Relação entre menopausa, doença hepática gordurosa não alcoólica e nutrição

Luana Manosso (4)

Após a entrada na menopausa, o risco de várias condições crônicas aumenta, incluindo diabetes, hipertensão, síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), entre outras. E a nutrição tem um papel essencial na prevenção e tratamento dessas condições.

Hoje compartilho um artigo publicado no final de abril que aborda, de forma resumida, algumas estratégias nutricionais para essas mulheres na menopausa.

E entre as estratégias, os autores colocam a importância de ajuste alimentar de colina (presente em especial nos ovos), das isoflavonas da soja e dos probióticos na prevenção e tratamento de mulheres com DHGNA. (Referência: Cortes, T.M.; Serra, M.C.; Nutrients., 16(9):1329, 2024. Doi: 10.3390/nu16091329).

Vale destacar que o tratamento tem que ser individualizado e que não necessariamente todas as mulheres terão que consumir esses alimentos/suplementos.

Além disso, outras estratégias também são importantes. Por isso, procure um nutricionista para te orientar melhor.

Semente de abóbora e menopausa

semente de abóbora e menopausa - Luana Manosso

Adicionar sementes na alimentação pode ser uma estratégia nutricional interessante para melhorar o aporte de micronutrientes e de gorduras insaturadas.

Em uma revisão recente, os autores abordam os possíveis papeis da semente de abóbora na menopausa. Essa semente possui fitoestrógenos, vitamina E, triptofano, zinco, entre outros nutrientes que poderiam trazer benefícios para sintomas e para algumas doenças que são mais comuns após a entrada na menopausa.

REF: Oh, J.; et al. Antioxidants., 13(2):241, 2024. Doi: 10.3390/antiox13020241).

Ainda são necessários mais estudos em humanos e não estou dizendo que a semente de abóbora é milagrosa ou que ela deve ser consumida por todas as mulheres ou em alta quantidade.

Uma alimentação individualizada é sempre importante. Procure um nutri para te orientar melhor.

Probióticos podem ajudar na pós-menopausa

05 - probioticos e pos-menopausa

O período pós-menopausa é associado a vários sinais e sintomas, entre eles, sintomas urogenitais e alterações de microbiota intestinal.

De modo interessante, um estudo clínico publicado dia 30 de janeiro de 2024 avaliou o efeito de 3 cepas de probióticos por 28 dias em mulheres na pós menopausa.

Neste estudo foram utilizados Lactiplantibacillus plantarum PBS067, Bifidobacterium animalis subsp. lactis BL050 e Lacticaseibacillus rhamnosus LRH020, na quantidade de 1 bilhão de UFC de cada uma das cepas.

Após 4 semanas de uso, foi observado que essa mistura de probióticos pode modular positivamente o perfil inflamatório típico da pós-menopausa, restaurar a microbiota vaginal e aliviar o desconforto vaginal.

(Ref : Vicariotto, F.; et al. Nutrients., 16(3), 402, 2024. Doi: 10.3390/nu16030402)

Você está na menopausa? consuma brássicas todos os dias!

01 - menopausa brassicas

Manter uma adequada metabolização do estradiol é muito importante nas mulheres na pós-menopausa, em especial naquelas que fazem terapia de reposição hormonal.

E um dos grupos de alimentos que ganham destaque nessa metabolização são as brássicas (brócolis, couve, couve de Bruxelas, nabo, rabanete, etc).

Esses alimentos contém uma substância que irá melhorar o metabolismo hepático do estradiol, diminuindo o risco de formar compostos que aumentam o risco de câncer.

Curso Nutrição Funcional no Climatério e na Menopausa

curso nutrição funcional no climaterio e menopausa

O Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF) e a VP Centro de Nutrição Funcional farão um curso on-line sobre Nutrição Funcional no Climatério e na Menopausa nos dias 28 e 30 de novembro (terça e quinta), das 19h às 22h, com as professoras Luana Manosso e Angélica Ferrari.

Terá muita ciência e prática clínica no ensino da fisiologia hormonal feminina e da saúde intestinal na perimenopausa.

Aguardamos você!

Chá de folha de amora para os calorões da menopausa

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A folha da amora negra (Morus nigra) é um dos fitoterápicos que possuem ação de fitoestrógeno.

Fitoestrógenos são substâncias derivadas de plantas que possuem a capacidade de se ligar em receptores de estradiol e exercer uma leve ativação desses receptores.

Se a mulher está na menopausa e não está fazendo terapia de reposição hormonal, seus níveis de estradiol no corpo ficam muito baixos.

Por outro lado, trabalhar com fitoestrógenos podem ajudar na ativação dos receptores de estradiol, ajudando na melhora de sintomas da menopausa.

Forma de uso sugerida:
1 xícara de chá (com 1 colher de sopa da folha da amora), até 3 vezes ao dia.

Mas lembre-se que nenhum alimento faz milagre sozinho, melhorar a alimentação, ajustar os micronutrientes, melhorar o intestino, entre outras condutas também são muito importantes.

Resveratrol: um aliado para mulheres na menopausa

Luana Manosso (39)

A menopausa é um período da vida que todas as mulheres passarão. Não tem como escapar.
E temos certeza que se você puder escolher, preferiria passar por esse período sem sintomas e sem problemas de saúde.

Vários alimentos e fitoquímicos estão sendo estudados para auxiliar nisso e um deles é o resveratrol.

O resveratrol (em doses normalmente de 75 mg, 2 x ao dia) parece melhorar sintomas gerais de menopausa, melhorar cognição, melhorar a densidade mineral óssea, reduzir dor e melhorar o perfil cardiovascular.

É obrigatório todas as mulheres na menopausa utilizar? Não! Mas com certeza pode ser uma estratégia a ser considerada.

Vitamina E e melhora do sono na menopausa

Luana Manosso

Já que essa semana foi o Dia Internacional da Mulher, vamos falar mais um pouco sobre nós (ou elas, caso você seja homem hehe)! E compartilho com vocês um artigo publicado de 27 de fevereiro que investigou o papel da vitamina E em mulheres na menopausa com insônia crônica.

Alterações de sono são bem comuns após a entrada na menopausa. E várias questões nutricionais podem ajudar na melhora dessas alterações. Nesse estudo, os autores suplementaram 400 UI de vitamina E ou placebo por 30 dias. Após esse período, foi observado que as mulheres que suplementaram vitamina E tiveram melhora do sono e usaram menos medicamentos sedativos para dormir.

(Referência: Thongchumnum, W.; et al. Nutrients., 15(5):1187, 2023. Doi: 10.3390/nu15051187)

Vale destacar que uma suplementação individualizada é sempre a melhor opção. Dessa forma, procure um nutricionista para te orientar melhor.

Vitamina E em mulheres na pós-menopausa

Luana Manosso - vitamina E e a pós menopausa

 

A menopausa é uma mudança fisiológica que irá acontecer em todas as mulheres. Porém, algumas terão mais sintomas e outras menos sintomas. Para aliviar esses sintomas, existem várias estratégias nutricionais que podem ser interessantes.

E hoje, trouxe uma dessas estratégias, que não é a “mais famosa”, mas que tem crescido o número de pesquisas mostrando seus benefícios: que é a vitamina E.

Em uma recente revisão sobre o assunto, os autores discutem em vários idiomas sobre o papel benéfico da vitamina E e mudanças que ocorrem após a menopausa, incluindo os fogachos (calorões), alterações vaginais, alterações lipídicas e vasculares.

Nos estudos, as doses de vitamina E variam bastante, porém, o mais comum são doses de 400 – 900 UI/dia. Porém, é importante procurar um nutricionista para avaliar os casos de forma individualizada.

Se você está sofrendo com os efeitos da menopausa agende uma consulta.

Menopausa e Alimentação

É comum mulheres na menopausa possuírem vários sintomas que pioram a qualidade de vida, como fogachos (calorões), alteração de humor, piora de sono, alterações urogenitais, entre outros. 😖

✅Porém, a alimentação pode impactar nesses sintomas.

📚Estudos demonstram que uma alimentação com maior consumo de vegetais, grãos integrais e alimentos não processados ajudam na diminuição de sintomas psicológicos, alteração de sono, sintomas vasomotores, urogenitais e sintomas somáticos.

👉🏻Por outro lado, alto consumo de alimentos processados, gordura satura e açúcar aumenta a intensidade dos sintomas da menopausa. 💚