Alimentação e saúde mental

Cada vez mais estudos evidenciam a importância de um padrão alimentar saudável na melhora da saúde e prevenção de doenças. De modo interessante, esse estudo avaliando os dados de mais de 500 mil indivíduos que moram na Inglaterra evidenciaram a relação entre alguns alimento a qualidade do sono e a saúde mental. Após análises, foi observado que o maior consumo de frutas, vegetais, peixes, água e fibras foi associado à melhora de sono e de saúde mental. Por outro lado, o maior consumo de carnes processadas e leite foi associado à piora de sono e de saúde mental. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Bebidas e diabetes gestacional

O diabetes gestacional é uma das complicações que a gestante pode ter. E ele aumenta o risco de problemas para a mãe e para o bebê. Dessa forma, pensar em prevenção é muito importante. De forma interessante, esse estudo publicado em 2021 investigou o efeito do consumo de diversos tipos diferentes de bebidas e o risco de desenvolver ou não diabetes. Após análises, foi observado que o consumo de leite fermentado no período pré-gestacional e durante o primeiro trimestre aumentou o risco de desenvolver diabetes gestacional. Por outro lado, o consumo de suco de frutas nesse mesmo período diminuiu o risco de desenvolver diabetes durante a gestação. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar o que é melhor para o seu caso, que tipo de bebida é interessante para você, bem como a quantidade que deve ser ingerida.

Leite e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente. Alguns estudos têm avaliado a associação da alimentação com o risco ou prevenção do Parkinson.  Nesse estudo, foi avaliado dados de mais de 81 mil adultos “acompanhados” por quase 15 anos, e foi investigado o papel do leite no risco de desenvolver a doença de Parkinson. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais leite (> 40 mL/dia) tiveram mais risco de desenvolver essa doença neurodegenerativa. Porém, essa associação foi fraca e não foi observado uma dose-resposta (ou seja, acima de 40 mL não se observa diferença entre doses de consumo). Além disso, os autores demonstraram que o leite fermentado não foi associado com aumento no risco. Ou seja, nem todo leite é igual. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar o seu caso e saber se existe a necessidade de retirar ou não o leite da sua dieta.

 

Cálculo renal e dieta

A nefrolitíase, também conhecida como cálculo renal ou pedra nos rins é uma condição bem comum na população. O tipo de “pedra” mais comum é de oxalato de cálcio. Esse problema é influenciado por múltiplos fatores ambientais, incluindo a alimentação. E é justamente sobre isso que essa revisão aborda. Como principais estratégias para diminuir o risco de cálculo renal, os autores colocam: diminuir consumo de carnes vermelhas, de alimentos ricos em cálcio (em especial leite e derivados) e de alimentos ricos em sódio (em especial os industrializados). Por outro lado, é importante aumentar o consumo de água, frutas e verduras. Além disso, os autores colocam que uma dieta vegetariana é o tipo de alimentação que mais está associada com menor risco de cálculo renal. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu.

Dieta vegetariana e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. As articulações das mãos, pulsos e joelhos são as mais afetadas. Doenças infecciosas, cigarro e alteração na microbiota intestinal são alguns dos fatores associados com a progressão dessa doença. Além disso, mudanças alimentares podem influenciar na artrite reumatoide. Nessa revisão de 2019 os autores discutem sobre o papel de uma dieta mais baseada em plantas e com menos produtos de origem animal para artrite reumatoide. Embora ainda sejam necessários mais estudos para termos uma real certeza do efeito de uma dieta vegetariana para artrite reumatoide, já existem alguns dados sugerindo que excesso de carnes vermelhas, leite e derivados podem exacerbar os sintomas da artrite reumatoide por conta do efeito inflamatório desses alimentos. Por outro lado, dieta baseada em plantas (frutas, verduras) vão ter vários fitoquímicos e fibras, que vão ajudar a diminuir a inflamação e a modular a microbiota intestinal. Assim, diminuir produtos de origem animal e aumentar produtos de origem vegetal parece ser uma estratégia interessante para auxiliar no tratamento da artrite reumatoide. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta e esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune incurável que leva à desmielinização no sistema nervoso central. Essa doença afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior parte das pessoas começarão com uma esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, onde as recaídas ou exacerbações são seguidas por perí­odos de recuperação. Em alguns casos, a doença segue um curso progressivo desde o início, sem momentos de recuperação. Como não tem cura, o tratamento farmacológico é baseado em sintomas e costuma ter vários efeitos colaterais. E ai entra a Nutrição. Algumas estratégias alimentares parecem melhorar a qualidade de vida desses pacientes, na tentativa de não evoluir a doença tão rápido. Embora ainda sejam necessários mais estudos, essa revisão de 2019 aborda os principais alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser incluídos na alimentação. Após revisar 32 estudos, os autores colocam que os principais alimentos que devem ser diminuídos da dieta são: alimentos com gordura saturada, açúcar, leite e glúten. Por outro lado, deve-se aumentar o consumo de frutas, verduras, alimentos ricos em fibras, ômega-3 e vitamina D. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure um para orientá-lo melhor e analisar seu caso individualmente.

 

Dieta e sêmen

O número de homens com piora da fertilidade e da qualidade do sêmen vem aumentando nos últimos anos. Vários fatores podem estar correlacionados com isso, incluindo fatores dietéticos. E é sobre isso que essa revisão publicada esse ano fala. Os autores colocam que os principais alimentos que melhoram a qualidade do sêmen são as frutas, verduras e peixes. Isso porque esses alimentos tem fitoquímicos, micronutrientes e ômega-3. Por outro lado, os principais alimentos que pioram a qualidade do sêmen são as carnes vermelhas, em especial as carnes processadas e leite integral, principalmente devido a quantidade de gordura saturada nesses alimentos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Leite e Puberdade

O leite é (ou foi) um dos alimentos mais consumidos pelo ser humano, e mais que isso, por muitos anos tratado como uma peça chave de uma alimentação saudável. Porém, nos últimos anos, publicações científicas associaram o consumo deste alimento com várias alterações de saúde, inclusive o aumento da produção endógena de fatores de crescimento, como o IGF-1. Sabendo disso, os autores desse artigo de 2017 observaram a relação do consumo de leite e o desenvolvimento pubertário em 515 meninas. Eles avaliaram o consumo alimentar a partir de um recordatório de 24h realizado a cada 6 meses, o volume fibroglandular da mama e a data na menarca. Após analisar os resultados, os autores concluíram que o consumo de lácteos adoçados e saborizados artificialmente, consumidos em uma quantidade maior que 125 g/dia mostrou relação com o aumento do % do volume fibroglandular da mama. Em contrapartida, o consumo de menos de 125 g/dia de iogurte não foi associado com este aumento de volume, além de estar associado com um atraso da data da menarca. Ou seja, na ausência de qualquer alteração de saúde que impeça o consumo desses alimentos, o que vale a pena é consumi-los na sua forma mais in-natura possível, dentro de um contexto alimentar variado. Pois monotonia alimentar não é sinônimo de alimentação saudável. Mas lembre-se, antes de mais nada, consulte o seu nutricionista.