Ômega-3 e a osteoartrite

Luana Manosso

A osteoartrite é uma doença articular degenerativa, caracterizada pela destruição da cartilagem articular, resultando em uma resposta pró-inflamatória.

O ômega-3 é uma das estratégias nutricionais que vêm sendo investigada para auxiliar no tratamento dessa doença. Devido a sua propriedade anti-inflamatória, o ômega-3 influencia de forma positiva na dor, na mobilidade articular e na formação de cartilagem.

Mais especificamente, o ômega-3 demonstra um papel influente na diminuição da progressão da osteoartrite, resultando na redução da destruição da cartilagem, na inibição de cascatas de citocinas pró-inflamatórias e na produção de oxilipinas que promovem vias anti-inflamatórias.

Porém, ainda não se tem consenso de doses necessárias para suplementação, sendo necessário análise individual e levando em consideração o consumo alimentar de ômega-3.

Se quiser ler mais sobre o assunto, segue uma revisão publicada dia 28 de maio: Shawl, M.; et al. Nutrients.,16(11):1650, 2024. Doi: 10.3390/nu16111650.

Boa alimentação pode reduzir o risco de osteoporose e sarcopenia

Luana Manosso (1080 × 1350 px) (17)

Ter uma alimentação saudável é essencial em todas as faixas etárias.

E um dos padrões de dieta mais estudados é a “dieta do mediterrâneo” – que é uma dieta baseada em frutas, verduras, grãos integrais e pode em alimentos industrializados e ultraprocessados.

Hoje compartilho uma revisão publicada em julho desse ano que coloca a importância de melhorar a alimentação para reduzir o risco de osteoporose e sarcopenia em idosos.
(Referência: Andreo-López, M.C.; et al. Nutrients. 15(14):3224, 2023. doi: 10.3390/nu15143224.)

Azeite de oliva e saúde da mulher

O azeite de oliva é um alimento cujas propriedades vêm sendo estudadas desde o século VII a.C. Ele é um dos alimentos mais estimulados na “dieta do mediterrâneo”, já que cerca de 70% de todo o azeite de oliva é produzido pelos países do mediterrâneo.  O azeite de oliva é constituído predominantemente de ácido oleico (considerado um ácido graxo monoinsaturado – que deveria ser o principal ácido graxo consumido na dieta). Além disso, o azeite de oliva extravirgem possui inúmeros polifenóis, incluindo hidroxitirosol, oleuropeína. O azeite de oliva e seus polifenóis estão sendo estudados para vários benefícios à saúde. De modo interessante, esse estudo de 2021 investigou o papel desse alimento na saúde da mulher. Os autores colocam vários estudos em animais e humanos que investigam o papel do azeite de oliva e/ou de seus polifenóis no câncer de mama, câncer de ovário, osteoporose pós-menopausa e para controle de glicemia e dislipidemia nas mulheres pós-menopausa. E lembre-se que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista! Procure o seu para avaliar a quantidade de azeite de oliva que é interessante usar para o seu caso.

Frutas, vegetais e osteoporose

A osteoporose é uma das doenças que acomete os idosos. A dieta é um fator de risco central modificável para a osteoporose. Dentre várias questões nutricionais, a maior ingestão de frutas e vegetais, recomendada como parte de uma dieta saudável, tem sido associada a uma melhor saúde óssea. De modo interessante, esse estudo clínico publicado agora em 2021 investigou a associação de metabólitos derivados de frutas e vegetais com osteoporose. Após análises, foi observado que o maior consumo de frutas e vegetais foi associado à menor prevalência de osteoporose. Além disso, foi avaliado alguns tipos de frutas e vegetais e observou-se que os que derem mais resultados positivos foi com o consumo de vegetais verdes escuros, frutas vermelhas/roxas e melões. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Plantas para osteoporose

A osteoporose é uma doença óssea caracterizada pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura óssea, levando à fragilidade óssea e a um risco aumentado de fraturas. O estradiol é um hormônio essencial para a saúde óssea. Conforme as mulheres envelhecem, os níveis de estradiol diminuem e isso aumenta o risco das mulheres, na pós menopausa, desenvolverem osteoporose. Por isso, pensar em estratégias para a manutenção a qualidade óssea durante a perimenopausa e na pós-menopausa irá auxiliar a diminuir o risco de desenvolver osteoporose. E várias plantas (fitoterápicos) têm sido estudadas para isso. Algumas delas são abordadas nesse artigo de revisão publicado agora em 2021, que são: isoflavonas da soja, red clover (Trifolium pratense), Kudzu (Pueraria mirifica), alfafa (Medicago sativa), Humulus lupulus, ameixa seca, cavalinha (Equisetum arvense), Cimcifuga racemosa (planta de prescrição médica). Ou seja, temos várias plantas sendo estudadas, mas isso não significa que você pode usá-las todas juntas. Fitoterápicos devem ser avaliados com cautela na hora da utilização. Por isso, procure um Nutricionista que entenda de fitoterápicos para te auxiliar melhor.

Vitamina C e osso

A vitamina C (ácido ascórbico) é uma vitamina encontrada, em especial, em algumas frutas e vegetais frescos, como por exemplo, cítricos (laranja, limão, etc), pimentões, kiwis, morangos, tomates, camu-camu, vegetais de folhas verdes (como chicória e brócolis), etc. A vitamina C possui várias funções importantes para a saúde. Uma das suas funções é ser importante para a síntese de colágeno (proteína no corpo que temos em maior quantidade). Como o osso também possui colágeno, pesquisas começara a ser feitas avaliando se essa vitamina poderia trazer benefícios ósseos. Estudos em animais e em células começaram a demostrar que a vitamina C agiria no osso por vários mecanismos, e não apenas pela síntese de colágeno. Mas será que temos evidências em humanos de que aumentar a ingestão alimentar e/ou suplementar vitamina C possa trazer algum benefício? Nessa revisão de 2021, os autores avaliaram 25 estudos em humanos: 15 correlacionando ingestão alimentar de vitamina C e densidade mineral óssea (DMO), 4 avaliando vitamina C no sangue e DMO e 6 avaliando o efeito da suplementação. De forma resumida:

  • 8 dos 15 estudos que avaliaram ingestão alimentar de vitamina C e DMO, observaram uma correlação positiva. Ou seja, quanto maior a ingestão alimentar, maior a DMO.
  • Todos os 4 que avaliam os níveis séricos e DMO confirmam essa correção também. Ou seja, quem tem mais vitamina C no sangue, tem maior DMO.
  • Em relação aos 6 estudos com suplementação, os resultados ainda são controversos e nem todos avaliaram a DMO. Porém, vale a pena destacar um dos estudos, realizado com 994 mulheres na pós-menopausa, na qual a suplementação com 12,4 anos (doses variando de 500-1000 mg/dia) aumentou 3% a DMO.

Avaliando os resultados, embora ainda tenhamos dados controversos, os estudos sugerem a importância de ajustar na alimentação a ingestão de vitamina C. Quanto a suplementação ainda precisamos de mais estudos para estimular alguma dose, por isso, vale a pena avaliar individualmente. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor!

Nutrientes e osso

Pacientes com doenças inflamatórias intestinais tem risco aumentado de vários problemas, incluindo mais risco de desenvolver osteoporose. Nessa revisão desse ano, os autores abordam os principais nutrientes que precisamos pensar para tentar prevenir osteoporose nesses pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Segundo os autores, os principais nutrientes são: cálcio, vitaminas D, A, K, C, B12, B9, fósforo, magnésio, zinco, cobre, selênio e sódio (que não pode estar nem muito alto e nem muito baixo). Além disso, os autores colocam a importância de ajustar a dieta na quantidade de macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura) e de ofertar uma alimentação rica em polifenóis. No entendo, não significa que esses são os únicos pontos que devem ser pensados. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Tocotrienol e osso

A osteoporose é uma doença esquelética caracterizada pela diminuição da massa óssea, deterioração da microarquitetura e comprometimento da força óssea, podendo afetar homens e mulheres. Diversos estudos demonstram o benefício de estratégias nutricionais para melhorar a qualidade do osso e diminuir o risco de osteoporose. Nessa revisão publicada em 2019, os autores abordam o possível papel do tocotrienol (uma das formas da vitamina E – presente em óleos vegetais, vegetais verdes escuros, abacate, sementes, oleaginosas, farelo de arroz, etc) na prevenção da osteoporose. Pelo menos em animais, o tocotrienol mostra-se eficaz em prevenir a perda de massa óssea ocasionada por diversos modelos animais diferentes. Em relação aos possíveis mecanismos, se destaca o papel do tocotrienol em diminuir inflamação e estresse oxidativo e regular a via do mevalonato (que forma substâncias envolvidas no remodelamento ósseo). Isso tudo iria ajudar a diminuir a ação do osteoclasto (células que faz a desmineralização óssea). Porém, os próprios autores colocam que ainda é necessário mais estudos em humanos para analisar melhor os efeitos e as doses que seriam necessárias. Por isso, lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Sódio e osteoporose

O Brasileiro consome muito mais sódio do que deveria. Sódio este encontrado no sal de cozinha, temperos prontos e em vários produtos industrializados. Só para se ter uma ideia, a média de consumo de sal pelos Brasileiros é de 12 g/dia (sendo que as recomendações de sal são de até 5 g/dia). Ou seja, o consumo de sódio está bem acima do que deveria ser. O problema é que esse consumo excessivo está associado com vários problemas de saúde. Essa meta-análise publicada em 2018 mostrou que o aumento no consumo de sódio dietético foi associado a um maior risco de osteoporose, uma situação que está cada vez mais comum. Sem contar nos vários outros problemas associados ao consumo exagerado de sódio. Logo, mudanças alimentares e o uso de técnicas para se reduzir a quantidade de sal nas preparações é bem importante. Para mais detalhes, procure por um bom nutricionista!

Peixe e osso

A osteoporose é um grande desafio para a saúde pública, especialmente em uma população que está envelhecendo. E pode trazer várias consequências… incluindo um risco aumentado de fraturas ósseas. Mas você sabia que hábitos alimentares pode melhorar o osso?? Nesse estudo publicado agora em 2018 foi demonstrado que, em mulheres de 70-74 anos, o consumo de peixes (50 g/1000 kcal) e de peixes magros (50 g/1000 kcal) foi positivamente associado com a densidade mineral óssea do pescoço do fêmur, o que significa uma melhora do osso e menos risco de osteoporose. Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.