Dieta e menopausa

A menopausa indica o término da fase reprodutiva da mulher. Entrar na menopausa muito cedo pode aumentar o risco de osteoporose, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, depressão e morte prematura. Mas você sabia que alguns hábitos alimentares podem ajudar a diminuir a chance de menopausa precoce? Nesse estudo publicado em 2018, após acompanhar 914 mulheres por 4 anos, foi demonstrado que:

– O consumo de óleo de peixe atrasou em 3,3 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de legumes frescos atrasou em 0,9 anos/porção/dia o início da menopausa;

– O consumo de macarrão e arroz refinados adiantou em 1,5 anos/porção/dia;

Ou seja, mudanças alimentares podem predizer a idade da entrada da menopausa. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Menopausa e massa magra

Mulheres na menopausa podem ter vários sintomas, como os fogachos (“calorões”), dores musculares e articulares, problemas sexuais, entre outros. Mas você sabia que a massa magra pode influenciar nesses sintomas? Nesse estudo publicado em 2018 foi demonstrado que as mulheres com mais massa magra tinham menos dores musculares e articulares e menos problemas sexuais. Por outro lado, as mulheres com mais massa gorda tendem a ter mais fogachos e mais dores musculares e articulares. Por isso que exercício físico e dieta adequada são muito importantes. Procure profissionais habilitados para orientá-la melhor.

Óleo de prímula e fogachos

Os fogachos, conhecidos como “calorões” é um dos sintomas que mais incomoda as mulheres na menopausa. Mas você sabia que temos várias estratégias nutricionais para melhorar esse sintoma? Nessa publicação desse ano, os autores avaliaram a efetividade do óleo de prímula! Para isso, foi dado 500 mg de óleo de prímula, duas vezes ao dia, por 8 semanas. Após esse período, observou-se uma redução dos fogachos tanto durante o dia quanto durante a noite! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Vitamina D na menopausa

Após a entrada na menopausa, a mulher tem um risco aumentado de desenvolver síndrome metabólica. A síndrome metabólica está associada com resistência à insulina, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, etc. Mas você sabia que o nível de vitamina D no seu corpo pode influenciar no risco de ter síndrome metabólica? Nesse estudo, após avaliar 463 mulheres na pós-menopausa, os autores demonstraram que as mulheres com insuficiência de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D < 30 ng/mL) tinham mais risco de ter síndrome metabólica quando comparado com as mulheres com níveis adequados de vitamina D (valores sanguíneos de 25(OH)D ≥ 30 ng/mL). Além disso, as mulheres com níveis mais baixos de vitamina D tinham níveis aumentados de colesterol total e de triglicerídeos e mais resistência à insulina. Por isso, procure um profissional qualificado para avaliar seu caso individualmente e, se houver a necessidade de suplementação, avaliar a dose e o tempo de uso necessário para seu caso.

Menopausa e fitoterapia

A menopausa é um período que pode estar associados com vários sintomas. Os mais comuns são os fogachos (“calorões”), ansiedade, piora do humor, piora da libido, etc. Mas você sabia que várias estratégias nutricionais podem ajudar a melhorar esses sintomas?? Nesse estudo publicado em 2017, foi avaliado o efeito da Trigonella foenum-graecum, um fitoterápico usado para várias situações mas que até então não tinham tantos estudos para a menopausa. Os autores usaram 600 mg da semente de extrato da Trigonella foenum-grecum por 12 semanas melhorou os sintomas vasomotores (fogachos), físicos, psicológicos e sexuais das mulheres. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele saberá a melhor estratégia para você!

Proteína vegetal e menopausa

A menopausa precoce (antes dos 45 anos) afeta de 5-10% das mulheres que moram em países ocidentais. E esse fato aumenta o risco de vários problemas de saúde! Mas você sabia que o consumo de alimentos ricos em proteínas vegetais (ex: feijões, lentilha, ervilha, grão de bico, quinoa, cogumelos, semente de abóbora, semente de gergelim, etc) pode ajudar a diminuir o risco de menopausa precoce??? Após acompanhar 85.682 mulheres por 20 anos, os autores dessa publicação observaram que as mulheres que consumiam mais proteínas vegetais (proporcional a 3-4 porções por dia) tinham um risco 16% menor que ter menopausa precoce. Por outro lado, a ingestão de proteína animal não foi associada com o início da menopausa (nem para o lado positivo e nem para o lado negativo). Não sabe como incluir esses alimentos na sua dieta?? Procure um nutricionista!!

Osteoporose e Sódio

A osteoporose é um problema ósseo muito comum em pessoas mais idosas. Vários nutrientes são importantes para a saúde do osso. Mas exagerar em alguns alimentos também pode trazer prejuízos. Esse artigo de 2017 investigou a associação entre o consumo de sódio (presente principalmente no sal de cozinha) e a prevalência de osteoporose em mulheres na pós menopausa. Após analisar 9526 mulheres (4793 na pré-menopausa e 4733 na pós-menopausa), os autores chegaram a conclusão que mulheres na pós-menopausa que ingeriam mais de 2000 mg/dia de sódio tinham um risco 28% maior de ter osteoporose!!! Ou seja, cuidado com a adição de sal na hora de preparar os alimentos e com os alimentos com sal já embutidos (principalmente os alimentos industrializados). Para saber mais sobre como melhorar sua saúde óssea através da alimentação, procure um nutricionista!