Polifenóis e diabetes

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença muito comum na população. E não é nenhuma novidade que a alimentação tem um papel muito importante na prevenção e tratamento dessa doença. Inúmeros fatores alimentares podem influenciar, mas, nesse artigo de 2021, os autores abordam o papel de polifenóis da dieta na prevenção de DM2. Polifenóis são compostos derivados de plantas que trazem vários benefícios para a saúde, incluindo diminuição de inflamação e de estresse oxidativo, que podem estar associados à várias questões da fisiopatologia do DM2. Embora ainda precisamos de mais estudos para podermos afirmar que um determinado alimento vai diminuir o risco de DM2, os autores citam alguns alimentos que estão sendo estudados, como por exemplo grãos integrais, frutas (em especial as vermelhas e roxas e as frutas cítricas), vegetais (com destaque para o brócolis e cebolas), azeite de oliva, chá verde, café e cacau. Mas lembre-se, o padrão alimentar é muito importante quando se pensa em diabetes. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

 

Alimentação e câncer de próstata

O número de casos de câncer de próstata tem aumentado nos últimos anos. Por isso pensar em prevenção e diminuir a progressão (caso o câncer já esteja instalado) é bem importante. Essa revisão agora de 2021 aborda sobre aspectos nutricionais que podem influenciar no desenvolvimento, progressão ou redução do câncer de próstata. Os autores colocam que o que mais aumenta risco de desenvolver o câncer de próstata ou piora o câncer já instalado é o alto consumo de gordura saturada, gordura trans e carnes processadas. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, verduras e grãos integrais tendem a ter um efeito benéfico (diminuindo o risco ou a progressão do câncer). Além disso, os autores citam as seguintes estratégias nutricionais trazendo possíveis benefícios: selênio, zinco, vitamina D, vitamina E, flavonoides (isoflavonas, catequinas e resveratrol) e licopeno. Mas lembre-se, individualidade é muito importante, por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

 

Grãos integrais

As recomendações nacionais e internacionais sugerem a troca de grãos refinados pelos grãos integrais. Mas o efeito dos grãos integrais, especificamente na regulação do balanço energético, ainda é questionado. E foi isso que esse estudo resolveu investigar. Os autores avaliaram 85 indivíduos de 40-65 anos, que receberam orientação para duas dietas que diferiram entre si pelo tipo de grãos utilizados: metade dos indivíduos tinham que consumir grãos integrais e a outra metade, grãos refinados. Após 6 semanas, os autores observaram que quem consumiu grãos integrais aumentou a taxa metabólica de repouso (o que pode ser interessante para quem quer emagrecer) e aumentou o peso das fezes. Além disso, esse grupo teve uma tendência de melhora no teste de tolerância oral à glicose. Entretanto, essa tendência não foi significativa. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Receita Panqueca de Beterraba

Este mês o Nutrir com Ciência mostrou dois estudos relatando os benefícios da ingestão adequada de COLINA, BETAÍNA e GRÃOS INTEGRAIS para nossa saúde. Após descobrirmos as benfeitorias em relação aos níveis de glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR, HOMA- β  e efeito positivo na microbiota intestinal, que tal colocarmos estes ensinamentos em prática?

Para isso, experimente esta Panqueca de Beterraba, cujo nutricionista pode indicá-lo no melhor horário para consumo, segundo sua rotina e plano alimentar.

Por: Bruna Deolindo Izidro

Grãos integrais e microbiota intestinal

Sabemos que o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e câncer, está relacionado com o aumento na produção de marcadores de inflamação. Estudos observacionais recentes tem feito uma associação inversa com o consumo de grãos integrais e inflamação a partir da modulação da microbiota intestinal. Sabendo disso, este artigo publicado em fevereiro de 2017, avaliou o consumo de grãos integrais em 49 homens e 32 mulheres. O desenho experimental desse estudo se deu da seguinte forma: os participantes foram submetidos a uma dieta ocidental (composta por carne vermelha, carboidratos simples, alimentos processados, pouca ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais e peixes) durante 2 semanas e após esse período os participantes foram divididos em um grupo que recebeu uma dieta com grãos refinados e outro que recebeu uma dieta com grãos integrais durante 6 semanas. Os autores concluíram que o consumo de grãos integrais proporcionou um efeito positivo na microbiota intestinal e na produção de ácidos graxos de cadeia curta. Mas antes de aplicar esses dados na sua rotina, procure um nutricionista!!!