Whey protein e diabetes

A presença de diabetes tipo 2 em pacientes idosos com obesidade acelera a perda de massa muscular com o envelhecimento. Além de trazer outros riscos para a saúde. A perda de peso nesses pacientes é muito importante. Porém, se não for bem orientada, essa perda de peso pode gerar muita perda muscular também. Nesse estudo publicado agora em 2021, os autores avaliaram 123 pacientes acima de 55 anos, obesos e com diabetes tipo 2 e investigaram o efeito de dois protocolos realizado por 13 semanas:

– Grupo 1: dieta hipocalórica + treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) + suplementação com whey protein (21 g de proteína, contendo 3 g de leucina + 9 g de carboidrato + 3 g de gordura + 800 UI de vitamina D).

– Grupo 2: dieta hipocalórica + HIIT + bebida controle isocalórica (com 25 g de carboidrato e 6 g de gordura).

Ou seja, os dois grupos treinaram (3 vezes na semana, por 1 hora) e fizeram dieta hipocalórica. A diferença foi que um grupo recebeu a bebida rica em proteína e o outro recebeu uma bebida controle (rica em carboidrato). A bebida foi ofertada todos os dias antes do café da manhã e nos 3 dias de treino, recebiam uma segunda dose após o treino. Ou seja, foram 10 doses por semana. Por 13 semanas. Após esse período, observou-se que os dois grupos tiveram perda de peso e diminuiu glicemia em jejum e HbA1c (já que ambos recebiam orientações de dieta hipocalórica e exercícios). Por outro lado, mudanças de hábitos associado à bebida com proteína exerceu efeitos benéficos na massa muscular (aumentou massa magra total) e ajudou mais no controle glicêmico, já que nesse grupo também houve diminuição de insulina em jejum e diminuição do HOMA-IR. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta paleolítica

Doenças crônicas não transmissíveis estão aumentando cada vez mais. Dentre os vários fatores que aumentam o risco dessas doenças, temos destaque para o excesso de tecido adiposo, a inatividade física e a má alimentação. Por outro lado, melhorar a alimentação, em especial aumentando frutas e verduras e diminuindo alimentos processados, açúcares e sal, parecem trazer benefício. Essa meta-análise publicada agora em 2019, elaborada por pesquisadores Brasileiros, avaliou o impacto da dieta estilo paleolítica nos parâmetros antropométricos de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Após análises, foi demonstrado que a dieta do paleolítico pode ajudar a controlar circunferência da cintura e do quadril desses pacientes. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

 

Dieta vegetariana e tecido adiposo

A inflamação e a obesidade são duas questões muito ligadas. Pensando em alimentação, alguns hábitos alimentares podem aumentar ou diminuir a inflamação. Nesse estudo publicado de 2019, os autores compararam obesos onívoros com obesos vegetarianos e viram se eles tinham diferenças em marcados de inflamação do tecido adiposo. Após análises, foi visto que os vegetarianos tinham menos marcadores inflamatórios associados ao tecido adiposo, o que poderia trazer benefícios. Além disso, eles ingeriam 42% menos de gordura saturada na dieta (que pode ser a justificativa da diminuição da inflamação). Porém, vale destacar dois pontos: o primeiro é que o estudo tem um “n” pequeno, e estudos maiores precisam ser realizados; segundo, tanto um vegetariano quanto um onívoro podem ter dietas boas ou ruins. Então, antes de qualquer coisa, procure um nutricionista para ajustar melhor sua alimentação.

Obesidade e fertilidade

A infertilidade masculina pode contribuir para até 50% dos casos de infertilidade. Uma das questões que está associada à piora da fertilidade masculina é a obesidade. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram o impacto da obesidade masculina em parâmetros do espermatozoide e do embrião. Para isso, eles avaliaram 128 homens inférteis (40 magros, 42 com sobrepeso e 46 com obesidade). Após análises, foi observado que a obesidade masculina estava associada com mudanças epigenéticas no embrião, modificando, em especial, a motilidade do espermatozoide. Além disso, a obesidade também foi associada à mudanças morfocinéticas no embrião pré-implantação, o que poderia sugerir anormalidade no desenvolvimento embriônico. Ou seja, embora ainda sejam necessários mais estudos para termos certeza de todos os impactos negativos que a obesidade pode ocasionar na fertilidade, controlar o peso é um ponto importante quando pensamos em melhorar a fertilidade de homens. É lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista. Procure o seu!

 

Café e obesidade

O café é uma bebida bem popular e que, além de cafeína, possui outros compostos que podem trazer benefício à saúde, como vários polifenóis e ácido clorogênico. Alguns estudos tem investigado o efeito do consumo de café na obesidade. Mas ainda não existe consenso. Nessa meta-análise publicada agora em 2019, os autores avaliaram o consumo de café no peso e na circunferência de cintura de homens e mulheres. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais café tinham um peso menor e menos circunferência da cintura. Porém, esse efeito ocorreu de forma mais significativa apenas no sexo masculino. Vale destacar que ainda são necessários mais estudos e que a inclusão de café tem que ser acompanhada por uma dieta equilibrada. Por isso, procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

 

Panax quinquefolium

O Panax quinquefolium, conhecido como ginseng americano, é um fitoterápico muito utilizado na América do Norte e na Ásia. Mas encontramos também aqui no Brasil. Esse fitoterápico possui diversos ginsenosídeos, que são os responsáveis pelos seus efeitos terapêuticos. Dentre os estudos com o Panax quinquefolium, ele parece exercer efeitos benéficos no cérebro, melhorando função cognitiva, diminuindo ansiedade e tendo efeito neuroprotetor. Além disso ele diminui estresse oxidativo e parece ter efeito na melhora do diabetes, resistência à insulina e obesidade. Porém, a maior parte dos estudos ainda são em animais, sendo necessário estudos clínicos para investigar melhor as ações desse fitoterápico. Por isso, procure um Nutricionista, ele saberá te orientar.

Abacate e peso corporal

Quando pensamos em ganho de peso corporal logo nos vem a cabeça alta ingestão de alimentos calóricos e gordurosos. Porém, de acordo com o alimento que estamos falando, o impacto na saúde será diferente. O abacate tem sim bastante caloria e gordura. Porém, o tipo de gordura é diferente da gordura de um fast-food, por exemplo. Além disso, ele possui nutrientes e fitoquímicos que trazem vários benefícios à saúde. Nesse estudo publicado em 2019, os autores avaliaram se o consumo de abacate influenciava o risco de ganho de peso ao longo dos anos, comparando pessoas que consumiam menos de 32 g/dia com pessoas que consumiam mais de 32 g/dia desse alimento. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais de 32 g de abacate por dia ganhavam menos peso ao longo dos anos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Obesidade e SOP

A contribuição da obesidade para a síndrome do ovário policístico (SOP) ainda é controversa. Nesse artigo publicado em 2019, os autores fizeram uma grande análise avaliando a relação entre obesidade, variações genéticas e SOP. Após análises, foi observado que a cada aumento em um desvio padrão no IMC foi associado a 4,89 vezes mais risco de SOP. Além disso, foi demonstrado que a associação do polimorfismo no gene FTO (rs1421085) com o IMC foi mais forte em mulheres com SOP do que nas mulheres controle. Por outro lado, o risco genético de SOP não influenciou o IMC. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Inflamação e depressão

Uma das questões envolvidas na fisiopatologia da depressão é a inflamação. E essa inflamação pode ter origem de várias situações, incluindo a obesidade e uma disbiose intestinal. Nessa revisão publicada em 2018, os autores discutem justamente sobre essa relação. Na presença de obesidade ou de uma disbiose intestinal ocorre aumento de citocinas inflamatórias no sangue. Essa inflamação de baixo grau, porém crônica, pode alterar a barreira hematoencefálica e gerar alterações neurológicas, que culminaram em alterações comportamentais, aumentando sintomas depressivos. Por outro lado, quanto mais depressão, mais inflamação acaba ocorrendo, aumentando ainda mais a obesidade e virando um ciclo vicioso. Por isso que controlar o peso e melhorar o intestino é tão importante para melhorar o humor. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Obesidade, intestino e cérebro

A obesidade está associada à várias comorbidades, incluindo problemas de cognição/memória. Mas você sabia que um dos links para esses dois problemas é o intestino? Nessa revisão publicada agora esse ano os autores colocam que as alterações dietéticas associadas à obesidade (maior consumo de açúcares e de gordura saturada) levam a uma alteração na microbiota intestinal. Essa alteração, por sua vez, influencia de forma direta e indireta no cérebro, causando, dentre vários problemas, alteração na funcionalidade do hipocampo (que é uma região cerebral relacionada à formação de memória). Dessa forma, a memória e a atenção podem ficar prejudicadas. Dessa forma, controlar a obesidade e melhorar o intestino pode ajudar a melhorar o funcionamento cerebral. Por isso, procure por um bom nutricionista!