Selênio e trauma

Injúrias traumáticas são responsáveis por muitas mortes pelo mundo. Respostas inflamatórias e distúrbios metabólicos graves normalmente são observados após grandes traumas. Por outro lado, o selênio é um elemento-chave na regulação das respostas imunes e inflamatórias e um micronutriente necessário para mais de 25 proteínas no corpo. Nesse contexto, essa meta-análise publicada agora em 2022 avaliou o efeito da suplementação de selênio em pacientes internados por traumas. Após incluir dados de 7 artigos, foi evidenciado que a suplementação de selênio diminui a taxa de mortalidade e o tempo de permanência na UTI em pacientes que sofreram grandes traumas.

 

Dieta e câncer

A alimentação pode ser um dos fatores ambientais que pode influenciar no risco de desenvolver câncer. Mas e se a pessoa já está com câncer? A alimentação também pode influenciar no prognóstico da dieta? Será que a alimentação pode influenciar no risco da pessoa que está com câncer morrer? Essa revisão sistemática e meta-análise avaliou justamente isso. Após avaliar dados de 49 estudos, os autores concluem que a adesão à dieta mediterrânea foi associada a menor risco de mortalidade em sobreviventes de câncer colorretal e de próstata. Além disso, a meta-análise mostrou que a qualidade da dieta mais alta versus mais baixa estava associada a uma redução de 23% na mortalidade geral em sobreviventes de câncer de mama. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Ultraprocessados e mortalidade

Vamos aproveitar que um novo ano começou e estabelecer algumas metas pensando em melhorar a sua saúde? E que tal começar por diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados? Já fiz vários posts mostrando artigos que falam do impacto negativo do consumo de ultraprocessados para a saúde. O mais recente eu publiquei em dezembro do ano passado, mostrando que o consumo de ultraprocessados aumentava o risco de diabetes. Hoje, trago essa meta-análise publicada agora em 2022 que avaliou o consumo de ultraprocessados e o risco de morte em mais de 200 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi demostrando que um maior consumo de alimentos ultraprocessados aumentou o risco de mortalidade por todas as causas, de mortalidade por doenças cardiovasculares e de mortalidade por doenças cardíacas. Além disso, para cada 10% de aumento calórico através do consumo de ultraprocessados foi observado um aumento de 15% no risco de mortalidade por todas as causas. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Benefícios da aveia

A aveia (Avena sativa) é um grão muito comum aqui no Brasil. Esse alimento possui uma quantidade bem interessante de fibras, em especial as beta-glucanas. Além disso, a aveia possui várias vitaminas, minerais e polifenóis. Dos seus vários benefícios para a saúde, a aveia tem sido estudada para diminuir o risco de algumas doenças. De modo interessante, essa meta-análise publicada agora em 2021 investigou o efeito da aveia no risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doença cardiovascular (DCV) e no risco de mortalidade. Após análises estatísticas, foi observado que os consumidores de aveia tinham menos risco de ter DM2 e de mortalidade por todas as causas. Porém, não foi observado diferença estatística em relação ao risco de DCV. Mas lembre-se, a alimentação deve ser avaliada de forma individualizada. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Dieta plant-based e mortalidade

O número de evidências científicas sobre os benefícios de dietas “plant-based”, ou dieta baseada em plantas vem crescendo. Essas dietas são ricas em alimentos de origem vegetal, em especial frutas e verduras. Por outro lado, possuem poucos ou nenhum (dependendo da dieta) alimento de origem animal. Entretanto, também sabemos que temos vários produtos que são veganos, mas que não são saudáveis, em especial os industrializados com muito açúcar e gordura. Por isso, esse estudo de coorte, analisando dados de mais de 36 mil adultos investigou o efeito de ter uma alimentação saudável e o efeito de consumir mais alimentos de origem vegetal saudáveis no risco de morrer. Após análises estatísticas, foi observado que as pessoas que tinham uma melhor qualidade da dieta tinham menos risco de mortalidade por todas as causas. Além disso, as pessoas que consumiam mais alimentos de origem vegetal saudáveis, também tinham esse risco diminuído. Por outro lado, nenhuma relação foi observada com o consumo de alimentos de origem animal e mortalidade. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Nozes e expectativa de vida

Ter um padrão alimentar saudável é de extrema importância quando pensamos em longevidade. E o consumo de oleaginosas (nozes, amêndoa, avelã, pistache, macadâmia, castanha) está incluído nesse padrão alimentar mais saudável. De forma interessante, esse grande estudo de coorte prospectivo, avaliando dados de mais de 93 mil indivíduos investigou a relação entre o consumo de nozes e risco de mortalidade. Após análises, fi observado que aqueles que consumiam mais nozes (> 5 porções por semana) tinham menos risco de mortalidade por todas as causas e menos risco de mortalidade por doença cardiovascular (DCV). Vale destacar que a porção é equivalente a 28 g de nozes. Ou seja, é importante o consumo, mas não vale comer em exagero. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Carnes brancas e mortalidade

A relação entre hábitos alimentares e doenças crônicas não transmissíveis tem sido extensivamente estudada. Muito mais do que calorias e quantidade da macronutrientes, hoje se estuda a importância da qualidade da alimentação. Alguns estudos associam o aumento no consumo de carnes como fator de risco de mortalidade e de doenças cardiovasculares. Porém, alguns estudos têm separado o consumo de carnes vermelhas e de carnes brancas. Sobre o excesso de carne vermelha trazer consequências maléficas ao organismo já temos muitos estudos. Mas em relação a carnes brancas? Nessa meta-análise de 2021 os autores investigaram a associação entre o consumo de carnes brancas e o risco de mortalidade por todas as causas, mortalidade por doença cardiovascular e eventos cardiovasculares. Após analisar 22 estudos, a meta-análise demonstrou que o consumo de carnes brancas diminui o risco de mortalidade por todas as causas. Porém, em relação a mortalidade por doença cardiovascular e eventos cardiovasculares, o consumo de carnes branca teve efeito neutro (não aumentou, mas também não diminuiu o risco). E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Cálcio e mortalidade

O risco de mortalidade associado com a alta ingestão de cálcio é discutido na ciência. Nesse estudo com mais de 34 mil indivíduos, foi avaliado se a ingestão de mais de 1400 mg/dia de cálcio estava associada ao risco de mortalidade em homens e mulheres. Após análises, foi demonstrado que, em mulheres, não houve associação. Porém, em homens, a ingestão de mais 1400 mg/dia aumentou 42% o risco de mortalidade por todas as causas. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista.

Dieta inflamatória e mortalidade

Uma inflamação sistêmica aumenta o risco de várias doenças. Por outro lado, sabe-se que a ingestão alimentar é um dos fatores modificáveis envolvidos no desenvolvimento de várias doenças e dessa inflamação sistêmica. Nessa meta-análise publicada agora esse mês foi avaliado o índice inflamatório da dieta com o risco de mortalidade por algumas causas. Após análises, foi demonstrado que um maior índice inflamatório da dieta aumenta o risco de mortalidade por todas as causas, mortalidade por doença cardiovascular (DCV) e mortalidade por câncer. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Frutas e verduras

O consumo de frutas e verduras trazem inúmeros benefícios à saúde. Mas mesmo assim, muitas pessoas ainda não tem o hábito do consumo. Mas vamos continuar tentando convencê-los a melhorar a alimentação! Nessa meta-análise, após analisar 95 estudos, foi observada uma associação entre o consumo de frutas e verdura e a diminuição no risco de câncer, doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas. Para isso, a quantidade mínima de ingestão tem que ser de 200 mg/dia de frutas e verduras! Caso você tenha dúvidas, procure um Nutricionista.