Dieta do mediterrâneo e seus benefícios intestinais em pacientes com Parkinson

Luana Manosso

É muito comum pacientes com doença de Parkinson terem alterações gastrointestinais, em especial, constipação.

Um estudo publicado agora em setembro investigou o efeito da aderência a uma dieta do mediterrâneo por 8 semanas em pacientes com doença de Parkinson.

De modo interessante, os pacientes que fizeram uma dieta estilo mediterrâneo melhoraram sintomas de constipação e diminuíram calprotectina fecal (marcador de inflamação intestinal).

Referência: Rusch, C.; et al. Nutrients., 16(17):2946, 2024.Doi: 10.3390/nu16172946

Dieta mediterrânea x Doença de Parkinson

Luana Manosso

A dieta do mediterrâneo é um dos estilos de dieta mais estudados quando pensamos em benefícios para o cérebro.

Hoje compartilho com vocês uma revisão que acabou de ser publicada sobre os impactos da aderência a uma dieta estilo mediterrâneo (lado esquerdo da figura) e melhora de sintomas de Parkinson.

De acordo com os estudos avaliados pelos autores, uma alta aderência à dieta do mediterrâneo consegue modular o intestino e trazer melhora em alguns sintomas não motores da doença de Parkinson, incluindo melhora de cognição, de dispepsia e de constipação.

(Ref: Seelarbokus, B.I.; et al. Nutrients., 16(14), 2181, 2024. Doi: 10.3390/nu16142181)

Vale a pena destacar que no Brasil conseguimos seguir um padrão de dieta estilo mediterrânea mas adaptada aos alimentos da nossa biodiversidade!

 

Resistência a insulina e Parkinson

resistencia a insulina e parkinson

A doenças de Parkinson é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela morte de neurônios dopaminérgicos.

Porém, várias alterações neurológicas contribuem para a progressão dessa doença.

Mas você sabia que a resistência à insulina é um desses fatores?

Se o hormônio insulina não funciona de forma adequada no corpo da pessoa isso pode impactar em vários prejuízos, inclusive cerebrais.

Dessa forma, um dos pontos nutricionais e serem tratados em pacientes com doenças de Parkinson é a resistência à insulina.

Se quiser ler mais sobre, fica a dica de uma revisão que acabou de ser publicada: Ruiz-Pozo, V.A.; et al. Nutrients., 15(16), 3585; 2023. Doi: 10.3390/nu15163585.

Dieta e Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta cerca de 6 milhões de indivíduos no mundo. A causa do Parkinson é multifatorial, mas envolver fatores genéticos e ambientais. Dos fatores ambientais, a alimentação tem um papel importante. Nesse estudo recém-publicado, foi analisado a relação entre alimentação e risco de desenvolver Parkinson em mais de 9 mil pessoas. Após análises estatísticas, foi observado que uma dieta estilo mediterrânea e uma dieta com padrão “prudente” (considerado uma alimentação com maior ingestão de vegetais, leguminosas, carnes brancas, peixes e oleaginosas) foi associado a um menor risco de desenvolver doença de Parkinson. E nunca esqueça que o profissional mais habilitado para orientá-lo sobre alimentação é o Nutricionista!

Leite e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente. Alguns estudos têm avaliado a associação da alimentação com o risco ou prevenção do Parkinson.  Nesse estudo, foi avaliado dados de mais de 81 mil adultos “acompanhados” por quase 15 anos, e foi investigado o papel do leite no risco de desenvolver a doença de Parkinson. Após análises, foi observado que as pessoas que consumiam mais leite (> 40 mL/dia) tiveram mais risco de desenvolver essa doença neurodegenerativa. Porém, essa associação foi fraca e não foi observado uma dose-resposta (ou seja, acima de 40 mL não se observa diferença entre doses de consumo). Além disso, os autores demonstraram que o leite fermentado não foi associado com aumento no risco. Ou seja, nem todo leite é igual. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista! Ele vai avaliar o seu caso e saber se existe a necessidade de retirar ou não o leite da sua dieta.

 

Cafeína e Parkinson

Em maio eu fiz um post falando que o café com cafeína podia ajudar na cognição, você lembra? Recentemente saiu essa meta-análise mostrando associação do consumo de cafeína com a doença de Parkinson. Após analisar vários artigos e fazerem meta-análise, os autores dessa publicação demonstraram que o consumo de cafeína pode ajudar a diminuir o risco de doença de Parkinson e que também parece diminuir a progressão dessa doença neurodegenerativa. Porém, vale lembrar que excesso de cafeína pode trazer alguns problemas para algumas pessoas. Por isso, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Parkinson, ômega-3 e vitamina E

A doença de Parkinson é uma desordem progressiva que se relaciona com sintomas motores (como bradicinesia, rigidez e tremor) e sintomas não motores (como depressão e problema cognitivo). Dentre vários fatores associados com a fisiopatologia, destaca-se o papel do estresse oxidativo e da inflamação. Estudos tem sugerido que modular PPAR-γ gere um efeito neuroprotetor no estresse oxidativo, apoptose e neuroinflamação na doença de Parkinson. Nesse estudo publicado em 2019, foi avaliado o efeito da suplementação com ômega-3 (1000 mg) e vitamina E (400 UI) ou placebo por 12 semanas em marcadores inflamatórios e no PPAR-γ de pacientes com doença de Parkinson. Após tratamento, observou-se que os pacientes que receberam a suplementação com ômega-3 e vitamina E tiveram uma diminuição na expressão gênica do TNF-α (associado com inflamação), aumentaram a expressão do PPAR-γ e diminuíram a expressão do receptor da LDL oxidada. Ou seja, a suplementação melhorou parâmetros associados à inflamação e estresse oxidativo, o que poderia repercutir em benefícios para os pacientes com doença de Parkinson. Mas lembre-se, antes de tornar essa informação uma verdade absoluta, procure por um bom nutricionista!

Azeite e cérebro

Doenças neurológicas como AVC, Alzheimer e Parkison estão associadas com alta morbidade e mortalidade. Mas existem poucas ou nenhuma opções efetivas de tratamento. Assim, a prevenção é sempre a melhor opção. Esse estudo de revisão investigou o papel neuroportetor do azeite de oliva extra virgem. O azeite de oliva extra virgem possui mais de 200 compostos químicos diferentes, incluindo os compostos fenólicos. Os principais compostos estudados como tendo um papel na neurodegenaração são: oleuropeina, hidroxitirosol, oleocantal e tirosol. Acredita-se que essas substâncias podem conferir esse efeito protetor no cérebro por diminuir estresse oxidativo e inflamação e diminuir as vias fisiopatologicas envolvidas no desenvolvimentos das doenças neurológicas, como diminuição da beta amiloide (envolvida na doença de Alzheimer) e proteçao contra a 6(oh)dopamina (envolvida na doença de Parkinson). Procure um Nutricionista para orientá-lo melhor.

Curcumina e Parkinson

A curcumina é um polifenol extraído da planta Curcuma longa, conhecida como Açafrão da terra. Dentre os vários benefícios da curcumina, ela parece ser interessante para o cérebro. Esse estudo de 2017 fez uma revisão sobre os possíveis benefícios da curcumina na doença de Parkinson. Embora os estudos sejam ainda em animais, eles são bem promissores. Após revisar vários artigos, os autores colocam 3 efeitos principais da curcumina na doença de Parkinson:
1) Curcumina diminui a inflamação;
2) Curcumina diminui o estresse oxidativo;
3) Curcumina diminui a morte de neurônios.
Esses três efeitos associados acabam exercendo um papel interessante como neuroprotetor!! Porém, vale destacar que ainda não podemos afirmar com 100% de certeza que isso trará benefícios também em humanos! Na dúvida, procure sempre um Nutricionista!

Ferro e Parkinson

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população. Dentre os vários mecanismos da doença, destaca-se o aumento de estresse oxidativo e morte que neurônios dopaminérgicos. O acúmulo de ferro no cérebro está sendo associado com a piora dessa quadro. Mas o mais interessante é que, pesquisadores da área, estão sugerindo que o ferro no início da vida (principalmente vindo da fortificação de fórmulas infantis) poderia influenciar no risco de doença de Parkinson no futuro. Um dos pontos que justifica essa hipótese é o fato de que nos primeiro anos de vida o cérebro é muito permeável aos níveis de ferro. Porém, vale destacar que essa hipótese ainda não está confirmada e que vários estudos em animais e humanos ainda são necessários. Porém, vale a pena prestarmos atenção nesse ponto e ficarmos de olho nos estudos que estão por vir!