi demonstrado que um maior índice inflamatório da dieta aumenta o risco de mortalidade por todas as causas, mortalidade por doença cardiovascular (DCV) e mortalidade por câncer. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!