Vitamina A e pele

Pensar em pele vai muito além de beleza. Uma das funções da pele é de defesa contra micro-organismos. Mas você sabe o que a vitamina A tem a ver com isso? Os autores dessa revisão de 2021 abordam os pontos mais relevantes sobre o assunto. Primeiro, a vitamina A é importante para auxiliar na imunidade da pele, em especial pela sua ação nos mastócitos (célula envolvida do sistema imune inato) e nas células de Langerhans (que são células apresentadoras de antígenos na pele). Além disso, a vitamina A pode influenciar na microbiota da pele e na proliferação adequada dos queratinócitos (principal célula que forma a camada mais externa da pele – epiderme). Por fim, a vitamina A também parece ajudar a diminuir a expressão dos TLR (receptores que estão associados à inflamação). Ou seja, temos vários benefícios da vitamina A para a pele. Você ingere quantidades adequadas dessa vitamina na dieta? Será que você precisa de um suplemento? Procure um nutricionista para avaliar o seu caso e fazer os ajustes necessários.

 

Dieta do mediterrâneo e microbiota

Vários estudos demonstram que microbiota intestinal está correlacionada com um status de saúde. Além disso, já é bem estabelecido que hábitos alimentares conseguem impactar, de forma direta, nessa microbiota intestinal. Nessa publicação agora de 2021, os autores revisaram sobre o impacto da dieta do mediterrâneo na microbiota intestinal. A dieta do mediterrâneo é caracterizada por uma alta ingestão de frutas e verduras, azeite de oliva, grão integrais, sementes, oleaginosas e especiarias. Por outro lado, esse estilo de dieta tem uma baixa ingestão de carne vermelha, grão refinados, açúcares e alimentos industrializados. Por conta desse perfil de alimentos, essa dieta proporciona uma alta ingestão de polifenóis, fibras, ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3. Dentre vários benefícios que isso pode trazer para a saúde, esse artigo desse ano coloca que esse padrão alimentar ajuda a aumentar a diversidade do microbioma intestinal, melhorando a homeostase do intestino, diminuindo disbiose intestinal e diminuindo a hiperpermeabilidade intestinal. Tudo isso contribuiu para gerar menos inflamação e estresse oxidativo no organismo, melhorar funções metabólicas, contribuindo assim para um menor risco de doenças crônicas não transmissíveis. Vale lembrar que o Brasil não é um país que fica na região do mediterrâneo, então, algumas adaptações podem ser feitas. Por isso, procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Microbiota e longevidade

O envelhecimento é determinado por uma interação complexa entre fatores ambientais e genéticos. Cada vez mais evidências sugerem que o microbioma intestinal está no centro de muitas mudanças associadas à idade, incluindo desregulação do sistema imunológico e suscetibilidade à doenças. E foi isso que essa revisão de 2020 abordou: a relação entre microbioma, envelhecimento e longevidade. Depois de avaliar 27 estudos, os autores colocam que o envelhecimento pode estar associado à alteração na microbiota intestinal e sugerem que a longevidade pode estar caracterizada por um aumento na flexibilidade e estabilidade da microbiota intestinal. Além disso, os autores também colocam que a microbiota intestinal pode, por vários mecanismos, interagir com vias metabólicas, influenciando em processos relacionados ao envelhecimento. Por fim, lembre-se que a alimentação é um dos fatores que pode modular a microbiota. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Microbioma e gestação

Essa semana vamos falar sobre o papel da microbiota intestinal em duas situações diferentes. Hoje, trago essa revisão publicada agora em 2020 falando sobre o papel do microbioma durante a gestação. A gravidez induz várias alterações imunológicas, hormonais e metabólicas, necessárias para a mãe adaptar seu corpo a essa nova situação fisiológica. Mas você sabia que também ocorrem mudanças no microbioma dessas mulheres? Conforme as semanas gestacionais vão passando, vão ocorrendo mudanças no microbioma vaginal, oral e intestinal da gestante, Hoje também já temos estudos demonstrando que a placenta também tem microbiota e que ocorre colonização fetal ainda na gestação.  Assim, o microbioma da mãe, da placenta e do feto influenciam no crescimento do feto e, sem dúvida, desempenham um papel importante no desenvolvimento adequado do recém-nascido, além de ser importante para modulação de questões de saúde/doença na mãe e no bebê. Embora mais estudos ainda sejam necessários, modular o microbioma parece ser importante. E um nutricionista pode ajuda-lo. Procure o seu.