Obesidade e fertilidade feminina

Sobrepeso e obesidade podem estar associados com uma piora na fertilidade em ambos os sexos. Nessa revisão publicada agora em 2018, os autores discutem sobre vários mecanismos pelos quais a obesidade pode piorar a fertilidade feminina. Alguns desses mecanismos podem agir de forma direta na fertilidade, como por exemplo: a obesidade pode piorar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, prejudicando a síntese hormonal e a maturação dos oócitos, com consequente piora na ovulação; e a obesidade também pode piorar a implantação endometrial. Além disso, a obesidade está associada com mais inflamação, mais resistência à insulina e mais problemas de coagulação que, de forma indireta, também podem afetar negativamente a fertilidade feminina. Por fim, a obesidade também pode aumentar hipertensão e risco de doença cardiovascular, que podem trazer complicações durante a gestação. Dessa forma, fazer a mulher emagrecer pode melhorar a chance de fertilidade. Mas lembre-se, avaliar cada caso individualmente é muito importante, procure por um bom nutricionista para orientá-lo melhor!

Obesidade em crianças e adolescentes

O número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade vem crescendo. E isso está diretamente relacionado com a alimentação. Nesse estudo publicado em 2018, os autores avaliaram crianças de 6-7 anos e adolescentes de 13-14 anos e correlacionaram a ingestão alimentar com o Índice de Massa Corporal (IMC). Após análises, foi demonstrado que os adolescentes que consumiam oleaginosas no mínimo 3 vezes na semana tinham menor IMC. Já nas crianças, foi evidenciado um menor IMC com a ingestão de vegetais pelos menos 3 vezes na semana. Procure um nutricionista para orientá-lo melhor.

Obesidade e dieta

Nem só de restrição dietética vive a perda de peso. A qualidade da alimentação também parece influenciar na diminuição da obesidade. Esse estudo publicado em 2017 avaliou o efeito de dieta baseada em plantas (vegetariana ou vegana) na perda de peso. Após uma revisão da literatura, os autores colocam que uma dieta baseada em plantas pode ajudar na prevenção de sobrepeso e obesidade, bem como na perda de peso. Entretanto, ainda são necessários mais estudos!! Vale destacar que não existe fórmula mágica para a perda de peso e que várias estratégias podem ser interessantes. Por isso, procure um nutricionista para analisar seu caso individualmente e avaliar qual a melhor estratégia para você!

Adoçantes e DCV

O uso de adoçantes não nutritivos (ex: aspartame, sucralose, etc) é muito comum, principalmente em indivíduos mais obesos. Mas será que o uso desse adoçante vale mesmo a pena? Nessa revisão sistemática e meta-análise os autores mostraram que o uso crônico de adoçantes não nutritivos pode aumentar o risco cardiometabólico e aumentar o ganho de peso! Porém, os autores destacam que mais estudos avaliando o uso a longo prazo são necessários. Mas vale a pena discutir sobre o uso desses adoçantes. Procure seu nutricionista e discuta sobre isso com ele! Um bom profissional saberá lhe orientar!

Comer em casa

O número de pessoas que comem fora de casa aumentou nos últimos anos. Mas será que comer fora de casa ou em casa influencia na qualidade da dieta? Essa publicação de 2017 investigou justamente isso. Após analisar 11.396 indivíduos, os autores demonstraram que comer em casa foi associado à  uma maior aderência a uma dieta DASH, mediterrânea e a uma maior ingestão de frutas e verduras. Além disso, quem consumia mais em casa tinha ní­veis mais elevados de vitamina C no sangue, e um risco 28% menor de sobrepeso e 24% menos chance de ter excesso de gordura. Isso não significa que não se deve fazer refeições fora de casa, mas sim que as escolhas alimentares devem ser feitas com cuidado! Para isso, nunca se esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre escolhas alimentares é o Nutricionista!

Adoçante e diabetes

Infelizmente, o uso de adoçantes ainda é muito comum pela população, e principalmente entre os diabéticos, que encontram nesses edulcorantes artificiais a solução para continuar comendo doces após o diagnóstico da doença. Mas será que de fato é seguro para esses pacientes consumir esse tipo de produto? E quais são os efeitos metabólicos gerados por esse consumo? Foi exatamente essas respostas que essa meta-análise buscou ao investigar em 29 artigos sobre o tema. Após análise, os autores concluíram que os dados referentes aos efeitos do aspartame sobre as principais variáveis metabólicas associadas à diabetes e à obesidade, como glicemia e insulina, não suportam um benefício relacionado ao seu consumo, uma vez que não foi observado nos estudos um bom controle dessas variáveis metabólicas. Por isso lembre-se sempre de buscar um nutricionista atualizado para orientá-lo melhor sobre o que utilizar!

Dieta e metilação do DNA

A composição de lipídeos na dieta pode afetar o acúmulo de gordura visceral e, dessa forma, aumentar o risco de desenvolver uma resistência à insulina. Porém, o tipo de gordura ingerida tem resposta epigenética diferente. As dietas ricas em ácido graxo poli-insaturado modulam os mecanismos epigenéticos de maneira diferente das dietas ricas em ácido graxo saturado, e foi a partir dessa afirmação que os autores desse artigo de abril de 2017 decidiram esclarecer essa diferença. E para isso, os autores avaliaram o tecido adiposo de 31 pessoas que receberam, durante 7 semanas, uma dieta rica em ácido graxo saturado ou em ácido graxo poli-insaturado. Após a intervenção, foi demonstrado que as duas dietas levaram ao ganho de peso. Porém, o padrão de metilação do DNA foi diferente. Ao todo, os dois tratamento modularam a expressão de mais de 4800 genes. De maneira resumida, o padrão alimentar com mais ácido graxo saturado aumentou a expressão de genes envolvidos com acúmulo de peso e, do contrário, o padrão alimentar com mais ácido graxo poli-insaturado aumentou a expressão de genes envolvidos com a manutenção de massa magra. Esses resultados mostram que há mais um desafio para os nutricionistas: além de considerar a individualidade bioquímica, considerar também a nutrigenética e as modificações epigenéticas na hora da prescrição! Por isso estude!!!!

Sono e Obesidade

Dormir bem à noite é importante para o funcionamento adequado do corpo. Por outro lado, dormir poucas horas ou ter uma qualidade ruim do sono pode aumentar o risco de várias doenças, incluindo hipertensão e diabetes. Além disso, o sono também pode influenciar na quantidade de massa gorda e na chance no indivíduo ficar obeso. Neste estudo publicado em 2017, após avaliar quase 17 mil adultos, foi demonstrado que pessoas que dormem menos horas tem um maior índice de massa gorda. Por outro lado, as pessoas que dormem mais horas tem maior o índice de massa magra. Além disso, indivíduos com privação de sono (que dormem menos de 5 horas por dia) tem 1,2x mais risco de ter obesidade e 1,3x vezes mais risco de ter aumento de adiposidade abdominal. Vale destacar que dormir de mais também pode aumentar a adiposidade. Bom senso é essencial. Mas o que se tem certeza é que dormir bem é de extrema importância para sua saúde! E você sabia que existem estratégias nutricionais para auxiliar na melhora do sono? Mas isso é um assunto para outra publicação! Converse com seu nutricionista! Ele irá te ajudar!

Polimorfismo e emagrecimento

Várias estratégias que auxiliam a prática clínica do nutricionista têm surgido nos últimos anos, e uma delas é a detecção de risco para algumas doenças e condições clínicas a partir de exames genéticos. Mas será que esse tipo de abordagem gera resultados para os pacientes? E principalmente, será que essa informação de risco genético para doença gera um efeito maior do tratamento proposto? Foi buscando por essa resposta que essa publicação de 2017 avaliou o resultado do tratamento de emagrecimento em indivíduos com alteração no gene FTO (associado a obesidade) que sabiam dessa alteração, compararam com aqueles que portavam essa alteração, mas não foram informados, e com indivíduos sem essa alteração. Os autores avaliaram o peso e a circunferência da cintura (CC), além da genotipagem, e concluíram que ocorreu uma redução maior de peso e CC no grupo que foi informado sobre a presença da alteração genética, e que não houve nenhuma evidência clara de que o conhecimento do risco desempenhou um papel importante para esse resultado! Além disso os autores observaram um aumento da prevalência de obesidade nos indivíduos que tinham a alteração gênica, quando comparado com os indivíduos que não apresentavam essa alteração. Ou seja, mesmo sendo uma avaliação de risco, nos pacientes do estudo esse risco se expressava em alteração clínica! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação um senso comum, consulte o seu nutricionista!

Jejum e calorias

A obesidade é um dos principais fatores envolvidos no desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, e nos últimos anos a prevalência de obesidade só aumenta. Paralelamente a este aumento, o número de refeições diárias também tem aumentado. Observando este paralelo, e sabendo que ainda há pouca clareza sobre os benefícios do jejum intermitente, os autores dessa publicação de 2017 decidiram observar o efeito do protocolo de jejum intermitente semelhante ao Ramadan em homens magros e saudáveis. Esses indivíduos ficaram 14 horas por dia sem comida e nem bebida, durante 28 dias. A preocupação dos autores foi observar a relação deste protocolo de dieta com a composição corporal, o metabolismo da glicose e a função cognitiva dos participantes. Ao término do estudo, todos os participantes conseguiram adaptar protocolo em seu dia-a-dia sem maiores dificuldades, e os autores não observaram qualquer diferença nos parâmetros avaliados (índice de massa corporal, metabolismo da glicose e função cognitiva). Direcionando à conclusão de que a frequência das refeições pode não ser tão importante assim para contemplar a ingestão de energia diária! Mas lembre-se, antes de tornar essa informação um senso comum, consulte o seu nutricionista!