Azeite de oliva e saúde da mulher

O azeite de oliva é um alimento cujas propriedades vêm sendo estudadas desde o século VII a.C. Ele é um dos alimentos mais estimulados na “dieta do mediterrâneo”, já que cerca de 70% de todo o azeite de oliva é produzido pelos países do mediterrâneo.  O azeite de oliva é constituído predominantemente de ácido oleico (considerado um ácido graxo monoinsaturado – que deveria ser o principal ácido graxo consumido na dieta). Além disso, o azeite de oliva extravirgem possui inúmeros polifenóis, incluindo hidroxitirosol, oleuropeína. O azeite de oliva e seus polifenóis estão sendo estudados para vários benefícios à saúde. De modo interessante, esse estudo de 2021 investigou o papel desse alimento na saúde da mulher. Os autores colocam vários estudos em animais e humanos que investigam o papel do azeite de oliva e/ou de seus polifenóis no câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose pós-menopausa e para controle de glicemia e dislipidemia nas mulheres pós-menopausa. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para avaliar a quantidade de azeite de oliva que é interessante usar para o seu caso.

Dieta e cognição

O período da pós-menopausa é acompanhado por uma queda nos níveis de estradiol. A queda nesse hormônio pode aumentar o risco de vários problemas, incluindo piora na cognição. Por outro lado, a alimentação parece impactar no envelhecimento cerebral, podendo aumentar ou diminuir o risco de declínio cognitivo, dependendo do tipo de alimentação que a pessoa tem. Nesse estudo publicado agora em 2021 foi avaliado a relação entre a qualidade da dieta, cognição e marcadores inflamatórios em mulheres na pós-menopausa. Após avaliar 222 mulheres, foi observado que aquelas que tinham uma dieta mais anti-inflamatória, tinham melhor memória e menos marcadores inflamatórios. Por outro lado, foi observado que uma dieta mais inflamatória aumentava o risco de declínio cognitivo. Ou seja, um padrão alimentar mais anti-inflamatório pode ser uma das estratégias para auxiliar na prevenção de declínio cognitivo. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Cerveja e menopausa

O período de transição para menopausa é associado à vários sintomas desconfortáveis. A maior parte dos sintomas está associado à queda do estradiol. Dessa forma, uma das formas de tentar melhorar os sintomas é trabalhando com fitoestrógenos. Um dos fitoterápicos que tem ação de fitoestrógeno é o Humulus lupulus (o famoso lúpulo usado para fazer cerveja). Mas será que o consumo de cerveja pode melhorar sintomas de menopausa? Nesse estudo clínico publicado agora em 2021 (com um número pequeno de mulheres), investigou justamente isso. Um total de 37 mulheres foram divididas em 3 grupos: um grupo tomou 330 mL/dia de cerveja com álcool, outro grupo tomou 660 mL de cerveja sem álcool e o último grupo não bebeu cerveja. Após 6 meses, foi observado que os grupos que tomaram cerveja com álcool e cerveja sem álcool reduziram mais a severidade dos sintomas da menopausa. Porém, vale destacar que o estudo foi feito com poucas mulheres e que o consumo de bebida alcoólica também pode trazer consequências maléficas. Por isso, procure um nutricionista para avaliar o seu caso para ver se você pode ou não fazer esse consumo.

Plantas para osteoporose

A osteoporose é uma doença óssea caracterizada pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura óssea, levando à fragilidade óssea e a um risco aumentado de fraturas. O estradiol é um hormônio essencial para a saúde óssea. Conforme as mulheres envelhecem, os níveis de estradiol diminuem e isso aumenta o risco das mulheres, na pós menopausa, desenvolverem osteoporose. Por isso, pensar em estratégias para a manutenção a qualidade óssea durante a perimenopausa e na pós-menopausa irá auxiliar a diminuir o risco de desenvolver osteoporose. E várias plantas (fitoterápicos) têm sido estudadas para isso. Algumas delas são abordadas nesse artigo de revisão publicado agora em 2021, que são: isoflavonas da soja, red clover (Trifolium pratense), Kudzu (Pueraria mirifica), alfafa (Medicago sativa), Humulus lupulus, ameixa seca, cavalinha (Equisetum arvense), Cimcifuga racemosa (planta de prescrição médica). Ou seja, temos várias plantas sendo estudadas, mas isso não significa que você pode usá-las todas juntas. Fitoterápicos devem ser avaliados com cautela na hora da utilização. Por isso, procure um Nutricionista que entenda de fitoterápicos para te auxiliar melhor.

Resveratrol e menopausa

 Depois que a mulher entra na menopausa, existe um risco aumentado de vários problemas. Uma das alterações que é comum na menopausa é na função cerebrovascular, que pode contribuir para piora cognitiva. Nesse estudo clínico publicado agora em 2020, foi suplementado resveratrol para mulheres na menopausa e avaliado o efeito dessa suplementação na função cerebrovascular e na função cognitiva. Para isso, 129 mulheres foram separadas em dois grupos e receberam placebo ou resveratrol (75 mg, 2 x ao dia) por 12 meses. Após 1 ano de tratamento, foi observado que aquelas mulheres que receberam o resveratrol melhoraram a função cerebrovascular e melhoraram a cognição. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Alimentos e menopausa

A menopausa é diagnosticada clinicamente como uma condição quando uma mulher não menstrua há um ano. Durante o período de transição da menopausa, há um surgimento de vários distúrbios metabólicos lipídicos devido às alterações hormonais, como diminuição dos níveis de estrogênios. E se essas alterações perduram, elas podem aumentar o risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Por isso, fazer ajustes alimentares pensando em controlar essas alterações lipídicas é importante. E é sobre isso que essa revisão agora de 2020 fala, sobre alimentos e/ou suplementos que podem ajudar nesse controle. E os principais destaques que os autores fazem são para: alimentos antioxidantes (em especial frutas, verduras, chocolate, café, oleaginosas), alimentos ricos em fitoquímicos (frutas, verduras, temperos como cúrcuma, alho, cebola, chocolate, etc), alimentos com vitamina D, ômega-3 e uso de probióticos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Óleo de prímula

Mulheres são seres complicados, não é mesmo? Quando somos jovens, é comum termos sintomas de TPM, como irritação, cólica, dores nos seios, etc. Quando envelhecemos, temos sintomas de menopausa, como fogachos, piora do humor, sono, libido, etc. Tudo isso por conta de oscilações hormonais. Porém, algumas estratégias nutricionais podem ajudar a aliviar alguns desses sintomas. Uma dessas estratégias é o óleo de prímula. Esse óleo é extraído da semente Oenothera biennis e contém dois tipos de ácidos graxos ômega-6: ácido linoleico (60-80%) e ácida gama-linolênico – GLA (8-14%). Diversos estudos clínicos mostram os benefícios do óleo de prímula para as mulheres. A maioria dos estudos usam doses variando de 1-6 g/dia, por 1 até 6 meses de uso. Dentre os vários benefícios que o óleo de prímula parece exercer, os que mais se destacam são a melhora de sintomas de TPM e de menopausa, em especial diminuição das dores nos seios (mastalgia) e dos calorões da menopausa (fogachos). Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai saber te orientar.

Salvia e menopausa

A menopausa é uma situação que todas as mulheres irão passar. Por consequência das mudanças hormonais, em especial a queda do estradiol, podem aparecer vários sintomas, incluindo os fogachos, conhecidos como “calorões”. Mas algumas estratégias nutricionais podem ajudar a aliviar alguns dos sintomas da menopausa. Nesse estudo publicado em 2019 foi avaliado o efeito da Salvia officinalis, um fitoterápico que, dentre várias funções, possui ação de fitoestrógeno. Para isso, os autores utilizaram 100 mg do extrato seco dessa planta por 4 semanas. Após esse período, foi observado que a Salvia officinalis diminuiu fogachos, suores noturnos, pânico, fadiga e aumentou a concentração. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Menopausa e diabetes

A menopausa é caracterizada pela cessação permanente da menstruação devido à depleção dos oócitos, gerando uma queda abrupta do estradiol, além de outras alterações. Essas mudanças que ocorrem na mulher após a entrada da menopausa podem aumentar o risco de vários problemas metabólicos, incluindo um maior risco de diabetes. Nesse estudo publicado agora esse mês, os autores discutem que intervenções no estilo de vida, incluindo dieta e exercício, constituem os dois principais pontos para prevenção do diabetes nas mulheres na pós-menopausa. Além disso, os autores colocam que a terapia hormonal na menopausa parece ter um efeito favorável na homeostase da glicose tanto em mulheres com diabetes e em mulheres sem diabetes. Porém, o tratamento medicamentoso e as mudanças de estilo de vida devem ser feitos sempre individualizados. Procure profissionais da saúde para orientá-la em cada um desses pontos.

Dieta e menopausa

A menopausa indica o término da fase reprodutiva da mulher. Entrar na menopausa muito cedo pode aumentar o risco de osteoporose, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, depressão e morte prematura. Mas você sabia que alguns hábitos alimentares podem ajudar a diminuir a chance de menopausa precoce? Nesse estudo publicado em 2018, após acompanhar 914 mulheres por 4 anos, foi demonstrado que:

– O consumo de óleo de peixe atrasou em 3,3 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de legumes frescos atrasou em 0,9 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de macarrão e arroz refinados adiantou em 1,5 anos/porção/dia;

Ou seja, mudanças alimentares podem predizer a idade da entrada da menopausa. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!