Açafrão e doenças neurológicas

A depressão e a ansiedade são dois problemas bem comuns e com grande impacto econômico, social e pessoal. Dessa forma, estratégias nutricionais para melhorar esses problemas tem ganhado importância nos últimos anos. Uma dessas estratégias é o uso do açafrão verdadeiro (Crocus sativus). Vários estudos demonstram que esse fitoterápico, que também pode ser usado na alimentação ajuda a diminuir sintomas depressivos e a ansiedade. As doses utilizadas na maioria dos estudos é de 30 mg/dia (padronizado a 3,5% de safranal). Dentre seus mecanismos de ação, os autores dessa publicação agora de 2018 destacam o papel do Crocus sativus na diminuição da inflamação e do estresse oxidativo, sua função neuroprotetora e sua modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Mas lembre-se, individualidade é muito importante. Procure seu nutricionista para orientá-lo melhor.

Coenzima Q10 e enxaqueca

Já sabemos há algum tempo que a coenzima Q10 ajuda a melhorar a enxaqueca. Mas esse artigo publicado em 2018 foi além de melhora de sintomas. Os autores avaliaram também questões envolvidas na fisiopatologia da enxaqueca. Para isso, eles recrutaram 45 mulheres com enxaqueca e dividiram em dois grupos: um recebeu 400 mg/dia de coenzimas Q10 e outro recebeu placebo por 3 meses. Após o término do estudo, foi observado que o grupo que recebeu coenzima Q10 diminuiu a frequência, severidade e duração da enxaqueca. Além disso, a coenzima Q10 diminuiu o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e os níveis de inflamação das pacientes, dois fatores que estão associados com o aparecimento da enxaqueca. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Vitaminas e artéria

A rigidez arterial está associada com doenças cardiovasculares e morte. Pensando em prevenção, os autores desse estudo investigaram as principais vitaminas que podem ajudar a prevenir essas alterações nos vasos sanguíneos. As vitaminas protetoras que foram discutidas nesse trabalho foram: vitaminas A, B12, D, C, E e K. Dentre os mecanismos, destacam-se: melhora da função e endotelial (vitaminas A, D, C e E), efeitos metabólicos (A, B12, D, C, e K), inibição do sistema renina angiotensina aldosterona (vitamina D), efeito anti-inflamatório (vitaminas A, D, E e K), efeito antioxidante (vitaminas A, C e E), diminuição da homocisteina (vitamina B12) e reversão da calcificação das artérias (vitamina K). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Azeite e cérebro

Doenças neurológicas como AVC, Alzheimer e Parkison estão associadas com alta morbidade e mortalidade. Mas existem poucas ou nenhuma opções efetivas de tratamento. Assim, a prevenção é sempre a melhor opção. Esse estudo de revisão investigou o papel neuroportetor do azeite de oliva extra virgem. O azeite de oliva extra virgem possui mais de 200 compostos químicos diferentes, incluindo os compostos fenólicos. Os principais compostos estudados como tendo um papel na neurodegenaração são: oleuropeina, hidroxitirosol, oleocantal e tirosol. Acredita-se que essas substâncias podem conferir esse efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação e diminuir as vias fisiopatologicas envolvidas no desenvolvimentos das doenças neurológicas, como diminuição da beta amiloide (envolvida na doença de Alzheimer) e proteçao contra a 6(oh)dopamina (envolvida na doença de Parkinson). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Curcumina e Parkinson

A curcumina é um polifenol extraído da planta Curcuma longa, conhecida como Açafrão da terra. Dentre os vários benefícios da curcumina, ela parece ser interessante para o cérebro. Esse estudo de 2017 fez uma revisão sobre os possíveis benefícios da curcumina na doença de Parkinson. Embora os estudos sejam ainda em animais, eles são bem promissores. Após revisar vários artigos, os autores colocam 3 efeitos principais da curcumina na doença de Parkinson:
1) Curcumina diminui a inflamação;
2) Curcumina diminui o estresse oxidativo;
3) Curcumina diminui a morte de neurônios.
Esses três efeitos associados acabam exercendo um papel interessante como neuroprotetor!! Porém, vale destacar que ainda não podemos afirmar com 100% de certeza que isso trará benefícios também em humanos! Na dúvida, procure sempre um Nutricionista!

Vitamina B12 e doença de Crohn

       A doença de Crohn é uma doença gastrointestinal inflamatória crônica. Um problema muito comum nos pacientes que tem essa doença é a deficiência de vitamina B12. O tratamento padrão para contornar essa deficiência é o uso de vitamina B12 intramuscular (que só pode ser prescrita por médicos). Porém, esse recente estudo investigou se a suplementação ORAL (que pode ser prescrita por nutricionistas) também é eficaz. Primeiramente, o estudo demostrou que dos 94 pacientes com doença de Crohn avaliados, 76 tinham deficiência de vitamina B12 (≤200 pg/mL). Esses pacientes com deficiência de B12 receberam suplementação oral com B12 (em doses variadas). Após uma média de 120 dias de suplementação, 94,7% dos pacientes normalizaram seus níveis de vitamina B12. Vale destacar que dose menor de 1 mg/dia (dose de nutricionista pode prescrever) foi tão eficaz quanto dose acima de 1 mg/dia. Além disso, em outro grupo de 82 pacientes que foram previamente diagnosticados com deficiência de B12, foram tratados com suplementação oral de B12 para ver se o uso oral também conseguiria manter os ní­veis adequados dessa vitamina a longo prazo. Após uma média de 3 anos, a via oral foi efetiva como tratamento de manutenção em 81,7% dos pacientes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta inflamatória e obesidade

A obesidade é uma condição associada com um baixo grau de inflamação crônica. Sabendo que o estilo de vida, incluindo a alimentação, pode estar associado à inflamação, essa publicação de 2017 resolveu investigar a associação entre o potencial inflamatório da dieta e o risco de ficar com sobrepeso ou obesidade. Após analisar 7.025 pessoas por 8,1 anos, 1433 pessoas se tornaram obesas ou com sobrepeso. Após avaliar o consumo alimentar, observou-se que os indivíduos que consumiam uma dieta mais inflamatória tinham 32% mais risco de ficar com sobrepeso ou obesidade. Alguns alimentos inflamatórios são: excesso de gordura, açúcar, carnes vermelhas, alimentos processados, etc. Ou seja, quanto mais “natural” a alimentação, com “comida de verdade” e manos alimentos industrializados, melhor! Mas lembre-se, procure um nutricionista para ajudá-lo a melhorar sua alimentação!

Suplementação e acne

A acne é a desordem da pele mais comum e afeta tanto adolescentes quanto adultos. Mas você sabia que uma alimentação adequada e, em alguns casos, uma suplementação nutricional podem ajudar no tratamento da acne?? Essa publicação de 2017 investigou o efeito da suplementação com lactoferrina (que tem ação antimicrobiana e anti-inflamatória), vitamina E (que tem ação anti-inflamatória e antioxidante) e zinco (que tem ação antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante) no tratamento da acne. Para isso, entraram no estudo 164 pessoas de 13-40 anos que receberam suplementação com placebo ou suplementação com lactoferrina (100 mg) + vitamina E (11 UI) + zinco (5 mg) por 3 meses. Após análise estatística, foi demonstrado que a suplementação com lactoferrina, vitamina E e zinco diminuiu o número total de lesões/acnes; diminuiu lesões/acnes inflamatórias; diminuiu comedões/cravos. Quando os sexos foram analisados separadamente, observou-se que a suplementação tinha efeito mais rápido em mulheres do que em homens. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Probióticos e diabetes

O diabetes é uma das causas de problemas renais e, conforme a evolução das complicações renais há indicação para hemodiálise. Melhorar a homeostasia da glicose, a inflamação e o estresse oxidativo desses pacientes é de extrema importância para a qualidade de vida e para diminuir a progressão da doença. Pensando nisso, esse estudo de 2017 investigou o papel dos probióticos sobre esses parâmetros em 60 pacientes diabéticos fazendo hemodiálise. Os pacientes foram separados em dois grupos: metade recebeu placebo e metade recebeu probióticos por 12 semanas. Os probióticos utilizados foram: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium bifidum, na quantidade de 2 bilhões de UFC de cada cepa. Após as 12 semanas de tratamento, os indivíduos que receberam os probióticos tiveram uma melhora na homeostase da glicose e diminuíram mais a inflamação e o estresse oxidativo quando comparado com os indivíduos que receberam placebo. Ou seja, a suplementação com probióticos trouxe efeitos metabólicos benéficos aos pacientes diabéticos! Procure um nutricionista para orientá-lo melhor!

Ômega 3 e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune que está associada à inflamação e dor crônicas nas articulações, decorrente da infiltração de células pró-inflamatórias no líquido sinovial. A ativação dessas células resulta em produção de citocinas pró-inflamatórias. A dor é um dos principais problemas recorrentes associados à artrite reumatoide, e a busca por soluções para este problema é constante, inclusive entre as ferramentas de atuação do nutricionista. Por isso, essa revisão de julho de 2017 decidiu investigar a relação do ômega 3 com o controle da dor na artrite reumatoide. Os autores dessa publicação avaliaram estudos randomizados, controlados por placebo, que utilizaram como tratamento da dor ômega 3 nas doses de mais de 2g por dia. Eles conseguiram um alcance de avaliação de 1143 pessoas, e concluíram que o ômega 3 pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva para a redução da dor nas doses de 3 a 6 g por dia. Mas lembre-se sempre de buscar por um nutricionista capacitado e atualizado para avaliar cada caso individualmente!