Dieta e sêmen

O número de homens com piora da fertilidade e da qualidade do sêmen vem aumentando nos últimos anos. Vários fatores podem estar correlacionados com isso, incluindo fatores dietéticos. E é sobre isso que essa revisão publicada esse ano fala. Os autores colocam que os principais alimentos que melhoram a qualidade do sêmen são as frutas, verduras e peixes. Isso porque esses alimentos tem fitoquímicos, micronutrientes e ômega-3. Por outro lado, os principais alimentos que pioram a qualidade do sêmen são as carnes vermelhas, em especial as carnes processadas e leite integral, principalmente devido a quantidade de gordura saturada nesses alimentos. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Dieta vegetariana e depressão

O número de pessoas vegetarianas vem aumentando. Porém, alguns pacientes vegetarianos possuem deficiências nutricionais e isso pode estar associado com o risco de desenvolver sintomas depressivos. Nesse estudo avaliando quase 10 mil pessoas demonstrou que os homens vegetarianos tinham mais risco de ter sintomas depressivos. Segundo os autores, isso pode ocorrer pelo fato desses pacientes terem mais risco de deficiência de vitamina B12, ferro e ômega-3, que são três nutrientes importantes para modular o humor. Dessa forma, ajustes alimentares são importantes para que a dieta de um vegetariano não seja deficiente nesses nutrientes. E você já sabe, mas não custa lembrar, o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

 

Ômega-3 e SOP

Já falamos aqui no Nutrir com Ciência que estratégias alimentares e algumas suplementações podem ajudar mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). Esse estudo publicado em 2017 investigou o efeito do ômega-3 em mulheres com SOP. Para isso, os autores analisaram 88 mulheres que receberam uma suplementação por 6 meses com 2 g de óleo de peixe (180 mg de EPA e 120 mg de DHA) ou placebo. Após 6 meses, o grupo que recebeu ômega-3 diminuiu circunferência da cintura, colesterol, LDL-c, triglicerídeo e aumentou HDL-c. Porém, não influenciou na glicemia em jejum, número de folículos ovarianos, tamanho do ovário, volume menstrual, e escore de hirsutismo. Procure um nutricionista para avaliar o seu caso e ver se existe necessidade de suplementação.

Ômega 3 e artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune que está associada à inflamação e dor crônicas nas articulações, decorrente da infiltração de células pró-inflamatórias no líquido sinovial. A ativação dessas células resulta em produção de citocinas pró-inflamatórias. A dor é um dos principais problemas recorrentes associados à artrite reumatoide, e a busca por soluções para este problema é constante, inclusive entre as ferramentas de atuação do nutricionista. Por isso, essa revisão de julho de 2017 decidiu investigar a relação do ômega 3 com o controle da dor na artrite reumatoide. Os autores dessa publicação avaliaram estudos randomizados, controlados por placebo, que utilizaram como tratamento da dor ômega 3 nas doses de mais de 2g por dia. Eles conseguiram um alcance de avaliação de 1143 pessoas, e concluíram que o ômega 3 pode ser uma ferramenta terapêutica efetiva para a redução da dor nas doses de 3 a 6 g por dia. Mas lembre-se sempre de buscar por um nutricionista capacitado e atualizado para avaliar cada caso individualmente!

Peixes e Toxinas

O consumo de peixe é um hábito que nós nutricionistas sempre enfatizamos, pois sabemos que existe alguns benefícios à saúde obtidos através de seu consumo, como o aumento da ingestão de ômega-3, e por isso o peixe se tornou um importante constituinte da dieta. Porém o consumo de peixe também pode representar uma fonte de exposição a uma variedade de contaminantes tóxicos. Algumas publicações recentes mostram amostras de peixes contaminadas com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e metais-traço (ex: arsênico, cromo, níquel) como consequência do desenvolvimento industrial e urbano. Sabendo disso, esses autores decidiram avaliar a concentração de arsênico e ômega 3 em 578 amostras de peixe, contemplando 15 espécies diferentes. Observaram concentrações de arsênico que não excedia o limite tolerável de ingestão para um adulto, mas pontuaram uma preocupação com o consumo crônico. Além disso, enfatizaram o consumo dessas concentrações por crianças, tendo em vista a área corporal média das crianças. Os resultados desta publicação ainda mostraram que o atum, dentre as amostras avaliadas, foi o peixe que apresentou maior concentração de ômega 3. Entretanto, por ele ser um peixe grande, também tem mais risco de contaminação. Embora o estudo não tenha avaliado a sardinha, como ela é muito comum no Brasil e tem um preço acessível, é interessante destacar que seu conteúdo de ômega-3 é bem interessante e, por ser um peixe de menor tamanho, o risco dela estar contaminada também é menor. Lembre-se, antes de tornar essas e outras informações um senso comum, consulte o seu nutricionista!

Ômega-3 e atividade física

Entre os praticantes de atividade física há sempre uma busca constante pelo uso de suplementos alimentares que podem trazer algum tipo de benefício para a prática de atividade física, como aumento da performance, da capacidade metabólica, redução da fadiga, aumento da hipertrofia muscular, redução no tempo de recuperação e modulação da imunidade. Um dos suplementos alimentares utilizado para essas modulações é o ômega-3. Sabendo disso, esta revisão publicada em janeiro de 2017 buscou informações para elucidar esses efeitos associados com o uso de ômega-3. Os autores afirmaram que há uma escassez de dados que possam afirmar que há participação do uso de ômega-3 nos efeitos citados acima. Porém, segundo os autores, há algum benefício para as alterações imunológicas que afetam o trato respiratório superior, em especial nos exercícios que provocam broncoconstrição. Ou seja, mais estudos são necessários para investigar o papel do ômega-3 na prática de atividade física. Por isso cuidado com o senso comum! Procure um nutricionista para uma correta prescrição de suplementos alimentares!