Menopausa e massa magra

Mulheres na menopausa podem ter vários sintomas, como os fogachos (“calorões”), dores musculares e articulares, problemas sexuais, entre outros. Mas você sabia que a massa magra pode influenciar nesses sintomas? Nesse estudo publicado em 2018 foi demonstrado que as mulheres com mais massa magra tinham menos dores musculares e articulares e menos problemas sexuais. Por outro lado, as mulheres com mais massa gorda tendem a ter mais fogachos e mais dores musculares e articulares. Por isso que exercício físico e dieta adequada são muito importantes. Procure profissionais habilitados para orientá-la melhor.

Proteína e manutenção do peso

Durante o processo de perda de peso existem vários fatores que nós nutricionistas precisamos nos preocupar! Uma das grandes preocupações é estimular a perda de massa gorda e tentar evitar uma perda intensa de massa magra. Para que isso ocorra existem estratégias, como aumentar o consumo proteico, que auxiliam no processo de perda de peso sem perder tanta massa magra. Mas por quanto tempo deve-se manter o aumento do consumo proteico após a perda de peso?? Será que esse aumento na ingestão proteica é importante para a manutenção do peso perdido? Foi exatamente essa resposta que os autores dessa publicação de julho de 2017 buscaram. Para isso, avaliaram 150 participantes, que passaram por uma intervenção visando perda de peso durante 8 semanas, e seguiram por 24 semanas em período de manutenção do peso que foi perdido. Durante o período de manutenção, os autores optaram por 4 tipos diferentes de intervenção: 3 grupos que receberam suplementação de 45-48 g de proteína por dia (a partir de 3 diferentes fontes – whey protein, whey protein + cálcio ou proteína de soja) e 1 grupo que recebeu maltodextrina (caracterizado como grupo controle). Após o término da intervenção não houve diferença de manutenção do peso perdido entre os grupos. O reganho de peso, reganho de massa gorda e a manutenção da massa magra foi similar nos 4 grupos, levando os autores a concluir que o aumento do consumo proteico no período de manutenção de peso não trouxe benefício algum! Ou seja, nem sempre é necessário fazer suplementação! Mas como sempre frisamos aqui no Nutrir com Ciência, é muito importante levar em consideração a individualidade! Procure um nutricionista qualificado para avaliar o seu caso!

Dieta e metilação do DNA

A composição de lipídeos na dieta pode afetar o acúmulo de gordura visceral e, dessa forma, aumentar o risco de desenvolver uma resistência à insulina. Porém, o tipo de gordura ingerida tem resposta epigenética diferente. As dietas ricas em ácido graxo poli-insaturado modulam os mecanismos epigenéticos de maneira diferente das dietas ricas em ácido graxo saturado, e foi a partir dessa afirmação que os autores desse artigo de abril de 2017 decidiram esclarecer essa diferença. E para isso, os autores avaliaram o tecido adiposo de 31 pessoas que receberam, durante 7 semanas, uma dieta rica em ácido graxo saturado ou em ácido graxo poli-insaturado. Após a intervenção, foi demonstrado que as duas dietas levaram ao ganho de peso. Porém, o padrão de metilação do DNA foi diferente. Ao todo, os dois tratamento modularam a expressão de mais de 4800 genes. De maneira resumida, o padrão alimentar com mais ácido graxo saturado aumentou a expressão de genes envolvidos com acúmulo de peso e, do contrário, o padrão alimentar com mais ácido graxo poli-insaturado aumentou a expressão de genes envolvidos com a manutenção de massa magra. Esses resultados mostram que há mais um desafio para os nutricionistas: além de considerar a individualidade bioquímica, considerar também a nutrigenética e as modificações epigenéticas na hora da prescrição! Por isso estude!!!!